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QUER RECLAMAR DA INFLAÇÃO? VEJA AQUI SE PODE. 13.01.22


por Percival Puggina - http://www.puggina.org
 
         Acabo de ler em Epoch Times que a inflação medida no Índice de Preços ao Consumidor norte-americano pelo Bureau of Labor Statistics alcançou 7%, o maior salto em 12 meses desde o ano de 1982.  É o efeito lá, em dólares, da chamada inflação mundial. No Brasil a alta de preços foi medida em 10% no ano de 2021. 

         O resultado afeta o bolso de todos e, claro, sofre mais quem pode menos.

         O mal estar social é grande. As pessoas reclamam. A oposição se refestela! Seus economistas põem a culpa em Bolsonaro e recheiam seus candidatos com criativas inutilidades.

         No entanto, caro leitor, há um problema. A queixa é grátis, mas não deveria ser totalmente liberada. Na minha perspectiva, cá no meu observatório, só deveriam ter direito a reclamar aqueles cidadãos que se opuseram ao fique-em-casa, ao fecha-tudo, ao lockdown e ao discurso segundo o qual “a economia a gente vê depois”.

         Convenhamos, durante meses a fio tivemos que defender o direito ao trabalho e a liberdade num ambiente em que éramos vistos como seres insensíveis, para os quais o dinheiro valia mais do que a vida... Sim, até esse tipo de insulto tivemos que ler e ouvir.

         Agora, infelizmente, o depois e a inflação vieram para todos.


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AQUI HÁ RESISTÊNCIA! - 10.01.22


por Percival Puggina - www.puggina.org



         Qual foi o principal problema enfrentado por Bolsonaro no exercício da presidência da República? Sobre a resposta a essa pergunta eu não tenho dúvida: o combate sem trégua a Bolsonaro se deve a ter ele sido eleito pela parcela conservadora da sociedade. Omisso e silencioso, esse eleitorado ganhou, com ele, súbita expressão política. E isso foi visto como ato de guerra pelos “progressistas” de todos os matizes (e de todos os países).

Fosse Bolsonaro um “progressista”, sua vida seria mais tranquila. Até então, a guerra cultural estava em curso e era vencida pela esquerda com facilidades análogas às encontradas pela máquina de guerra nazista ao invadir a Europa Ocidental.

 

Na vitória de Bolsonaro, porém, o Brasil disse ao mundo que, aqui, haveria resistência.


Você não enfrenta máquinas de guerra poderosas e vencedoras sem determinar reações em contrário. E elas foram severíssimas nos ambientes culturais propriamente ditos, no mundo acadêmico, nas poderosas e endinheiradas fundações da Nova Ordem Mundial, nos meios de comunicação, no aparelho burocrático do Estado e nos poderes de estado, notadamente nos Tribunais Superiores.

Bolsonaro poderia ser exatamente como é, mas se não tivesse despertado e mobilizado o eleitorado conservador – favas contatadas nas disputas entre duas esquerdas durante um quarto de século – o governo teria tido outro curso e enfrentado dificuldades bem menores.

Examine o leque dos candidatos presidenciais. Exceto Bolsonaro (PL) com 30%, todos os demais são esquerdistas e isso dá boa ideia sobre para onde aponta o ano eleitoral cuja folhinha já está rolando. Depois, olhe detidamente os nomes e conviva com a realidade: eles são tudo que os partidos políticos têm a apresentar após quatro anos fazendo fumaça e barulho, impedindo o governo de governar, atacando-o por tudo  e por nada, criando despesa para um orçamento já estourado, fazendo negócios, batendo à porta do STF para fazer “política”. Nada revela tão bem o quanto são inaproveitáveis nossas legendas partidárias do que os nomes que apresentam ao eleitorado!

Lula (PT), com 40%. É um candidato zumbi, que surfa pesquisa, mas não aparece em público e deve fugir de espelho. Seu pior inimigo é sua biografia.

O governador João Dória (PSDB), dito Bolsodória na campanha de 2018, passou quatro anos criando problemas ao presidente e conseguiu apenas 3% de intenções de voto na última pesquisa que li. 

Sérgio Moro (Podemos) está longe de ser um conservador, ou um liberal, como Bolsonaro descobriu tarde demais. Seu papel de hoje não é aquele com que o atraíram; é o que a história já lhe reservou: tirar votos de Bolsonaro para ajudar a eleição do ex-presidiário. Diante de apenas 11% de intenções de voto, seus próximos já o aconselham a disputar cadeira de senador para não ficar desocupado.

Ciro Gomes (PDT) contabiliza 7% e se vê em meio a uma calmaria, com o velame caído, sem receber uma lufada de ar que lhe permita esperar terra à vista em algum ponto de seu monótono horizonte.

A senadora Simone Tebet (do outrora grande MDB), picada pela mosca azul, fez o possível para se pôr em evidência, sempre infernizando a vida do presidente e descobre, agora, que conseguiu atrair a atenção de apenas um em cada cem eleitores brasileiros.

O senador Rodrigo Pacheco (PSD), o omisso “Pachecão”, fez muito mau uso de seu poder no Senado, ajoelhou-se perante o STF, virou as costas ao clamor popular, precisou fechar suas redes sociais, e ainda quer (?) ser presidente. Com 0,6% perde até para a colega Simone Tebet. 

Não me tiram a esperança de ter meu país de volta. Aqui resistiremos.


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COMUNISMO, ESSE INSEPULTO - 07.01.22


por Percival Puggina - www.puggina.org
 
Diferentemente do que acontece com os socialismos e com o comunismo, as liberdades econômicas não tiveram um fundador, não tiveram um Marx com sinal trocado para concebê-las. Ninguém apareceu na humanidade para excitar, na mente da plebe, legítimos anseios de realização pessoal por meios próprios. Ninguém preconizou: "Monta tua empresa, cria teu negócio, põe tua criatividade em ação, persegue teus ideais!". No Rio Grande do Sul, 188 mil pessoas assim pensaram e agiram nos nove primeiros meses do ano passado. Tais bens da civilização foram conquistas dos indivíduos, no mundo dos fatos, na ordem da natureza, e têm sido o eficiente motor do progresso econômico e social.

Autores esquerdistas querem fazer crer que a miséria de tantos no mundo de hoje é produto ou subproduto inevitável da economia de empresa. Deve-se supor, então, que os miseráveis da África e da Ásia viviam na abundância, na mesa farta e na prodigalidade dos frutos da natureza, até que o famigerado capitalismo aparecesse para desgraçar suas vidas. O fato de que nas regiões do mundo onde se perenizam as situações descritas não exista uma economia livre, não haja empresas, nem empregos, parece passar ao largo de tais certezas ideológicas. Vale o mesmo para a inoperância, nessas regiões, do braço do Estado, que o comunismo apresenta como sempre benevolente e eficiente.

São realidades esféricas, identificáveis sob qualquer ponto de observação: 1) a fome era endêmica na Europa até meados do século passado e foi a economia de mercado que criou, ali, a prosperidade; 2) sempre que os meios de produção viraram propriedade do Estado a fome grassou mesmo entre os que plantavam; 3) enquanto as experiências coletivistas conseguiram, como obra máxima, nivelar a todos na miséria, a China, com o capitalismo mais rude de que se tem notícia, em poucas décadas, resgatou da pobreza extrema mais de meio bilhão de seres humanos; 4) não é diferente a situação no Leste da Ásia, inclusive no Vietnã reunificado e comunista, no Camboja do Khmer-Vermelho, no Laos e na Tailândia; 5) quem viaja pelo Leste Europeu sabe quanto as coisas melhoraram por lá desde que as economias daqueles países, infelicitados pelo dogmatismo comunista, se libertaram do tacão soviético.

A história mostra, enfim, que o comunismo é imbatível quando se trata de gerar escassez, miséria e aviltamento da dignidade humana. A nossa Ibero-América, onde as prescrições políticas e econômicas do Foro de São Paulo ditam regras para muitos países, parece nada aprender das constatações acima. Consequentemente, as coisas andam mal e é preciso botar a culpa em qualquer um que não nos vendedores de ilusões, nas utopias que se requebram como odaliscas, nos delírios do neocomunismo, nos corruptos e nos corruptores.

Decreta-se, então, para todos os males, a responsabilidade da economia de empresa, do capitalismo e, sim, claro, dos Estados Unidos.


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Para evitar que você seja feito de trouxa novamente! - 30.12.21


Por Thomas Korontai

 

Se você não leu este texto ainda, leia-o com atenção, por favor. E se já leu, vá direto para o comentário que faço (e assumo diante do TSE), sobre e vã esperança desenvolvida sobre o cadáver insepulto da democracia no Brasil e a razão disso.

“O Chile tem 67% de Classe Média, 12% de indice de pobreza, o PIB cresceu 11% e inflação abaixo de 6%.  Guardem bem esses números para comparar daqui a 01 ano.

Portanto o Chile é o melhor país da América Latina nos aspectos sociais e econômicos. Mas ELEGEU um radical da extrema esquerda com processos nas costas por uso de drogas e assédio sexual, uma mistura podre de  Boulos com Freixo. Como isso aconteceu? Simples, 53% de abstenção no pleito!!!

Ele foi eleito pela minoria que foi votar.

A esquerda vota em seus corruptos de estimação, enquanto a direita quer achar um político perfeito.

O povo de bem preferiu ficar em casa assistindo TV a ir votar.

O velho mantra: quem não corre atrás do que quer, aceita o que vier.

Espera-se que o mesmo não aconteça aqui em outubro de 2022. O voto tem que ser exercido.”

 

* COMENTÁRIO do Thomas Korontai*

Pois é, mas, aqui tal raciocínio não tem o menor sentido,  pois o *controle da contagem dos votos é do TSE.*  As eleições são *ilegais, pois não possuem escrutínio público,*  e ninguém está dando importância para isso! Nem o TSE, nem o STF, nem os políticos e, infelizmente, nem o PR, que já foi muitas vezes avisado.  E nem os militares... Como pode? E a direita, os liberais e os conservadores ainda acham que vão ganhar a eleição? Acham mesmo que a esquerda ou a NOM vão perder esta chance??

Enquanto lá no Chile a Direita errou por não ter ido votar, em processo eleitoral seguro e confiável (veja artigo publicado no link/site abaixo descrito),  aqui, *a Direita aceita a ilegalidade e ainda acredita em Papai Noel... Pelo amor de Deus acordem!* Comecem a bater nisso, todos os dias! Vamos formar uma massa crítica nacional pela legalização do processo eleitoral. Só a pressão popular pode fazer andar uma sugestão/projeto legislativo pela regulamentação do escrutínio público parado no Senado, e termos eleições honestas ainda em 2022. Esqueçam o discurso de fraudes, esqueçam voto impresso, esqueçam voto auditável,  porque o TSE agora disse que vai prender todos que falarem disso. Mas não podem nos prender por demonstrarmos a *ILEGALIDADE DO PROCESSO ELEITORAL, PELO SIMPLES FATO DE NÃO EXISTIR O TAL DO ESCRUTÍNIO PÚBLICO.* *A publicidade do escrutínio é exigência constitucional (art. 37)!* É simples e cristalino, não precisa ser jurista para perceber isso! A contabilização dos votos feita imoral e ilegalmente pelas urnas eletrônicas não é a mesma coisa que *contagem feita publicamente por mesários, em cada seção eleitoral, ao final do dia da eleição, gravados e na presença de fiscais de partidos e eleitores sorteados.* Lembrando... prosperidade econômica não garante eleições, como bem demonstrado no Chile.

 

Se quiser saber mais, veja as matérias que tratam disto com riqueza de detalhes em www.convergencias.org.br


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CANDIDATURAS AVULSAS - 29.12.21


por Antônio Augusto Mayer dos Santos - Advogado eleitoralista, professor, consultor.

 

 As candidaturas a cargos eletivos no Brasil são exclusivamente partidárias. Mesmo que o tema seja inteiramente regulamentado, a nosso sentir em excesso, o Brasil é um caso histórico e indisfarçado de subdesenvolvimento partidário. Agremiações brotam e sucumbem ao sabor de circunstâncias ou necessidades quase sempre ditadas pelo poder. Mesmo assim, predomina a indiferença pelo estudo da matéria.

  Diante do esgotamento dos embustes partidários, é válido refletirmos minimamente acerca da oportunidade de introdução das candidaturas apartidárias ou independentes no Brasil.

  Embora exíguas, as Propostas de Emenda à Constituição que desaguaram no Congresso Nacional sempre buscaram sacudir conceitos intocáveis e mumificados desde a década de 40 do século passado. Suas justificativas revelaram-se pertinentes na medida em que a rotatividade no poder seguirá ininterrupta e os governantes e legisladores continuarão sendo sufragados periodicamente.

   Rasos em termos de credibilidade, desagregados internamente e envoltos em desgastes incessantes, a maioria dos partidos políticos brasileiros não atrai e tampouco instrumentaliza eficazmente os princípios democráticos que deveriam propagar. Mesmo diante de índices drásticos de desprezo, negligenciam reinventar-se. Estão voltados essencialmente para a preservação do mercado político-eleitoral. Suas cúpulas nacionais geralmente são verdadeiros feudos.

   Impende destacar, contudo, que não se está a pregar a abolição dos partidos. Jamais. A motivação inata das manifestações vertidas em torno do assunto é sempre pela inclusão, e não exclusão de candidaturas. Todas são democráticas e dão vitalidade à representação popular.

    Está escancarado, há muito tempo, que os partidos brasileiros não representam maioria alguma. A verdade nua e crua é que no solo fértil da apostasia, abdicam rapidamente de posições em troca de poder. Astutos, aplicam um discurso na eleição e outro no governo. Incoerentes, suas pautas não guardam constância. Imaginar que suas cúpulas e filiados se ocupam internamente dos assuntos aflitivos da sociedade é uma concepção lírica, para não dizer uma tolice.

     Caso alguma PEC seja aprovada, muitas pessoas hoje avessas à política certamente concorrerão a cargos eletivos.

Em suma: a realidade brasileira, tanto na sua dimensão social quanto política, para reagir à mesmice dominante, necessita “revigorar os partidos e, ao mesmo tempo, permitir a expressão eleitoral de forças que não se sentem representadas no atual sistema partidário”, conforme bem acentuou a PEC nº 41/11.

 


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UMA HISTÓRIA DE NATAL - 27.12.21


por Percival Puggina  - www.puggina.org

 

 

         Eu já suspeitava de que o tal Papai Noel fosse uma enrolação dos adultos quando, certa noite, meus pais e tios reuniram-se e correram a porta onde, logo após, colei o ouvido de detetive para receber a má notícia: Papai Noel não existia e meu desejado carrinho de pedais não estava em cogitação.

Papai Noel é um mito fugaz da infância, um comerciário gordo e simpático, ou um parente bem disfarçado, com touca vermelha de pompom branco, sumido nas recordações infantis referentes ao 25 de dezembro. Mas o menino Jesus, não. Ignorá-lo neste dia, notadamente numa família cristã, é embarcar na canoa furada do politicamente correto para ocultar um acontecimento real. É transformar uma data marcante da Fé e da humanidade numa festa pagã e comemorar, como em tempos remotos, o solstício de inverno no hemisfério norte... Convenhamos!

Diferentemente do velhinho de vermelho, o menino da manjedoura é o Redentor referido neste pequeno texto que há 25 anos escrevi para o Correio do Povo, com o título “Uma história de Natal”.

Numa noite assim, quando os mais nobres sentimentos varrem o pó do cotidiano e rompem a carapaça com que paradoxalmente sufocamos o bem para nos proteger do mal, inspiram-se os escritores para iluminar a literatura com páginas comoventes. São as histórias de Natal. Em cada uma delas se encontram fragmentos desse insondável mistério que é o homem, habitual espantalho de si mesmo, que cresce quando se ajoelha e se humaniza quando chora.

Entretanto, leitor amigo, por mais histórias de Natal que você tenha lido, em nenhuma delas nem em todas elas existe a força do episódio ocorrido nas cercanias de Belém, a cidade de Davi, numa noite fria da Palestina. Nasceu o Menino, o Senhor da História, o Rei dos Reis. Envolveram-no em panos e o deitaram numa manjedoura.

Penso, às vezes, sobre como escreveríamos nós se nos coubesse conceber o roteiro daqueles fatos. Certamente não escolheríamos aquele local. Nunca aquela época e, nela, nunca aquele povo. Jamais personagens assim. A humanidade já produziu ambientes melhores bem como circunstâncias e elenco mais promissores. E é exatamente por isso que não havia lugar na estalagem.

Essa história de Natal, a própria história do Natal, tecida com os fios sutis com que o divino autor urdiu sua rede de amor à humanidade, vence os séculos, se torna eterna e se impõe ao coração dos homens. É tempo de repetir: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”.


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