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09 dez 2004

AS PROJEÇÕES DA FEDERASUL


SEM COMEMORAÇÃO

Finalizando os encontros que as entidades empresariais fizeram com a imprensa neste final de ano, a Federasul foi a única que preferiu não comemorar resultados e não acreditar em crescimento sustentado. E atribui a sua descrença à elevada carga tributária existente. O peso dos tributos é um impeditivo certo para o desenvolvimento, afirmou várias vezes o presidente Paulo Feijó. Dizendo-se realista, entendi claramente que a tal realidade é de se lamentar, não de se comemorar.

CRESCENDO MENOS

Analisando sobre o ponto de vista do varejo, os ganhos de consumo deste ano não recuperam as perdas dos anos anteriores, que ainda vão levar muito tempo para chegar ao equilíbrio. E aí, só com muito crescimento, o que não está previsto pelos números apresentados. Em resumo, todos acreditam que vamos crescer, mas bem menos do que 2004.

CONTRIBUIÇÃO AO GOVERNO

A contribuição que o Governo Rigotto vai receber das entidades, segundo Feijó, é para que encare de vez a governança, o nível de gestão pública. E proponha uma redução paulatinamente a carga tributária, ano a ano. Para tanto será necessário empregar métodos mais adequados de administração, como aqueles já utilizados na iniciativa privada. Seria ótimo que Rigotto aceitasse o conselho.

O QUE SIGNIFICA O RISCO

Embora muita gente ainda entenda como exagerado o número de pontos que identifica o risco Brasil, comparado com outros países, vale uma explicação. Quanto maior o risco, menor é o sono. Isto explica o porquê dos pais nunca dormirem enquanto seus filhos estão fora. É a consciência do risco, que muda de tamanho de acordo com a fragilidade medida. E esta premissa, gente, está presente em todas as atividades. Vejam:

RISCO ECONÔMICO

Primeiro: não é só o risco econômico que é considerado no cálculo, embora tenha bom peso. A nossa economia é frágil por depender de capitais de investimento, coisa que é escassa por aqui. E o nosso endividamento é muito alto e concentrado. Basta, portanto, uma notícia ruim por aqui, ou algo que represente um melhor investimento em outro país. Pronto, lá se vão os capitais necessários que precisamos para nos tirar do atoleiro. ´Temos, pois, um risco evidente, com grande probabilidade de ocorrência.

OUTROS RISCOS

Segundo: há o risco social, onde a violência, a corrupção, o narcotráfico, etc. também pesam na composição das oportunidades de investimento. Quanto mais incontroláveis, menos chances de sucesso nos investimentos. E, neste particular, creio que não é preciso ficar argumentando, não é mesmo? Terceiro: sobra o risco político. Como a nossa governabilidade depende de acordos com outros partidos, e há, por exemplo, um partido chamado PMDB no Brasil, o risco só pode mesmo continuar elevado.

COMPARAÇÕES IMPORTANTES

Para ajudar no entendimento, observem que os países mais arriscados para investir hoje, à frente do Brasil, são: a Argentina, com 5317 pontos base; o Equador, com 721 pb; a Nigéria, com 636 pb; e as Filipinas, com 470 pb. O Brasil está com 426 pb, Venezuela com 422, Colômbia com 340, Ucrânia com 295 África com 196, México com 171. Por outro lado, a nossa melhora de 8%, em 2004, foi bem menor do que ocorreu com a Bulgária, por exemplo, que reduziu o risco em 48% chegando a 92 pb. A Venezuela teve redução de 29%, a Polônia 27,5% e está hoje com 50 pb. Enfim, melhoramos é verdade, mas bem menos do que muitos outros países.

O EXEMPLO DE TARTARUGALZINHO

Gente, o que descrevo abaixo não se trata de algo que acontece só em Tartaruglazinho, município localizado no Amapá. Outros municípios brasileiros vivem a mesma situação, lamentavelmente. Vale observar o altíssimo grau de ignorância que reina neste país, o qual só encarece a vida de todos os brasileiros. Além, é claro, de estimular programas sociais irresponsáveis, que preferem atacar efeitos sem resolver as causas.Vejam o absurdo: cada casal, em Tarturugalzinho, AP, norte brasileiro, tem em média 7,8 crianças. A renda percebida pelo casal não é suficiente sequer para sustentar o próprio casal. Imaginem 7,8 filhos. É, pois, um fábrica que funciona em três turnos, sem parar, operada por seres irracionais que produzem mais seres irracionais. Que eternizam os problemas presentes e agravam os futuros. E não é produção para exportação, gente. É para engrossar o número de marginais que já são muitos neste Brasil. Viva a ignorância.

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08 dez 2004

OS NÚMEROS DA FIERGS


BALANÇO DA INDÚSTRIA

Hoje foi a vez da Fiergs mostrar os números do desempnho da economia em 2004 e as projeções para 2005. Como as demais entidades, confirma a expectativa de crescimento para este ano em 5,1%. Exportações recordes e melhora do mercado interno asseguram esta taxa de elevação da atividade e do consumo, apesar de que a renda tenha crescido nas faixas de salário menor e recuado nas faixas de poder aquisitivo maior. Estamos virando uma figura muito alongada, tipo Torre Eiffel, e deixando de ser uma pirâmide equilibrada, que consagra uma classe média robusta. E isto não bom para quem depende de crescimento.

IMPORTAÇÕES/EXPORTAÇÕES

Em 2005, as exportações devem continuar crescendo. A expectativa é chegar ao fim do ano entre U$ 106 a U$ 110 bi, enquanto que as importações estão projetadas para algo como U$ 78 a U$ 81 bi. O saldo da balança previsto deve ficar entre U$ 32 bi (no máximo) e U$ 24 bi (no mínimo).

FANTASMAS

Os dois fantasmas que rondam o nosso sucesso continuam os mesmos: petróleo e juros americanos. O comportamento destas variáveis vai ditar o fluxo de capitais internacionais para os países em desenvolvimento. Pesam esta probabilidade de insucesso, algo como 20% das expectativas. As taxas de juros dos EUA, no entanto, devem subir entre 3,75% e 4%.

INDICADORES FIERGS- 2005

Cenário I Cenário IIPIB Total 3,50% 2,70%Agropecuária 4,00% 3,50%Indústria Total 4,30% 3,40%Serviços 2,90% 2,10%Empregos Gerados (em mil) 1.184 994Exportações (US$ Milhões) 110 bi 106 biImportações (US$ Milhões) 78.bi 81 biSaldo Comercial (US$ Milhões) 32 bi 24 biTaxa de Câmbio (Média do ano) 2,95 3,15Taxa de Juros (Média do ano) 16,71 17,1IPCA 6,00% 7,10%

CULTURA ANTIGA

A cultura empresarial brasileira adquirida ao longo do tempo, infelizmente, mostra que não há preparo suficiente para uma caminhada solo, ou seja, poder andar sem ficar de mãos dadas com o governo. Continua e continuará sendo a frágil criança que não pode se afastar sob pena de se perder ou levar um tombo. Mas, uma criança esperta, no entanto, que para ser obediente, vive pedindo balas e sorvetes ao seu grande tutor. Definindo: não somos um país capitalista. Juit menos neoliberal (que ainda não sei o que significa).

ALTA ARTIFICIAL

Isto está bem claro, mais uma vez, na questão cambial que estamos vivendo. O BC declarou como necessária a flutuação do cambio, deixando ao sabor do mercado a fixação do preço das moedas. Os exportadores, que jamais clamam por uma intervenção quando os preços lhes são favoráveis, choram copiosamente quando acontece o inverso. E o povo, sempre ignorante, acaba sendo vítima do seu desconhecimento e da cultura da intervenção governamental. E exige que o BC promova sempre uma alta do dólar artificialmente.

O MERCADO É MAIS JUSTO

É absolutamente necessário entender que ninguém é melhor do que o mercado para identificar preços. O governo não é e não pode ser um ser celestial para dizer quanto vale uma moeda. E muito menos os exportadores, que sempre pedem valor maior, naturalmente. O que precisamos mesmo é um grande fluxo internacional ? importação e exportação ? que permita o maior equilibrio entre oferta e demanda, e não os interventores, que acabam sempre por alegrar alguns e prejudicar a muitos.

SALA DO EXPORTADOR

O governador Rigotto e o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, inauguram amanhã, 9, às 10 horas, a Sala do Exportador. Um instrumento que estará aberto aos interessados no pavimento térreo do Centro Administrativo do RS. A Sala do Exportador destina-se a apoiar os empresários com vistas a ampliar o número de empresas gaúchas que exportam. No local os empresários obterão informações sobre comércio exterior, inclusive o passo a passo para efetivar uma exportação. Também estarão disponíveis dados sobre logística, financiamentos, câmbio e seguros, promoção comercial e redes internacionais de negócios. A abertura da Sala do Exportador contará com a presença do presidente da Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F), Manoel Felix Cintra Neto.

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07 dez 2004

A VEZ DO SETOR AGROPECUÁRIO


BALANÇO DO AGRONEGÓCIO

Diferente das demais entidades, a Farsul não fez uma retrospectiva de 2004, nem projeções numéricas para 2005 no que se refere ao setor agro-pecuário. Mas confirma que a vedete do ano foi mesmo a soja. Tanto pela quantidade plantada e colhida quanto pelo preço extraordinário que atingiu no mercado internacional. A decepção, por sua vez, ficou com a pecuária, cujos preços e dificuldades não oportunizaram números melhores para os produtores em geral.

CULTURA ANTIGA

Nos últimos meses, com o recuo dos preços da maioria das commodities vegetais, aliado a valorização do real em relação ao dólar, deixou os produtores mais aborrecidos. O que identifica a dificuldade que têm para entender o mercado e suportar perdas (ou menor resultado). Esta é uma característica de quem sempre vendeu, por muito tempo, mais para o governo e pouco para o mercado. Ou pelo costume de que governos devem estabelecer preços mínimos. Os máximos sempre pertencem aos produtores e os mínimos aos contribuintes de impostos.

AS QUESTÕES

Com todas as questões que precisaram se enfrentadas pelo setor, desde o falido Mercosul, das cotas da União Européia e as decisões favoráveis da OMC e a aprovação dos transgênicos, o ano foi positivo. E para 2005, a Lei de Biossegurança e a redução do plantio do fumo são muito aguardados, assim como a atividade pecuária que vai merecer grande atenção. Porém, em 2004, indiscutivelmente, os grandes beneficiados foram os fornecedores de insumos e de máquinas agrícolas. Que ajudaram significativamente o setor industrial a mostrar o forte crescimento de 2004.

A RAZÃO PARA TANTO IMPOSTO

Você quer saber a razão para que haja sempre mais impostos? Eis aí uma delas: para contratar cada vez mais funcionários públicos. E ainda por cima por medida provisória. Vejam mais esta, que está na MP 216/04. Ela cria 2 mil cargos de analista em reforma e desenvolvimento agrário, 700 cargos de analista administrativo, 900 de técnico em reforma e desenvolvimento agrário e 400 de técnico administrativo, no Ministério de Reforma e Desenvolvimento Agrário. Você sabe que ministério é esse, não? Pois é. É de matar.

ABSURDO

Como bem escreve o Prof. Bergamini, por vício de origem sempre que se fala em previdência se cita apenas a previdência geral, ou INSS. E acaba sempre sendo poupado o lado escandaloso e privilegiado, qual seja a orgia da previdência dos funcionários públicos. Tem razão o Bergamini. Vejam o tamanho da orgia dos estados e municípios, que é muito, mas muito pior do que o descalabro do INSS:

PREVIDÊNCIA DO INSS

Até setembro de 2004, o sistema de previdência geral (INSS) arrecadou um montante R$ 71,1 bilhões (sendo R$ 5,1 bilhões via CPMF) em contribuições de patrões, empregados e autônomos ativos da iniciativa privada, que representam um contingente em torno de 36,8 milhões de pessoas. E os benefícios concedidos foram da ordem de R$ 83,4 bilhões para um contingente em torno de 21,5 milhões de aposentados e pensionistas. O salário médio mensal perfaz R$ 466,92, gerando déficit de R$ 12,3 bilhões.

PREVIDÊNCIA DO SETOR PÚBLICO

Agora vejam a loucura: Até setembro de 2004, o governo federal arrecadou um montante de R$ 5,0 bilhões (Militares - R$ 0,7 bilhões; Parte Patronal da União dos funcionários civis Ativos e Inativos - R$ 2,3 bilhões e Parte dos Funcionários Civis Ativos e Inativos - R$ 2,0 bilhões) de um contingente de pessoal ativo da ordem de 1.096.867 servidores (781.294 civis e 315.573 militares), pagando benefícios de R$ 29,8 bilhões para um contingente de 965.447 servidores aposentados e pensionistas (655.579 civis e 309.868 militares), com salário médio mensal de R$ 3.683,16, gerando um déficit de R$ 24,8 bilhões. Perceberam a diferença? Pois é. E tem gente que acredita que houve reforma.

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06 dez 2004

INICIADA A SAFRA DE BALANÇOS E PERSPECTIVAS


O PRIMEIRO BALANÇO

As entidades empresariais começaram a apresentar hoje, 6, seus balanços de 2004 e perspectivas econômicas e políticas para 2005. A primeira reunião foi com o Sistema Fecomércio-RS, quando a sua assessoria econômica destacou o ano de 2004 como o de maior crescimento do PIB mundial em quase três décadas, devendo fechar o ano com elevação de 5,2%. No Brasil, o crescimento econômico foi bastante acelerado e bem distribuído, tanto do ponto de vista setorial como regional. Deve chegar a 5,3%. Mesmo assim a grande vedete do ano foi o setor industrial, fazendo o papel do setor agrícola no ano anterior.

CONDIÇÕES FAVORÁVEIS

As taxas de juros no mundo continuaram relativamente baixas. Logo não tivemos problemas de financiamento externo para a economia brasileira e o dólar ficou ?calmo? (talvez até demais) - como regional. - A recuperação econômica foi impulsionada inicialmente pelas exportações e pela expansão do crédito, mas o mercado interno (massa de salários) deu sinais de recuperação ao longo do ano.

PERSPETIVAS PARA 2005 - 1

1 - A taxa de câmbio mais valorizada e redução do ritmo de crescimento da economia mundial devem reduzir o saldo comercial em 2005; 2 - O crescimento econômico no Brasil vai desacelerar. Para repetir 2004 somente com um choque positivo muito forte de investimentos privados e internacionais; 3 - Os investimentos privados em expansão da capacidade produtiva estão aumentando, o que permitiria crescer sem aumentar as pressões inflacionárias (crescimento da demanda e da oferta); 4 - Na agricultura devemos ter uma elevação da produção com preços internacionais mais baixos que em 2004. A rentabilidade do setor vai cair; 5- Com inflação em queda gradual e a continuidade do crescimento econômico, a massa de salários vai crescer. O mercado interno deve melhorar o desempenho do comércio.

PERSPECTIVAS PARA 2005 - 2

6- Sem a repetição dos choques de oferta dos preços das commodities que ocorreu em 2004 a inflação deve apresentar mais um ano de redução de forma lenta; 7- Sem novos choques de preços externos a taxa Selic deve voltar a mostrar redução a partir do segundo trimestre de 2005; 8- O Brasil não deve renovar o acordo com o FMI, mas isso não significa mudar a política econômica. Ao contrário, a opção conservadora deve ser mantida. A meta de superávit primário pode até passar para 4,5% do PIB; 9- O principal risco para 2005 seria uma elevação rápida dos juros nos Estados Unidos. O déficit público é financiado atualmente por dívida externa (Ásia). Uma forte desvalorização do dólar poderia reduzir (encarecer) este fluxo financeiro provocando aumentos nos juros. Para o Brasil isso pode significar desvalorização mais forte e inflação.

TABELA COM PREVISÕES

Variáveis CenárioPessimista CenárioBásico CenárioOtimista

AS ENTIDADES E O GOVERNO

O presidente da Fecomércio adiantou que a reunião prevista para a próxima 5ªfeira, entre as entidades empresariais (Fiergs, Federasul, Fecomércio, Farsul e Fed. CDL) e o governador Rigotto, servirá para apresentação de propostas para uma boa governança estatal, o que pode contribuir para melhorar a administração pública. Espero que Rigotto entenda e avalie para que deixemos de administrar somente a folha do servidores. E um dos principais assuntos é o Banrisul, onde a federalização é apontada como indispensável. Ficaria no RS, mas deixaria de ser do Estado e passaria a ser da União. Com grande economia para o Estado, que deixaria de pagar 5% da receita líquida como empréstimo dos recursos que o governo federal colocou para o saneamento da entidade. Com a palavra o Governador.

PARTIDOS EM EXTINÇÃO

A Assessoria política da Fecomércio-RS discorreu sobre o quadro político do Brasil definido a partir dos resultados das últimas eleições. E demonstram que alguns partidos estão em fase de extinção. É o caso do PMDB, que nunca é governo mas está sempre no governo. O eleitor tem mostrado que não gosta deste provincianismo e tem se negado a votar no PMDB. O PP praticamente já acabou e está sendo enterrado pelo esquecimento dos eleitores. O PFL também está desaparecendo do cenário junto com seus líderes, como é o caso de Antonio Carlos Magalhães, entre outros. Devem sobras o PT, o PSDB e o PDT como os grandes entre os 10 partidos que vão se sustentar no futuro.

Titulo



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03 dez 2004

O PASSADO CONDENA


BR-101 - A ESTRADA DO SONHO

O povo brasileiro, além de pacífico, é muito bem treinado para vibrar com as promessas que lhe são feitas pelos governantes. E ser extremamente tolerante com o não cumprimento das mesmas. Quando se trata de compromisso assumido pela iniciativa privada, aí o comportamento já é bem outro. A prova está no número de reclamações junto ao Procon, principalmente junto às concessionárias de serviços públicos. Quando entregue às estatais, ninguém se manifestava junto aos serviços de proteção.

FESTA ANTECIPADA

As obras de infra-estrutura, como estradas, por exemplo, só tem levado o povo a reclamar na imprensa. Salvo alguns movimentos localizados não se vê algo mais efetivo na busca das realizações. Agora, com o anúncio oficial e festivo da retomada da BR-101 ? trecho sul ?, ficou claro e evidente que a festa que marca o início das obras é suficiente para que todos esqueçam as tragédias até então contabilizadas.

UMA QUESTÃO DE CURRÍCULO

O passado, o currículo dos governos no nosso país indica que vamos todos ser ludibriados mais uma vez. E o governo petista não é diferente de todos os governos, como provou, em Porto Alegre, sendo um grande descumpridor de prazos. É por isso que não estou vibrando com o início das obras da BR-101. Continuo convencido de que não vai acontecer a necessária duplicação. Pelo menos nos próximos dez anos.

FEIRA DE IMPOSTOS

Além das ótimas feiras de impostos, cujo resultado já vem se mostrando de grande valia, penso que algumas correções precisam ser feitas para dar mais transparência ao fatídico sistema tributário implantado no país. Volto a sugerir que uma delas é mostrar o quanto se acresce de impostos em cada produto, e não o quanto contém de imposto no preço final. Exemplo: depois de se obter o valor de cada produto é que se acresce o tributo (de baixo para cima). Aí a coisa fica monstruosa, pois vai a 150% em muitos casos.

EXEMPLO ITALIANO

Outra excelente idéia é mostrar o que outros paises estão fazendo. Na Itália, por exemplo, o governo tomou a decisão de reduzir tributos. É só isto que deveríamos copiar. Principalmente por entender que as arrecadações aumentam quando providências assim são tomadas. É o que a Itália vai mostrar.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Os negócios envolvendo a compra, a venda ou formação de joint venture entre empresas brasileiras e estrangeiras registraram um aumento de 10% nos dez primeiros meses de 2004, na comparação com igual período do ano passado. A informação faz parte do relatório Fusões e Aquisições elaborado pela PricewaterhouseCoopers, e está diretamente relacionado ao desempenho dos negócios envolvendo a aquisição do controle empresarial, que cresceu 7% (161) em relação ao ano de 2003, revertendo uma tendência que se mantinha por dois anos. A preferência nos negócios foi pelo compra do controle minoritário de empresas, além da formação de joint ventures que foram destaque devido aos leilões públicos nos segmentos de petróleo, gás e linhas de transmissão de energia elétrica.

BALANÇOS DE FIM DE ANO

A agenda para a próxima semana está difícil de ser pilotada diante de tantos compromissos. Entre eles estão as apresentações dos balanços das entidades empresariais: dia 06/12, Fecomércio; dia 07/12, Farsul; dia 08/12, Fiergs; dia 9/12, Federasul; e, dia 10, a entrega do troféu Equilibrista, pelo IBEF.

ASSESPRO/RS

A Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação Software e Informática, regional do Rio Grande do Sul (Assespro-RS) promove no próximo dia 6 de dezembro, a partir das 19h30min, na Sociedade Libanesa, a posse de sua diretoria para o biênio 2005/2006, liderada por Ricardo Kurtz e também com a posse do Conselho Consultivo da entidade e a entrega de Premios Destaques Assespro da gestão que se encerra e que teve o empresário Cesar Leite na presidência.

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02 dez 2004

UMA SAFRA DE BOAS NOTÍCIAS


DEZEMBRO A MIL

Depois de um novembro cheio de emoções e muito rico em notícias importantes para a economia brasileira, o mês de dezembro entrou a mil. Indicadores como o Risco Brasil caindo e a Bovespa subindo, mostram o ânimo do mercado dando resposta à divulgação do bom crescimento do PIB. Que dezembro continue com a mesma trajetória, para alegrar mais ainda o Natal dos investidores, consumidores e outros dores.

AS QUASE PRONTAS

Para melhorar o ânimo e acreditar em causas perdidas, temos ainda a vistoria feita pelo governador Rigotto, ontem, as obras da Rota do Sol. Para quem ainda não sabe, é aquela obra interminável, que une duas regiões: o Litoral e o Nordeste. A obra foi inaugurada, pasmem, por Pedro Alvares Cabral, como bem descrito por Pero Vaz de Caminha. Como todas as obras do Estado do RS, está sempre naquela do "quase pronta". Ainda não sei qual ficará pronta primeiro, se a BR-101 - trecho Osório Palhoça -, ou a Rota do Sol. É páreo duro.

OBRA DA VERGONHA

Outra obra que certamente foi Mem de Sá quem deve ter lançado a pedra fundamental foi o Terminal Triângulo, na Assis Brasil, em Porto Alegre. Uma das coisas mais vergonhosas que já se teve conhecimento. Pois bem, hoje, finalmente, o terminal de passageiros está sendo inaugurado. E com todo o atraso verificado, ainda tem gente que festeja. Bem, na realidade festeja, finalmente, a possibilidade de uso, bem entendido.

DIREITOS E DEVERES

Em parceria com o CEIC- Centro de Educação e Informação do Consumidor, a Milano Consultoria elaborou uma cartilha com o intuito de orientar e prevenir os passageiros no momento em que irão adquirir um produto turístico, seja uma passagem aérea, reserva de hotel, pacote turístico, pacote estudantil e até mesmo a modalidade de compra pela Internet. Também será dado enfoque para a negociação amigável nas resoluções de problemas e encaminhamentos para orientação jurídica, quando necessário.

PRÊMIO À INCOMPETÊNCIA

Grande parte da metade sul do RS, já há muito tempo comentada em prosa e verso como região de baixíssimo desenvolvimento, tem muito a ver com as administrações caóticas que os eleitores insistem em eleger. Como é possível um município, que não faz qualquer investimento, não apresenta crescimento algum, e ainda assim insiste em manter uma folha de pessoal que leva 65% da sua receita? Inclusive daquilo que recebe do FPM - Fundo de Participação dos Municípios -, onde não contribui com nada mas é beneficiado com os recursos? Como, meu Deus do Céu? Como?

MÓVEIS FLORENSE

Escrevo hoje de Flores da Cunha onde almocei com Gelson Castellan, vice-presidente da Móveis Florense. Mesmo não conseguindo exportar aquilo que gostaria neste ano de 2004, ainda assim a Florense fecha o ano com crescimento superior a 20%. O desempenho melhor se deve ao comportamento do mercado interno, mas as definições das estratégias confirmam que o mercado externo deve responder favoravelmente nos próximos dois ou três anos, quando os resultados deverão se confirmar. Uma das operações de franquias mais respeitadas do mercado, a Florense deve vir com grandes novidades para 2005, embora esteja sendo mantido em segredo, por enquanto.

SALA VIP INTERNACIONAL

Conforto, facilidades, ambiente relaxante e um atendimento especial. Estes são os principais destaques da sala VIP Internacional da TAM Linhas Aéreas, que foi inaugurada ontem, 1º de dezembro, no Aeroporto de Guarulhos/SP. A ampla sala de 292 m2, oferecerá um serviço especial aos passageiros que viajarão nas classes Executiva e Primeira.

SEMINÁRIO BANRISUL

O Banrisul realiza no dia 9/12, a partir das 8h30min, no Prédio 40 da Pucrs o Seminário Banrisul - O Brasil em 2005: Economia e Investimentos Financeiros. Será destinado a empresários, instituições financeiras, associações e entidades empresarias e de classe, estudantes e interessados no tema. Inscrições pelo fone 51 - 32313000 ou no local.

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