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08 abr 2025

EXPULSO DO CLUBE


GRAU MÁXIMO

Até o presente momento, olhando para o devastador estrago provocado pelo potente -TARIFAÇO-, que colocou em -MODO DESESPERO- os mercados financeiros e de capitais do mundo todo, o que se pode afirmar, sem medo de errar, é que se este fenômeno -ARRASADOR- pudesse ser medido pela -ESCALA RICHTER-, certamente mostraria que atingiu o -GRAU MÁXIMO-, qual seja de -10 PONTOS-. 


REPETIÇÃO DE MENTIRAS

Pois, em meio à turbulência, a MÍDIA TRADICIONAL, mostrando que não tem o menor interesse em conhecer e divulgar as efetivas CAUSAS que levaram ao TARIFAÇO, o que faz, como sempre fez, é produzir NARRATIVAS comprometidas com o viés SOCIALISTA, influenciando seus fiéis seguidores através do SISTEMA DE REPETICÃO DE MENTIRAS. Com isso, as informações e discussões são exclusivamente centradas nas CONSEQUÊNCIAS, fazendo valer o entendimento de que o TARIFAÇO É OBRA DE GENTE CRIMINOSA. 


LIBERDADE ECONÔMICA

Em meio a tudo isso, antes que alguém ACREDITE que o TARIFAÇO deu por encerrada a -ERA DA GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA-, que se caracteriza pela integração e/ou aumento do comércio internacional, da circulação de pessoas e ideias, e da difusão de tecnologias-, é preciso que SAIBA que a LIBERDADE ECONÔMICA MUNDIAL só é possível quando todos os players se comprometem a VENDER E COMPRAR produtos ISENTOS DE TARIFAS.


EXPULSO DO CLUBE

Ou seja, quem se dispõe a TARIFAR O CONSUMO -que por sua vez retrata a vontade e a preferência do CONSUMIDOR-, deveria ser expulso do CLUBE, ou, na melhor das hipóteses, receber idêntico tratamento ao querer VENDER SEUS PRODUTOS. Simples assim.



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07 abr 2025

QUEM É PROTECIONISTA???


CONSEQUÊNCIA

Mais do que percebido, como bem atestam as substanciais e sistemáticas desvalorizações dos preços dos ativos negociados nas bolsas de valores, o mundo todo está jogando toda a culpa do DESASTRE ECONÔMICO/FINANCEIRO nas -MALDOSAS TARIFAS- impostas pelo governo Trump. O fato, entretanto, é que, em meio ao entrevero poucos conseguiram perceber que a imposição das TARIFAS não é CAUSA, mas a CONSEQUÊNCIA dos DÉFICITS CRÔNICOS E GIGANTESCOS DA BALANÇA COMERCIAL NORTE-AMERICANA. 


PASSO CERTO

Digo -POUCOS-, porque segundo informa o jornal Washington Post, os BRITÂNICOS, ao invés de ficar choramingando, saíram na frente e acharam por bem se oferecer para REDUZIR AS TARIFAS impostas, por exemplo, sobre as importações de carne bovina e dos peixes pelos EUA. Gostem ou não, esse é o PASSO CERTO para dar início ao que manda a NOVA ORDEM COMERCIAL MUNDIAL que foi deflagrada no Liberation Day, pelo presidente Donald Trump. 


PROTECIONISMO

Ainda que muita gente, influenciada pela Mídia Socialista, entenda que a imposição das TARIFAS foi um -ATO PROTECIONISTA-, o fato é que NÃO HAVENDO IMPOSIÇÃO TARIFÁRIA de parte dos países que compram dos EUA, Trump afirma que não vai impor TARIFAÇÃO. A rigor, para que fique bem claro, quem vinha praticando o PROTECIONISMO eram os países que impunham TARIFAS sobre os produtos vendidos pelos EUA.   


BRASIL TARIFÁRIO

No caso do nosso país, é importante que todos tenham em clara mente que mais de 86% das importações brasileiras estão sujeitas a algum tipo de barreira não tarifária. Mais do que sabido, as empresas brasileiras são altamente COMPETITIVAS vistas através do que acontece no lado de dentro. Tão logo os produtos estão prontos para serem colocados no mercado, à disposição dos eventuais compradores, o governo trata de destruir por completo com esta vantagem, através de burocracia excessiva, grande má vontade e altíssima CARGA TRIBUTÁRIA. 



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04 abr 2025

BAIXAS INEVITÁVEIS


NOVA ORDEM

Como já era mais do esperado, os índices que refletem o ânimo -econômico-financeiro e social- dos habitantes do planeta Terra estão mostrando -segundo a segundo- com razoável precisão, que a -GUERRA COMERCIAL-, deflagrada -oficialmente- na quarta-feira, 02, data esta batizada de -LIBERANTION DAY-, antecipa que o COMÉRCIO MUNDIAL passa a ter uma NOVA ORDEM - onde a maioria dos agentes admite, de antemão, que muitas e grandes BAIXAS serão registradas ao longo da jornada. 


IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO

Na real, o que muitos poucos se recusam a admitir, e por isso choram, gritam e reclamam pelas perdas que inevitavelmente irão colher, é que a grande maioria dos PAÍSES MUNDO AFORA estão INSERIDOS, de corpo e alma, numa -GUERRA TARIFÁRIA- onde TODOS adoram cobrar de seus -consumidores e insumidores- o estúpido -IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO-. 


LÓGICA TARIFÁRIA

Pois, com a NOVA ORDEM MUNDIAL DE COMÉRCIO, gostem ou não, a LÓGICA TARIFÁRIA será DEFINIDA com base no desempenho da BALANÇA COMERCIAL de cada país, ou seja, por PRINCÍPIO, MEIO E FIM, quanto mais próximo do -EQUILÍBRIO- menores serão as TARIFAS EXIGIDAS e/ou PRATICADAS pelos envolvidos nas negociações ou acordos comerciais.    


UNIÃO ABSURDA

No caso do Brasil, que tem como NORMA GOVERNAMENTAL a busca incessante da NÃO COMPETITIVIDADE, impulsionada por DESPESAS PÚBLICAS ELEVADÍSSIMAS E CRUÉIS, a grande saída sempre foi a COBRANÇA DE EXAGERADOS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO de países mais COMPETITIVOS. Ou seja, ao invés de propor condições efetivas para COMPETIR, e com isso favorecer a nossa participação no COMÉRCIO MUNDIAL, o que se vê é uma nefasta -UNIÃO- onde GOVERNO E ENTIDADES EMPRESARIAIS se unem com o propósito de LUTAR EM FAVOR DA DERROTA.



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03 abr 2025

E AGORA, JOSÉ?


GUERRAS

Por definição mais do que sabido, GUERRA, de forma geral,  é um conflito -ARMADO OU NÃO- entre estados, governos, sociedades ou grupos paramilitares, como mercenários, insurgentes e milícias, resultante, basicamente, de disputas SOCIOCULTURAIS E/OU ECONÔMICAS. Como tal produzem SOFRIMENTOS E BAIXAS EM MASSA, tanto de combatentes como de civis e outros -não combatentes-.


GUERRAS COMERCIAIS

Pois, dentro desta clara linha de pensamento, as GUERRAS COMERCIAIS se caracterizam por CONFLITOS ECONÔMICOS ENTRE PAÍSES cujo grande PROPÓSITO é a obtenção -país a país- de VANTAGENS ECONÔMICAS SOBRE TAXAS e/ou IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO. Como tal, as BAIXAS E SOFRIMENTOS se dão, notadamente, através do FECHAMENTO DE EMPRESAS E PERDAS DE EMPREGOS.


SALVAR OS EUA

Ora, por mais que muita gente mundo afora esteja se manifestando triste e contrariada com as medidas que vem sendo tomadas pelo presidente dos EUA, há que admitir que Donald Trump teve a CORAGEM E A DISPOSIÇÃO DE DECLARAR UMA GUERRA - COMERCIAL- MUNDIAL com o claro propósito de tentar -SALVAR AS FINANÇAS PÚBLICAS DOS EUA-. Vejam que, em 2024, os Estados Unidos foram o MAIOR IMPORTADOR DO MUNDO, com um valor total de importação na ordem de US$ 2,49 TRILHÕES. 


E AGORA, JOSÉ?

Pois, enquanto muita gente se dedica a analisar, comentar, repudiar e/ou aplaudir as corajosas medidas tomadas, no -LIBERATION DAY-, pelo presidente Donald Trump, o FATO é -gostem ou não- que o sentimento mundial soou de acordo com o seguinte poema de Carlos Drumond de Andrade - "E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? E agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? ...


O TESTE DE GALÍPOLO

 

O TESTE DE GALÍPOLO , por Malu Gaspar, de O Globo.

Quando Gabriel Galípolo assumiu a presidência do Banco Central, as dúvidas sobre ele tinham a ver com a capacidade de se equilibrar entre as expectativas do governo Lula e o manejo das taxas de juros e da inflação. Passados três meses de sua posse, os juros já subiram duas vezes, a inflação está acima do teto, e não há nenhum ruído. O grande teste para o novo chefe do BC, porém, é outro: a crise do Banco Master, que acaba de receber uma oferta de compra do BRB, do governo do Distrito Federal.

Nascido da aquisição de um banco quebrado, o Master teve nos últimos anos um crescimento vertiginoso, impulsionado pela venda de títulos de renda fixa que pagam muito mais do que a média do mercado — e rendem aos bancos e corretoras que os ofereciam aos clientes comissões também acima do comum.

Como argumento para tranquilizar os desconfiados com um negócio que parecia bom demais para ser verdade, esses vendedores diziam que não havia com que se preocupar, porque, “se quebrar, o FGC garante”. O FGC é o fundo garantidor de créditos, criado depois da crise bancária de 1995, no governo Fernando Henrique Cardoso, e sustentado pelos bancos privados. Ele garante as aplicações de até R$ 250 mil.

A quem perguntava como o Master pagaria aos investidores, os controladores mostravam o negócio de crédito consignado que começou com a exclusividade na folha dos servidores do governo da Bahia, na gestão de Rui Costa; uma gorda carteira de precatórios, créditos de recebimento incerto que dominavam mais de um terço do patrimônio; e um conjunto de empresas em dificuldades que, recuperadas, dariam um retorno espetacular.

Com dinheiro à disposição, os controladores do Master se esbaldaram em festas milionárias e viagens de jato pelo mundo. Contrataram figuras estreladas para compor conselhos e fazer consultorias — como Ricardo Lewandowski, que entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério da Justiça passou um ano no banco, e Guido Mantega, que levou o controlador do Master, Daniel Vorcaro, para dar um abraço no presidente Lula no Palácio do Planalto.

Ou ainda o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, mulher de Alexandre de Moraes, que em abril de 2024 foi convidado de um evento jurídico promovido pelo Master em Londres.

Influência, portanto, nunca foi problema. Mesmo assim, em 2023, depois de muita pressão nos bastidores, o BC criou regras que diminuíram a proporção de precatórios e de CDBs que os bancos podiam acumular. Mas deu até 2025 para o pessoal se enquadrar, o que fez o Master procurar um novo nicho para seus títulos: fundos de pensão e bancos públicos.

Só o Rioprevidência, feudo do União Brasil, comprou R$ 700 milhões. A Cedae, estatal de saneamento fluminense, mais R$ 200 milhões. Na Caixa Econômica Federal, controlada pelo PP de Arthur Lira, uma oferta de R$ 500 milhões foi barrada por um grupo de técnicos que considerou o negócio “arriscado demais” e “atípico”, uma vez que o Master tinha “alto risco de solvência”.

Mais ou menos na mesma época, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) apresentou no Senado Federal um Projeto de Lei que aumentava de R$ 250 mil para R$ 1 milhão a garantia do FGC por cliente — logo batizado de “emenda Master”. Não colou.

Hoje, o Master tem R$ 49 bilhões em CDBs na praça, dos quais R$ 16 bilhões para ser pagos até o fim do ano. Mas os ativos, calculados em R$ 30 bilhões, são ilíquidos, difíceis de vender rapidamente. A liquidez até o final do ano é de R$ 8 bilhões.

A conta não fecha, e nesse contexto surgiu a proposta do BRB. O banco controlado pelo governo de Ibaneis Rocha (MDB) diz que comprará uma parte do Master por R$ 2 bilhões, assumirá o pagamento de R$ 29 bilhões em CDBs e ainda deixará o controle com os atuais sócios. Para a agência Moody’s, um negócio com “alto risco de execução” — pode afundar também o BRB.

É esse o pacote que caiu no colo de Gabriel Galípolo. O BC vai precisar decidir se aprova a venda do Master para o BRB e ainda articular uma solução para os CDBs que sobram. A saída privada em discussão seria o BTG ficar com uma parte dos negócios do Master e deixar os CDBs para o FGC cobrir. Mas os bancões têm dito que, se é para pagar o prejuízo, não há por que jogar uma boia para os donos do Master.

A história dos escândalos financeiros está repleta de vendedores de vento que foram resgatados pela Viúva quando a situação apertou. No país do orçamento secreto, do Rei do Lixo, da anulação de condenações de réus confessos ou de processos por excesso de provas, isso pode até parecer aceitável. Mas não deixa de ser uma oportunidade para o novo presidente do BC mostrar se é de fato independente — e de quem.



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02 abr 2025

QUILOS MORTAIS


OBESIDADE MÓRBIDA

Mais do que sabido, a famosa série televisiva -QUILOS MORTAIS-, onde cada episódio segue um ano da vida de uma pessoa -MORBIDAMENTE OBESA-, é vista por um enorme contingente de telespectadores. Mais: pelo que dizem as pesquisas encomendadas pela produção da -série-, a maioria dos telespectadores -torce- para que o OBESO reduza seu peso a ponto de se submeter a uma -CIRURGIA BARIÁTRICA-. 


OBESIDADE FISCAL

Nessa mesma linha penso que poderia atrair um grande número de telespectadores, notadamente no Brasil, a produção e apresentação de uma -SÉRIE TELEVISIVA- fortemente voltada para a GRAVE DOENÇA conhecida, mundialmente, por -OBESIDADE FISCAL-, onde cada episódio mostraria o INSACIÁVEL E INCONTROLÁVEL APETITE DO GOVERNO LULA POR IMPOSTOS DE TODOS OS TIPOS E SABORES. 


OBESIDADE FISCAL CONJUGADA COM ANEMIA DE PRODUTIVIDADE

A bem da verdade, esta ideia me veio à cabeça depois da ótima entrevista concedida pelo economista Otaviano Canuto, que foi vice-presidente no Banco Mundial e diretor executivo no FMI, ao canal InfoMoney, quando disse, alto e bom tom, que o Brasil sofre de uma DOENÇA DUPLA que se retroalimenta: TEM OBESIDADE FISCAL CONJUGADA COM ANEMIA DE PRODUTIVIDADE. Para piorar, o GOVERNO LULA segue fazendo de tudo PARA GANHAR MAIS E MAIS -QUILOS MORTAIS-, através da busca incessante de JEITINHOS, todos do tipo que impulsionam FISCALMENTE A ECONOMIA. 


LÓGICA DO RACIOCÍNIO

Canuto, usando apenas e tão somente a -LÓGICA DO RACIOCÍNIO- salientou que a proposta de isentar de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais é um exemplo de “presentinho fiscal” exagerado, dentro de uma série de políticas de ESTÍMULO À ECONOMIA BASEADA NO AUMENTO DO GASTO PÚBLICO, notadamente em GASTOS com SUBSÍDIOS TRIBUTÁRIO, APOSENTADORIAS E SALÁRIOS NO SETOR PÚBLICO. 



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01 abr 2025

SALA DO RACIOCÍNIO


OXIGENAÇÃO CEREBRAL

Antes de tudo convido os leitores, notadamente aqueles que têm interesse em exercitar e oxigenar o cérebro, a ingressar na fantástica -SALA DO RACIOCÍNIO-, onde a CAPACIDADE DE PENSAR se manifesta de forma altamente positiva. Detalhe importante: quanto menor a resistência para o entendimento e/ou aceitação daquilo que é tido e havido como -LÓGICO-, mais o CÉREBRO colabora para o importante desenvolvimento do RACIOCÍNIO. 


SEMPRE FOI ASSIM...

Mais do que sabido, tem certas coisas que pelo simples FATO de existirem há muitos anos, ou algo do tipo -SEMPRE FOI ASSIM...- isto é mais do que bastante para que a maioria dos cidadãos não questione, ou mesmo coloque em dúvida, sobre a real e efetiva necessidade de sua existência ou imposição. 


UM BANCO CENTRAL É INCOMPATÍVEL COM UMA ECONOMIA LIVRE

Pois, embora já tenha dedicado alguns editoriais tentando explicar que é totalmente DISPENSÁVEL a existência de um BANCO CENTRAL, desta vez aproveito o brilhante e esclarecedor texto -UM BANCO CENTRAL É INCOMPATÍVEL COM UMA ECONOMIA LIVRE- escrito pelo ex-congressista republicano do Texas, e candidato à presidente dos EUA em 1988, Ron Paul, . Eis: 


CONTROLE DE PREÇOS É ALGO VILIPENDIADO

Controle de preços é algo vilipendiado quase que universalmente pelos economistas.  As consequências negativas de se impor preços mínimos e preços máximos são numerosas e muito bem documentadas. Por outro lado, os economistas não só aceitam normalmente, como também debatem entusiasmadamente, a mais importante, porém menos compreendida, manipulação de preços que ocorre no mundo atual: a manipulação das taxas de juros.

Ao determinar a taxa básica de juros – que nada mais é do que a taxa à qual os bancos fazem empréstimos entre si no overnight com a intenção de manter os níveis de reservas bancárias (compulsório) determinados pelo Banco Central – o Banco Central assume o lugar dos participantes do mercado, que é quem teoricamente deveria determinar os juros através de suas ações, compatibilizando a oferta de poupança com a demanda por ela.

O Banco Central e o governo federal não ousam fixar os preços da madeira, do aço, dos automóveis e dos imóveis.  Entretanto, quando o Banco Central determina a taxa de juros – e pelo fato de esta ser o preço do dinheiro para aquele que contrai empréstimos, o que afeta toda a demanda por dinheiro -, ele está afetando os preços de toda a economia de uma maneira menos explícita, porém tão deletéria quanto um controle direto de preços.


ECONOMIA PLANEJADA

O exemplo da União Soviética já deveria ter nos ensinado que nenhum indivíduo, nenhum grupo de pessoas, não importa sua capacidade científica, pode arbitrariamente determinar preços sem que isso gere caos econômico.  Somente a interação espontânea dos participantes do mercado pode levar ao desenvolvimento de um sistema de preços que funcione corretamente e que permita que as necessidades e desejos de todos os participantes sejam satisfeitas.  A sensação que fica quando se lê as atas do Banco Central é que a taxa de juros é frequentemente determinada de acordo com os caprichos e fantasias dos diretores da instituição. Os defensores dizem que há critérios científicos por trás de cada escolha.  Entretanto, mesmo explicações mecanicistas como a Regra de Taylor dependem de estatísticas que ficam totalmente a critério dos burocratas do Banco Central: qual o PIB potencial, qual índice de inflação será utilizado, qual segmento deve ser desconsiderado (alimentos, energia, educação), etc.  No fim, o que temos é uma economia centralmente planejada.

Quando os agentes de mercado são obrigados a gastar boa parte de seu tempo tentando descobrir a próxima jogada desses fixadores de preços, analisando cada frase das declarações e das minutas do Comitê de Política Monetária, eles necessariamente se afastam das atividades econômicas produtivas.  Eles deixam de ser atores econômicos e forçosamente se tornam prognosticadores políticos.  Este não é um problema econômico isolado, uma vez que as empresas também têm de levar em consideração outras intervenções estatais, como aumento de impostos, isenções fiscais expirantes, tarifas de importação, subsídios aos concorrentes, etc.  Entretanto, como a taxa de juros determina o custo dos empréstimos e, consequentemente, determina se investimentos de longo prazo devem ou não ser empreendidos, essa manipulação estatal tem um impacto muito maior do que outras políticas governamentais.

É a manipulação dos juros que causa os ciclos econômicos. Quando os juros se tornam artificialmente baixos, o mercado é distorcido e os empreendedores são levados a fazer maus investimentos – investimentos que não fazem sentido à luz dos recursos presentemente disponíveis (que parecem maiores do que realmente são).  Esses investimentos irão ocorrer nos estágios mais remotos da estrutura do capital, isto é, nos estágios da produção mais afastados dos bens de consumo final.  Porém esses investimentos não serão sustentáveis a longo prazo, pois não há poupança real disponível para tal (os juros foram diminuídos artificialmente).  Quando o padrão normal de consumo for readotado, esses investimentos revelar-se-ão inúteis e a recessão será a consequência.  Esses investimentos errôneos não teriam acontecido caso o banco central não tivesse brincado com os juros e tivesse permitido que eles informassem o preço e a quantidade real dos recursos disponíveis.

Até entendermos os resultados que essas ações do Banco Central provocam, a economia estará fadada a repetir esses períodos abruptos de expansão e recessão.  É imperativo que se entenda que não pode existir livre mercado enquanto houver um banco central.  Se o preço do dinheiro, que é preço mais importante da economia, é determinado pelo governo, então estamos vivendo sob uma economia planejada.


PANAMÁ

A propósito, entre os países que EXTINGUIRAM O BANCO CENTRAL está o Panamá, sabidamente um dos países menos endividados das Américas (58.4% de dívida / PIB, contra 128% dos EUA e 93% do Brasil). Que tal? 



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