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27 mai 2022

REPRESENTANTES DO POVO???


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A LÓGICA DA DEMOCRACIA

Em tese, nos PAÍSES DEMOCRÁTICOS o povo elege seus representantes na certeza de que -SUPOSTAMENTE- estarão sempre prontos para tomar decisões que produzam o máximo de bem-estar da sociedade como um todo. Esta é a lógica que move todos aqueles que clamam por DIREITOS E DEVERES IGUAIS PARA TODOS OS CIDADÃOS, como prescreve, aliás, o artigo 6º da nossa Constituição.


PREÇO DE ENERGIA

Entretanto, por tudo que leio e assisto, muito daquilo que o povo não quer nem nunca desejou, os representantes do PODER LEGISLATIVO aprovam sem o menor constrangimento, produzindo custos elevados. É o caso, por exemplo, do preço da -ENERGIA- que deverá ser pago pela sociedade como um todo por conta das exigências de contratações de TÉRMICAS A GÁS, A CARVÃO MINERAL, ENERGIA NUCLEAR DE ANGRA 3 e ENERGIA RENOVÁVEL, aprovadas pelo CONGRESSO NACIONAL, como está descrito na matéria Estadão Conteúdo do dia 24/5.


CUSTO CONGRESSO

O -CUSTO CONGRESSO-, como bem descreve a matéria publicada no Estadão Conteúdo do dia 24/5, dá conta que essas contratações, aprovadas pelos -REPRESENTANTES DO POVO- têm um custo médio de R$ 464,29 por MWh, enquanto o custo marginal da expansão é de R$ 157,44, segundo cálculo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia.


CUSTO ADICIONAL

O resultado da aprovação dos REPRESENTANTES DO POVO é um CUSTO ADICIONAL de R$ 27 bilhões por ano em relação à contratação eficiente, considerando o prazo de cada contratação compulsória — o que representará um acréscimo médio de R$ 54,79 por MWh na conta de energia e um IMPACTO DE CERCA DE 10% NA TARIFA DO CONSUMIDOR NOS PRÓXIMOS ANOS.  A conta média envolve custos com prazos e financiadores distintos. Segundo cálculos do professor Edvaldo Santana, ex-diretor da ANEEL), muitas das contratações compulsórias serão rateadas por prazos de 15 a 20 anos por todos os consumidores, mas podem chegar a 50 anos, como é o caso da energia da usina nuclear Angra 3.


APROVAÇÃO DE LEIS

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria, soa risível -se a situação não fosse trágica- a postura de diversos parlamentares em relação às tarifas de energia. Enquanto contribuem para o repasse dos JABUTIS BILIONÁRIOS AOS CONSUMIDORES, ameaçam as regras e a própria sustentabilidade do setor elétrico com tentativas de interferir nos processos tarifários.


ABRIR O MERCADO DE ENERGIA

Já para o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Rodrigo Ferreira, a solução de reforma estrutural para o setor é o projeto 414, já aprovado no Senado, que ABRE O MERCADO DE ENERGIA e dá direito a quem quiser, de poder escolher o próprio fornecedor de energia elétrica (a portabilidade).

Segundo Ferreira, há consenso no setor sobre o projeto e grande expectativa para a votação em junho. “O presidente Lira tem demonstrado preocupação com a explosão tarifária e já se manifestou favorável à modernização do modelo comercial do setor elétrico, que garantirá liberdade de escolha para o consumidor e acesso a energia mais barata”.


ESPAÇO PENSAR +

No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: O VOTO ELETRÔNICO É UM ENGÔDO, por Thomas Korontai. Confira: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar