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24 jan 2005

O FÓRUM JURÁSSICO


CIDADE VERMELHA

Esta semana já está marcada definitivamente pelo início, no dia 26, do retrógrado Fórum Social Mundial. É só isso que vamos encontrar nos grandes meios de comunicação nos próximos dias. Afinal, todos eles adoram dar informações e acatar soluções comunistas para o Brasil e para o mundo. Porto Alegre, como capital e sede mundial do comunismo, será o centro das atenções para que os interessados saibam onde mora o atraso. É dose, gente.

CUSTEADO PELO POVO

Note-se que muito do que acontecerá por aqui será pago, naturalmente, com o dinheiro público. Tanto do Estado quanto do município. Uma grande festa vermelha com direito, inclusive, às fanfarronices do presidente populista, Hugo Chavez, da Venezuela. Chavez, por sinal, deverá mesmo tirar o brilho da estrela de Lula, que confirmou presença. Mas que já deixou em pânico a sua assessoria. Pânico, pelas confirmadas manifestações de ciúme e inveja ao maluco venezuelano, aliadas à enorme possibilidade de ouvir grossas vaias, que serão inevitáveis.

LOGOTIPO

O melhor logotipo para a identificação do FSM, inclusive sem a necessidade de pagar qualquer prêmio à eventuais designers, deveria ser a figura de um enorme dinossauro. Bem velho e desdentado. Isto seria suficiente para espelhar o atraso das mentes dos participantes assim como de suas propostas. Todos jurássicos.

POSSE DE BUSH

Na semana passada houve a posse de George W.Bush para seu segundo mandato como presidente dos EUA. Em vários lugares do mundo os órgãos de imprensa de cada país trataram de hostilizar Bush, como se o seu atributo é de gostar e de propor guerras. Ridículo. Como os americanos, obviamente, recebem informações detalhadas de todos os confins, sabem muito bem quem está ao lado de quem nesta dura e constante necessidade de proteger os EUA e o mundo dos ataques terroristas.

EIXO COMUNISTA

No seu discurso de posse, Bush salientou que líderes de governos, com longos hábitos autoritários, precisam saber que para servir o seu povo devem aprender a confiar nele. Como se sabe, o atual governo brasileiro, junto com vários países latino-americanos, está propondo, e conseguindo, a criação de um forte eixo comunista para fazer frente aos americanos. Aqui, gente, a simpatia por Cuba e Venezuela é dez vezes maior do que uma possível admiração pelos EUA. O recado, portanto, foi bem dado por Bush.

ESCOLAS DE UM ALUNO SÓ

O governo do RS deverá fechar algumas escolas rurais onde o número de alunos é muito reduzido. Correto. Não se justifica o investimento para um resultado insignificante. Antes que as críticas apareçam pela minha concordância, exponho a necessária solução para os prejudicados, pois não basta fechar escolas e não oferecer instrução ao povo. Aí é que a criatividade se torna necessária, coisa que ainda não foi mostrada.

SOLUÇÃO AMERICANA

Uma solução pode ser aquela que os americanos usaram quando houve o desbravamento do oeste dos EUA. As distâncias, por serem imensas, fez com que o governo fizesse contratações de professores itinerantes. Ao invés de fazer com que um ou poucos alunos se deslocassem para uma escola distante, o professor é que se estabelecia num dos ranchos e ali reunia alunos de propriedades mais próximas. Basta copiar, gente.

PT, UM PARTIDO PARTIDO

As diferenças, cada vez mais transparentes, entre os petistas têm se mostrado fantásticas na escolha da presidência da Câmara dos Deputados. O incrível é que os petistas deixaram de respeitar as decisões da maioria do partido. Uma prova de que a própria democracia interna está muito abalada. A externa, já se sabia que não existia, mas a interna ainda era séria. Pois bem, se em algum momento o PT deu mostras de que era o partido mais unido, agora mostra que é um partido mais de que partido. Para nós, simples mortais e patrocinadoress da orgia parlamentar, tanto faz quem venha a ser o presidente da Câmara. O sistema corporativo é tão forte que só temos uma certeza: as despesas públicas vão aumentar e nós vamos comparecer com o devido pagamento, com reclamação ou não.

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20 jan 2005

UM CRESCIMENTO COMPLICADO


ONDE COLOCAR MAIS GRÃOS?

A safra agrícola brasileira para este ano está estimada em 130 a 132 mm de toneladas. O que significa um acréscimo de 10 mm de tons sobre o ano anterior. Dá para festejar? Pela quantidade, que evidencia que temos capacidade de produção, sim. Mas, pela capacidade de escoamento existente, infelizmente, não.

GARGALO

Observem: a safra, obviamente, acontece dentro do período do ano. Já a logística disponível, que já havia se mostrado insuficiente para o que foi colhido em 2004, não poderá acompanhar o crescimento da colheita de 2005. Ou seja, não há condições de produzir durante o ano, caminhões, vagões, estradas e silos para armazenagem com a mesma velocidade que estamos verificando o aumento da produção de grãos.

COPOM

Aproveitando o assunto safra, bastou o Copom se definir pelo aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic e, pronto: foi aberta mais uma safra de bobagens sempre ditas e repetidas todos os meses, por algumas lideranças empresariais e sindicais. O que mais se ouviu, pelas declarações ridículas de sempre, foram expectativas de que a economia será freada, teremos mais aumento de desemprego e outras coisas mais.

INFORMAÇÃO?

Um jornal foi até mais longe, ao afirmar que a dívida interna vai aumentar em 50 bilhões de reais pelo efeito juros. É dose. O raciocínio usado foi simplesmente igual a uma conta mal feita. Afinal, para obter este resultado só que a medida tomada for duradoura e permanente, até o final do ano. Enfim, ao invés de prestarem informações com a verdade, preferem usar meias verdades e grossas mentiras, que nada contribuem para que a sociedade compreenda corretamente a situação e a decisão do Copom.

MP 232

Se alguém está pensando que o governo vai ceder na MP 232 pode ir tirando o cavalinho da chuva. Haverá, na melhor das hipóteses, algum ajuste. Mas, nada substancial. O caminho, portanto, para quem vinha optando pelo lucro presumido, será utilizar a forma de tributação pelo lucro real.

FALÊNCIA

Francamente não entendi como séria a notícia de que a empresa Toigo tenha ido à falência pelo efeito do câmbio e do ICMS da exportação. Os jornais se precipitaram ao divulgar tais causas,sem sentido. Primeiro, porque o dólar é flutuante e os preços do produtos exportados precisam ser administrados à luz das variáveis de mercado. Uma questão de competência empresarial. Segundo, que a medida tomada pelo governo gaúcho ainda não está sendo operada. Caso o governo mantenha o que pretende, aí sim muitas empresas podem desaparecer. A falência da Toigo foi por outros motivos.

TRÊS FORDs

Pelo que tive notícia, os números apurados e divulgados pela área econômica da Fiergs, em reunião interna, é de estarrecer. Segundo o estudo, as perdas que o RS terá com as decisões monstruosas que o governo gaúcho pretende com os exportadores é equivalente a três vezes o investimento perdido da Ford. Se perder a Ford já foi algo imperdoável e inesquecível, imaginem perder 3 Fords. Vão queimar vivo o governador Rigotto.

MELIGENI

Numa programação de gala, que terá a presença do tenista Fernando Meligeni, o condomínio Green Village, de Xangri-lá, RS, inaugura neste final de semana o seu complexo de tênis. O empreendimento é o único no Brasil a oferecer três opções de quadras: piso de saibro (coberta com arquibancadas), piso rápido e grama sintética, importada dos Estados Unidos, inédita no Estado e a mesma utilizada para os treinamentos de Guga em Florianópolis. O programa inaugural terá início nesta 6ª feira, 21, às 18h, com visita de reconhecimento de Meligeni ao complexo, seguida de entrevista coletiva à imprensa.

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19 jan 2005

EM BUSCA DA INFORMALIDADE


PERDENDO TEMPO

Ao invés de ficarmos mais e mais focados na produção e no desenvolvimento, coisas que só se propõem a aumentar o nível de atividade das pessoas e da economia como um todo, estamos tentando evitar que nos tomem tudo. Não bastasse o crescimento do crime no Brasil, tanto organizado quanto desorganizado, que já se apodera de boa parte do patrimônio de muita gente, há ainda os governos com vontades até dobradas para levar uma parte substancial do produto. Gente, a coisa está um verdadeiro inferno e ao que parece não vai ter um final feliz para a nossa sociedade.

CASAS ASSOMBRADAS

Se no RS as coisas vão de mal a pior, onde o governo está definitivamente quebrado, não conseguindo sequer receitas operacionais para fazer frente às despesas correntes, o governo federal também está querendo o fígado, os rins e o coração dos prestadores de serviço, com o arrombamento fiscal proposto pela MP 232. Ou seja, já estamos quase no final de janeiro e estamos vivendo em legítimas casas assombradas, cheios de pavor.

FRUSTRADOS

Como entendemos, embora frustrados, que somos e vivemos numa pretensa sociedade organizada, dependemos das instituições que nos representam para tentar nos livrar dos males. Aí é que mora o perigo, gente: quem nos representa já não merece confiança e muito menos está do nosso lado. Os exemplos não são recentes, mas, com certeza, estão agora bem mais escancarados pela forma ingrata, safada e interesseira com que estão agindo contra a sociedade.

CURSOS ESCLARECEDORES

Portanto, já estou convencido de que estamos ferrados e punidos por termos escolhido a formalidade para tocar nossas vidas profissionais. O que resta, doravante, é o ingresso imediato no mundo dos informais, caso ainda queiramos continuar produzindo e consumindo alguma coisa. Sugiro que o Sebrae, ou outra instituição paralela, comece a montar urgentemente cursos esclarecedores sobre como fazer a travessia mais eficiente do sistema formal para um outro, totalmente informal.

ENTREVISTA COM FOGAÇA

Hoje, pela manhã, finalmente gravei a entrevista com o prefeito José Fogaça. Vários assuntos importantes foram abordados durante uma hora de conversa com o Prefeito, a qual será levada ao ar na próxima 2ª. Feira, 24, no Canal 20 da Netsul, às 21 hs. Como fazem 16 anos que não fazia entrevista com prefeitos da Capital gaúcha, imaginem o quanto precisaria saber e perguntar.

ENTREVISTA NOVA

Isto explica que não consegui esgotar todos assuntos que pretendia durante a entrevista. Mas, como o Executivo de Porto Alegre ainda está na fase de muita análise e adaptação das várias mudanças que estão sendo propostas e cogitadas, só dentro de 60 dias é que teremos condições de observar o grau de ativação das mesmas. Aí, certamente, nova entrevista será necessária. E já ficou acertada.

PORCOS E RELAXADOS

As pessoas podem preferir a simplicidade sem que isto signifique que precisam ser porcas. Ou relaxadas. Pelas informações que venho recebendo daqueles que estão ocupando as secretarias e repartições do Executivo de Porto Alegre, o estado que foram deixados os ambientes de trabalho dos órgãos da administração municipal é lamentável. Quase todos são de áreas repletas de puro relaxamento e sujeira. Até a auto-estima de quem trabalha nos recintos estava atingida. Muita gente vinha se recusando a receber até seus próprios familiares, no ambiente de trabalho, para não ficar constrangido. Um horror.

ROBERTO CARLOS

Estão completamente esgotados os 2400 ingressos/lugares para o show-tour - Emoções Pra Sempre em Alto Mar? que será realizado de 2 a 5 de fevereiro de 2005, a bordo do navio Costa Victoria. Nas três noites e quatro dias, os frenéticos fãs mais previdentes deverão assistir aos shows do Rei Roberto Carlos, viajando pelo litoral carioca e paulista. Loucura total o interesse do público, o que admite novas propostas a serem implementadas. A afirmação é do empresário de Roberto Carlos, Dody Sirena. Parabéns.

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18 jan 2005

O CUIDADO COM AS REIVINDICAÇÕES


MANTENDO A AUSTERIDADE

Gostei da entrevista do presidente do BC, Henrique Meirelles, que está nas páginas amarelas da Veja desta semana. A primeira observação é que tudo aquilo que venho escrevendo sobre os assuntos que Meirelles abordou, correspondem às minhas convicções. Ou seja, basta facilitar um pouco o Caixa do Tesouro e tudo já desanda e de forma astronômica. Aliás, esta é uma das razões para o nosso longo fracasso nas contas públicas. Observem: em todas as oportunidades (pouquíssimas) que decidimos ser um pouco mais austeros, a pressão para um afrouxo foi descomunal e vitoriosa.

SEM PACIÊNCIA PARA A CURA

O tal do ? social ?, gente, acabou sempre falando mais alto nestas horas. Aí, tudo acabou indo para o beleléu, como se tem notícia. Ao romper com todos os programas que estão dando certo e que melhoram a confiança no país, entramos num círculo vicioso e viciado de insucessos e amarguras. Enfim, quando começamos a nos aproximar de algum mínimo sucesso, sempre desistimos de tudo e nunca alcançamos a vitória. Ao primeiro sinal de melhora das nossas contas públicas sempre há quem entenda que já estamos curados definitivamente. E, moto-contínuo, partimos imediatamente para a orgia dos gastos.

MONTANTE PERIGOSO

Isto explica o montante perigoso que atingimos para a nossa dívida interna. Ao contrário dos manifestantes de plantão que apóiam o calote argentino (e que, podem ter certeza, vai ser um prato cheio no Fórum Social Mundial, na próxima semana), o problema não está na nossa dívida externa. Esta é relativamente pequena. E está bem negociada e renegociada com prazos mais longos, tanto com o Clube de Paris quanto com os demais organismos financeiros internacionais.

O PREÇO DO RISCO É O MAIOR

Aliás, a cada dia que a sociedade pressiona por um câmbio mais favorável aos exportadores e pede taxas de juros mais baixas e um afrouxamento nas taxas de inflação, só está querendo desorganizar as contas públicas pelo efeito risco. É muito importante observar que o preço do risco é, ainda, extraordinariamente maior do que o preço dos demais variáveis.

ARGENTINA CALOTEIRA

Este é o problema que a Argentina vive e vai continuar vivendo, principalmente agora. Sem poupança para fazer investimentos, para obter recursos de poupanças estrangeiras precisa pagar um prêmio de risco tão elevado que não poderia ser pago o eventual empréstimo. Resultado: não conseguirá os investimentos para um efetivo crescimento sustentado. A alta que a Argentina apresentou no PIB é sobre uma base extremamente baixa, o que não consagra saúde suficiente para manter tal crescimento.

O REI DOS IMPOSTOS

Uma outra questão importante: a prática indecente do continuado e sucessivo aumento da carga tributária tem várias causas. Mas o gosto por mais impostos foi mesmo inaugurado pelo ex-ministro Delfim Netto. Como a inflação era infinitamente maior do que os juros praticados, a forma que Delfim encontrou para inibir o consumo de produtos faltantes foi pelo aumento de impostos. Lembram de como enfrentou a alta de petróleo na guerra dos seis dias, na década de 70? Como não produzíamos quase nada de petróleo, as importações ficaram caríssimas para as contas públicas.

PRÁTICA INFERNAL

Para inibir e evitar o consumo dos combustíveis, foram aumentados os impostos de forma dramática. E Delfim afirmava categoricamente que isto selecionava o consumo. Assim, ficamos também sujeitos às cotas de produtos altamente demandados, o que, além de impostos cada vez mais altos tinha o preço do ágio, cuja aceitação definia a preferência de consumidores mais dispostos e necessitados. Hoje, embora livres das cotas, jamais nos livramos dos impostos, que virou prática corriqueira dos governantes seguintes.

JE ME SUVIANT

Seria bem melhor se as fotos com os nomes dos deputados carrascos fossem publicadas nos auto-doors, que as entidades privadas deverão expor a partir da amanhã, 19, em vários pontos do RS. Mas, de qualquer forma, só os nomes já identificam para os eleitores o que eles fizeram para prejudicar a sociedade gaúcha. Confesso que todo o esforço que fiz para que algum deles viesse a se eleger será feito em dobro ou em triplo para que jamais voltem ao legislativo ou outro cargo público. Guerra é guerra. \"Je me suviant\", como bem informam as placas dos veículos em Quebec no Canadá.

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17 jan 2005

A MANIFESTAÇÃO DOS LEITORES


AS OPINIÕES SE DIVIDEM

Quando faço críticas aos governos e a falta de enfrentamento dos reais problemas pelas administrações públicas, geralmente recebo manifestações dos leitores e assinantes. E as opiniões se mostram quase sempre divididas, revelando claramente a posição do manifestante. É bastante natural que aqueles que concordam com as minhas opiniões, aplaudam a crítica exposta. Também é natural que aqueles que vivem das vantagens obtidas, e que estão sendo alvos das críticas, vaiem o texto. É assim mesmo, por isso as opiniões se dividem.

OS LEITORES APOIAM AS CRÍTICAS

Porém, com relação às críticas que venho fazendo, nos últimos tempos, ao governo do RS, todas, repito, todas as manifestações dos leitores do PONTOCRITICO.COM têm sido exclusivamente de apoio as mesmas e estão sendo muito aplaudidas. A única exceção, para não fugir à regra, é o governo. Como se vê, além de cometer os equívocos brutais e monstruosos, o governo gaúcho ainda encontra tempo de criticar as minhas opiniões. Isto prova algo importante: o que venho escrevendo e fundamentando está criando transtornos e constrangimentos ao governo pela enorme penetração na opinião pública. Pudera, são mais de 42 mil leitores totalmente desesperados com o que estão presenciando e não conseguindo acreditar no que estão vendo. Um horror, gente.

GOVERNO DOENTE

A prova de que o governo está doente, perdido e incapaz de pensar o Estado é a extensa carta que recebi do Chefe da Casa Civil, Alberto Oliveira, que disponibilizarei amanhã, junto com a resposta, aos leitores, com a devida concordância do próprio Secretário. Junte-se ao referido texto, a entrevista concedida pelo Secretário da Sedai, Luiz Roberto Ponte a ZH de ontem, 16. Aí se percebe o grau de enfermidade do RS e dos nossos governantes. A impressão que restou ao ler e reler as respostas dadas por Ponte é que temos um pretenso Messias no governo. Só as suas convicções parecem suficientes para que entendamos que ele e seus parceiros estão fazendo e propondo tudo certo. Enfim, uma obra prima o pensamento do Secretário da Sedai.

É POSSÍVEL DEMITIR

A mente da sociedade gaúcha e brasileira precisa ser oxigenada e refrescada para que não se deixe levar por algumas besteiras que estamos ouvindo e lendo pelo lado dos governantes. Esta, por exemplo, de ficar repetindo todos os dias, que é impossível demitir funcionários públicos estáveis, para diminuir a folha de salários, é lorota. Caso contrário, a Lei de Responsabilidade Fiscal é uma fraude. Vejam, o que consta na LRF é que não pode ser gasto com folha de salários mais do que 60% das Receitas Líquidas. Quando há o estouro, a ordem é demitir. Existem regras para tanto, mas a possibilidade existe. Falta coragem e observância para enfrentar o problema. Porque não é feito?

O MEDO DE SE EXPOR

Antes mesmo de começar o trabalho da consultoria do INDG ? Inst. Nacional de Des. Gerencial, quando o PGQP deve aceitar, certamente, a proposta feita por Vicente Falconi, já se ouve algumas manifestações contrárias. Aliás isto é que reforça ainda mais a necessidade de fazer o trabalho. Os temerosos têm muitos motivos para evitar a entrada dos técnicos do INDG, pois muita gente vai ser exposta à opinião pública como totalmente desnecessária, incompetente e cara. E o caminho para estes deve ser o olho da rua. Aí a grande razão para o medo. Afinal, cada um precisa saber se é ou não competente. E alguns estudos identificam o tamanho do despreparo e da necessidade de ter gente assim.

ESPERTEZA POLÍTICA

Outra entrevista publicada em ZH de ontem, e não menos esclarecedora, foi a do ministro Tarso Genro. Perguntado sobre a crise financeira do RS, enrolou, enrolou e não disse coisa alguma que pudesse ser útil. Bem dentro do perfil petista gaúcho, onde tudo se mascara e nada é esclarecido. Sobrou, obviamente, o seu oportunismo onde muita gente apaixonada, mesmo não entendendo coisa alguma adorou o que leu.

AVIÃO PRESIDENCIAL

O avião presidencial chegou. E não será devolvido, podem ter certeza. Portanto, as críticas dos descontentes vão virar meros desabafos de inconformados. Nada mais. Cabe, agora, cobrar a contra-partida da Airbus, que segundo o contrato de fornecimento da aeronave, é fazer investimentos no Brasil, cujo valor deve ser o dobro da nota de compra. Vamos gastar energia fazendo a cobrança do acordo, gente. Sem deixar de desejar boas viagens ao presidente e sua equipe de privilegiados no novo avião.

A ENTREVISTA PROMETIDA

O prefeito José Fogaça, através de sua assessoria de comunicação, entrou em contato com o PONTOCRITICO.COM, tão logo divulguei uma possível discriminação ao colunista. E imediatamente marcou para esta semana a entrevista que até agora não saiu. Vamos aguardar para conferir se desta vez ela acontece.

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13 jan 2005

AGUARDANDO A ENTREVISTA PROMETIDA


MAIS UMA VEZ DISCRIMINADO

Antes mesmo da posse do atual prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (que desde já cumprimento pela passagem de seu aniversário nesta data), pelo qual até fiz campanha visando que o PT fosse destronado da capital gaúcha, convidei-o para uma entrevista no meu programa de TV, PONTOCRITICO.COM, Canal 20 - Netsul. Interessado, na ocasião, a data foi marcada pelo próprio Fogaça para a semana seguinte, e devidamente confirmada pela sua assessoria. Pois bem, depois daquela confirmação, comecei a receber telefonemas e mais telefonemas de adiamento do encontro.

O QUE ESTÁ HAVENDO?

Passaram-se, assim, dias, semanas e o mês todo. E até agora, nada. Várias outras entrevistas, depois disso, já foram concedidas pelo prefeito aos mais diversos programas de rádio e televisão, mas ao PONTOCRITICO.COM, nunca. Qual a razão? Francamente, não sei. Até parece que o PT continua no governo municipal. Pelo menos pela discriminação nas entrevistas.

TRIPÉ

As três maiores dores de cabeça dos empresários brasileiros estão concentradas no tripé - imposto, juro e câmbio -. A cada dia é dada importância maior a uma delas sem que deixem de se referir às demais. Agora, por exemplo, os ataques estão focados no câmbio. Os empresários gaúchos são uma exceção, pois até esqueceram um pouco as moedas pelo grande impacto do congelamento dos créditos do ICMS dos exportadores imposto pelo governo Rigotto.

PRESSÃO

O curioso é que já está havendo uma pressão brutal para que o governo acabe com o câmbio flutuante. E todos sabem que isto só acontece até que o preço do dólar se torne novamente interessante para seus negócios. Em resumo, o câmbio aqui só deve flutuar desde que para cima, ou seja, pela depreciação constante do real. Enquanto ficam mais focados no câmbio, deixam, momentaneamente, de se referir aos juros e muito menos aos impostos, estes os principais dificultadores do desenvolvimento econômico do país.

TRANSGÊNICOS LIBERADOS

Finalmente temos agora uma lei que libera o plantio e a comercialização dos produtos geneticamente modificados. Deixou, portanto, de ser uma atividade ilegal. E entra quem quer, desde que se comprometa por escrito e se responsabilize por eventuais danos. Até aí tudo bem. O que precisa ficar bem claro é que só existe, até o presente momento, um só tipo de semente que traz mais vantagens aos produtores brasileiros, a qual é desenvolvida e vendida pela Monsanto.

NÃO TEM SAÍDA

Como o uso da semente só será possível desde que haja pagamento dos royalties, antes que os americanos sejam escorraçados por cobrarem aquilo que o talento de seus técnicos fez por merecer, é bom entender a questão. Até porque tem gente que pensa que a nova lei isentará do pagamento do prêmio sobre as safras anteriores ainda não comercializadas com o exterior. Nada disso. Para que haja desembarque no destino será exigido lá o pagamento de quem não fez no Brasil. Gente, não existe tanto bobo à granel fora do nosso país. Querer ser experto demais não vai funcionar.

TAMBOR

O número de coletivas de imprensa, concedidas pelos mais diversos setores empresariais neste início de ano, cresceu bastante. E todas elas têm um único objetivo: repercutir os graves problemas que o congelamento do ICMS das exportações está provocando pela destruição do capital de giro das empresas. O curioso é que a medida mais certa e cabível não está sendo tomada pelos empresários, qual seja ir à Justiça em busca de uma liminar. Qualquer juiz daria a liminar como vem sendo obtido para outras coisas mais banais. Mas, o incrível é que nenhuma delas usou o expediente. Qual a razão? Será que só ficam satisfeitos com a repercussão que a imprensa está fazendo, esperando que o governo se arrependa do que fez?

REFORMA À VISTA?

Com toda esta balbúrdia, expressada pela pressão que os governadores e empresários estão fazendo para que o governo federal ceda com relação às compensações (que no meu entender não existe), penso que estamos próximos de uma reforma fiscal e tributária. Aqui é assim: é preciso provocar o caos total para que as soluções aconteçam. E como os governadores estão promovendo o caos, que fará imediatamente com que as empresas deixem de operar, o Congresso estará sendo convidado a votar uma reforma para valer. Tomara que as coisas piorem de vez e pare tudo de uma vez por todas. Quem sabe a velocidade com que são aprovadas verbas de gabinete e salários dos parlamentares aconteça pelo lado fiscal e tributário? Quem sabe?

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