Frase do dia
O primeiro requisito para uma ordem social melhor é o retorno à liberdade irrestrita de pensamento e de expressão.
- Ludwig von Mises
PROPÓSITO FALSO
Nesta semana, sob o comando da ABERT -Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão,- e da ABRATEL - Associação Brasileira de Rádio e Televisão-, as maiores empresas de comunicação -TV Globo, Bandeirantes, Record, Rede CNT, Rede TV, SBT e Rede Vida- colocaram no ar a campanha de “Jornalismo contra a desinformação”, tendo como propósito -ABSOLUTAMENTE FALSO-, reforçar a -importância- do jornalismo profissional e da radiodifusão no combate à disseminação de notícias falsas.
OS FAKE-JORNALISTAS
A campanha entrou no ar praticamente no momento em que acontece, em Kazan, Rússia, a Reunião de Cúpula do BRICS - sigla que o economista Jim O'Neill criou, em 2001, para definir os países -emergentes-: BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA E SOUTH ÁFRICA, como altamente PROMISSORES para receber investimentos.
CLUBE DE DITADURAS
Pois, para começar, os JORNALISTAS-FAKE passaram a DESINFORMAR o público ao dizer, insistentemente, que o BRICS é um BLOCO COMERCIAL, como é o caso da UNIÃO EUROPEIA e do MERCOSUL. Na real, gostem ou não, o -BRICS- se tornou uma ALIANÇA POLÍTICA, ou -CLUBE DE DITADURAS- onde o Brasil está assumindo o papel de COADJUVANTE, como aponta a jornalista da Gazeta do Povo, (jornal que não faz parte do CONSÓRCIO DA MÍDIA ABUTRE, Carinne Souza. Mais, na entrevista que concedeu a BBC News Brasil, o economista Jim O'Neill, que sequer é citado pelos ditadores como criador do GRUPO, disse, alto e bom tom: "Sigo sem saber o que o BRICS pretende além de um simbolismo poderoso [...] Isso fica óbvio com a escolha do Irã, por exemplo. Pode até tornar as coisas mais difíceis".
AUMENTO DE PARTICIPANTES
A rigor, desde quando assumiu a presidência do BRICS a China pressionou para um aumento de novos membros, com sucesso. Assim, a partir deste ano -2024- o GRUPO oficializou a aderência da Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes como membros permanentes do BRICS. Detalhe importante: a Argentina foi aceita quando ainda era governada pelo ditador Alberto Fernandez.
RANKING DE DEMOCRACIA
Para finalizar, ontem na coletiva de imprensa, Lula, que está assumindo a presidência do BRICS, não deixou por menos e lascou mais uma MENTIRA: "O que está em jogo aqui não é a pessoa ou o governo, é o país -a importância do país-. Eu não quero saber que pensamento ideológico tem o governante. Quero saber se o país está dentro dos critérios que estabelecemos para fazer parte do BRICS".
De acordo com o RANKING DE DEMOCRACIA do jornal inglês The Economist, entre os países anunciados para integrar os BRICS, apenas a Argentina é considerada uma democracia – ocupando o 50º lugar no ranking, uma posição acima do Brasil. As demais nações, todas com REGIMES AUTOCRATAS, ocupam posições para além da centésima de um ranking que avalia 167 países e territórios. Na lista, a Etiópia aparece em 122º; o Egito em 131º; os Emirados Árabes Unidos em 133º, a Arábia Saudita em 150º e, por fim, o Irã em 154º lugar. Mais: levando em consideração que Rússia e China, fundadoras do bloco, também são considerados PAÍSES AUTORITÁRIOS o grupo teria uma maioria de países em REGIME DITATORIAL. Vejam, que Moscou e Pequim, respectivamente, ocupam as 146ª e 156ª posições do ranking de democracias do The Economist.
SEM PARAR
Com base em dados sérios e confiáveis disponibilizados notadamente pelo CLP -CENTRO DE LIDERANÇA PÚBLICA- (clp.org.br), e repassados pelo diretor da Propósito Capital, Zulmir Tres, os economistas Aod Cunha (conselheiro empresarial) e Antonio da Luz, (Farsul) desfilaram, na abertura do recente Fórum Econômico - Rio Grande Do Sul 2024, números e comparações absolutamente irrefutáveis que explicam -tim-tim por tim-tim-, a trajetória econômica ERRANTE que o povo gaúcho vem perseguindo -sem parar- nas últimas décadas.
CRESCIMENTO ECONÔMICO COMPARATIVO
Já no início da sua apresentação, o economista Aod Cunha mostrou uma tela apontando que de 2010 a 2023 (14 anos, enquanto o BRASIL cresceu 31,3%, o pobre Estado do RS cresceu apenas 24,21%. Mais: o excelente Estado de SC, para quem não sabe, avançou 59,35% e o Estado do PR cresceu 39,92%. De novo: não se trata de um crescimento eventual, mas do resultado dos últimos 14 anos.
RANKING DE COMPETITIVIDADE
No item RANKING DE COMPETITIVIDADE DOS ESTADOS, para desespero geral, o RS ostenta:
25º lugar (penúltimo) no item SOLIDEZ FISCAL;
18º em POTENCIAL DE MERCADO;
15º em TAXA DE FREQUÊNCIA LÍQUIDA NO ENSINO MÉDIO;
11º em INFRAESTRUTURA;
27º em CUSTO DE SANEAMENTO BÁSICO;
20º em QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA;
26º em TAXA DE INVESTIMENTOS;
26º em SOLVÊNCIA FISCAL;
24º em GASTO COM PESSOAL;
23º em INDÏCE DE LIQUIDEZ
CRESCIMENTO POPULACIONAL
Já no item CRESCIMENTO POPULACIONAL NA REGIÃO SUL, DE 2020 A 2022, o Estado do RS apresentou alta de 1,8% (evidenciando que os gaúchos em geral são impelidos a deixar o Estado), enquanto isso o Estado de SC aumentou em 21,8% e o Estado do Paraná, 9,6%.
ALVO DA VEZ
Como foi amplamente noticiado na semana passada, em meio a inúmeros e já costumeiros ATAQUES À LIBERDADE DE EXPRESSÃO o STF achou por bem avançar contra a IMUNIDADE PARLAMENTAR. Agora, o ALVO DA VEZ é o corretíssimo deputado pelo NOVO do RS, MARCEL VAN HATTEM. Para quem não sabe, na terça-feira, dia 15, Van Hattem foi INTIMADO, a mando do ministro Flávio Dino, para depor na Polícia Federal em um INQUÉRITO que investiga “em tese”, a -possibilidade- do deputado ter -ultrapassado- as fronteiras da imunidade parlamentar.
LEI MORTA
Ora, antes de tudo, por mais que estejamos diante de uma -LEI MORTA-, vale lembrar o que diz, com absoluta clareza, o que impossibilita qualquer tipo de INTERPRETAÇÃO, o Art. 53 da Constituição Federal: “Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. Não há exceções.
SEM -TALVEZ-
Atenção: a IMUNIDADE abrange qualquer opinião e palavra. Assim, INTERPRETAÇÕES fora do que está previsto na lei não passam de meras aventuras hermenêuticas para justificar o AUTORITARISMO. Não há, portanto, um “TALVEZ ” quando se trata de um dos FUNDAMENTOS DA DEMOCRACIA.
JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA e uma POLITIZAÇÃO DA JUSTIÇA.
A bem da mais pura verdade, a CONSTITUIÇÃO do STF, que está em vigor desde 2019, pouco ou nada tem a ver com CONSTITUIÇÃO promulgada em 1988. Como bem refere o cientista político Paulo Kramer, em entrevista que concedeu à revista Oeste, atualmente há uma clara JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA e uma POLITIZAÇÃO DA JUSTIÇA.
GOLPE DO JUDICIÁRIO
Numa DEMOCRACIA, como no VOTO, não é um pequeno grupo que decide, e sim a grande maioria. Mais do que sabido, um PEQUENO GRUPO - formado por 11 MINISTROS DO STF, resolveu dar o GOLPE DO JUDICIÁRIO. A partir daí, tudo aquilo que não se consegue ganhar no mano a mano da URNA, ganha-se com DECISÕES JUDICIAIS. É isso que está acontecendo...
Clique aqui para ler a entrevista concedida por Paulo Kramer à revista Oeste (https://revistaoeste.com/politica/um-pequeno-grupo-decidiu-pelo-golpe-do-judiciario-diz-cientista-politico/)
ESPAÇO PENSAR+
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: SINTO SAUDADES..., por Alex Pipkin. Confira aqui: https://pontocritico.com/espaco-pensar
PLANTAÇÃO E COLHEITA
A LEI DA SEMEADURA é um princípio geral que ensina que todos COLHEM AQUILO QUE SEMEIAM. Exemplificando: ao plantar sementes de FEIJÃO, a possibilidade de se colher TRIGO é NULA. Esse PRINCÍPIO, mais do que sabido, não se aplica apenas à agricultura: se faz presente, de forma geral e direta, no nosso dia a dia, nas decisões que tomamos e/ou nas atividades que desenvolvemos.
PLANTANDO DÉFICITS FISCAIS
Pois, por incrível que possa parecer, Lula, seus postes, Fernando Taxadd, Simone Tebet e seus péssimos e fiéis seguidores (incluindo aí boa parte da mídia) seguem absolutamente convencidos de que a farta PLANTAÇÃO de DÉFICITS FISCAIS vai levar o Brasil a COLHER CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. Pode?
FRUTO INDIGESTO
Por mais que muitos brasileiros se agarrem ao OTIMISMO SEM CAUSA, do tipo de que acreditam em MILAGRES, me apresso em lembrar que essa mágica não se aplica na ECONOMIA. Portanto, para que fique bem claro: o fruto -INDIGESTO- que resulta do PLANTIO DE DÉFICITS FISCAIS, assim como as tentativas de fraudar e/ou mascarar o ORÇAMENTO, com tempo bom ou ruim é conhecido mundo afora como RECESSÃO ECONÔMICA.
MARCA HORRIPILANTE
Some-se aí, como consequência ainda mais funesta o fato de que neste momento as estatais brasileiras projetam um ROMBO DE R$ 7,2 BILHÕES EM 2024, o maior DÉFICIT EM 22 ANOS. Esse número é pra lá de preocupante, pois marca uma reversão em relação aos superávits recentes. Mais: segundo o Banco Central, nos oito primeiros meses deste ano, o SETOR PÚBLICO consolidado registrou DÉFICIT PRIMÁRIO na ordem de R$ 86,222 bilhões. Em 12 meses – encerrados em agosto – as contas acumulam DÉFICIT PRIMÁRIO de R$ 256,337 bilhões, o que corresponde a 2,26% do PIB. E o DÉFICIT NOMINAL acumulado nos últimos 12 meses (até agosto) atingiu a horripilante marca de R$ 1,12 trilhão, o que corresponde a 10,02% do PIB. Que tal?
ESPAÇO PENSAR+
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: RIP ESG, por André Burger. Confira: https://pontocritico.com/espaco-pensar
Por André Burger - Pensador e economista
As boas práticas e teorias de administração resistem ao teste do tempo. O que é verdadeiro, útil e funciona se incorpora às condutas administrativas das empresas. Em oposição, aquelas que pouco agregam, são dispendiosas, e não se refletem no resultado acabam descartadas.
A criação das partidas dobradas, no século 15, por Luca Pacioli é um bom exemplo. Esse desenvolvimento na forma de contabilização permitiu uma melhoria impressionante na gestão das empresas. Foi tão impactante que gerou uma nova ciência, a contabilidade.
Por outro lado, algumas práticas de gestão se mostraram efêmeras, como reengenharia, terceirização, downsizing. Quando foram divulgadas pareciam ser disruptivas, de tal modo que não se pensaria administrar uma empresa sem elas. Tempo depois, o impacto inicial passou, alguns de seus conceitos foram incorporados, e, hoje, pouco se fala a respeito. Está acontecendo o mesmo com o ESG – Environment, Social and Governance e 2024 foi o ano que saiu de moda.
O ESG surgiu na ONU, em 2004, não dentro das empresas para melhorar seus processos, mas de uma iniciativa do secretário geral, Kofi Annan, ao propor a alguns presidentes de grandes bancos e gestores de fundos que incorporassem nas suas análises de oportunidades fatores ambientais, sociais e de governança. Ou seja, foi a proposta de um burocrata para outros burocratas. Pessoas que não fazem a menor ideia do que seja empreender e administrar uma empresa, principalmente as pequenas e médias. O ESG ganhou força a partir de 2015 com o Acordo de Paris. Novamente mais burocratas dizendo como os negócios deviam ser conduzidos. Assim, se tornou a principal atividade a orientar a administração das empresas, até mesmo em detrimento do velho e bom lucro. O auge do ESG como mantra empresarial aconteceu entre 2019 e 2023.
Diferente de outros modismos administrativos, o ESG, ao impor novas rotinas às empresas, de fato, apenas aumentou os custos: de produção, de contratação de pessoas e equipamentos, de treinamento, de controles, de informação. Isso teve maior impacto nas empresas menores, com menos recursos para gastos além da sua própria atividade operacional. Ora, as empresas para funcionar, em qualquer país, precisam atender a todas as regras e regulamentos criados pelo estado. Essas regras já contemplam as questões ambientais, sociais e de governança. Não se pode abrir uma empresa sem ter as licenças governamentais necessárias. O ESG obriga às empresas a rotinas que vão além daquelas impostas pelo próprio estado.
A difusão dos princípios ESG foi tão vasta que fez agências reguladoras, bancos e fundos de investimento exigir a adoção de medidas consideradas, por eles, boas práticas ESG para se obter licenças de operação, conceder financiamentos ou receber investimentos. Mesmo que tais critérios nunca tenham sido normatizados. Cada um, em cada lugar, diz o que é ser ESG. Isso levou a absurdos como a Americanas, no Brasil, que em seu último relatório anual, antes da descoberta do rombo de R$ 40 bilhões, continha mais informações sobre temas ESG do que sobre a precária situação financeira da companhia. A quebra do Silicon Valley Bank deixou claro o perigo de se preocupar mais com a temática ESG que com o próprio negócio.
A falta de padronização e a subjetividade das métricas ESG o tornam uma prática discricionária que pouco aprimora as rotinas empresariais. Estabeleceram a importância do conceito, no entanto, por ser de difícil mensuração, acaba gerando mais militância ideológica que práticas concretas. Os problemas levantados pelo ESG deveriam ser avaliados e devidamente mensurados, para, então, proporem soluções efetivas e não ideologizadas. A repetição de frases de efeito do tipo: Zero Carbon, Black Lives Matter, No Nukes, We are 99% apenas mobilizam ativistas, mas pouco contribuem para o entendimento do problema e sua solução. A politização do ESG, associado aos pequenos resultados práticos, mostrou que muito da militância, principalmente a corporativa, não passava de estratégias de marketing, greenwashing. Assim, diversas empresas, bancos e gestores de fundo reduziram sua atuação e divulgação sobre como eram politicamente corretos ao praticarem princípios ESG. A redução de U$ 13 bilhões no volume total dos fundos que se denominam ESG nos Estados Unidos, em 2023, comprova que é um tema em decadência.
Felizmente muitos acordaram do sonho ESG e perceberam que na realidade o planeta e as relações humanas estão melhor do que nunca na história humana, apesar dos manifestantes ambientais e sociais gritarem o contrário. A pobreza caiu de forma absoluta a partir da revolução industrial, e segue caindo. Está no nível mais baixo desde sempre. Em 2018, menos de 10% da população mundial vivia em situação de extrema pobreza, quando, até 1820, era de aproximadamente 80%.
Historicamente, seja no Império Romano, nas Civilizações Pré-Colombianas das Américas, no Japão feudal, na China Imperial ou no Renascimento Europeu a taxa de mortalidade infantil girava em torno de 50%. Começou a se reduzir a partir da revolução industrial e chegou a 27% em 1950. Atualmente (2020) está em 4,3%, sendo 14% na Somália e 0,3% no Japão e países escandinavos. A expectativa de vida ao nascer em todas as civilizações era no máximo de 30 anos e só aumentou a partir da revolução industrial. Em 1950, era de 46 anos. Em 2021, a expectativa de vida chegou a 73 anos, tendo como extremo inferior o Chad com 53 anos e o Japão com 85.
A melhoria das condições sanitárias no mundo, em apenas 22 anos, de 2000 a 2022, foi impressionante. Somente 32% da população mundial tinha acesso a saneamento em 2000, e aumentou para 57% em 2022.
Se olharmos as questões de gênero, veremos forte progresso em quase todo o mundo. Um número cada vez maior de países adota legislações que proíbem discriminação por sexo. Eram seis países em 1970 e 161 em 2023. Ou ainda, de apenas dois países que exigiam igualdade salarial para homens e mulheres em 1970 para 97 em 2023.
Pelo lado ambiental, o mundo hoje é proporcionalmente menos poluído que no passado. Até a década de 1990, para termos crescimento econômico per capita tínhamos sempre aumento de emissões de carbono per capita superiores ao crescimento do PIB. A partir de então isso se inverteu como consequência de aprimoramentos tecnológicos que permitiram aumentar a renda individual sem aumentar a emissão de gases de efeito estufa. Ou seja, estamos mais ricos e poluindo menos.
Por outro lado, é notório que aqueles que mais divulgam e defendem os princípios ESG não estão diretamente envolvidos na árdua atividade de empreender. Na sua maioria são técnicos e burocratas de grandes instituições, públicas ou privadas, de diversos setores. É difícil encontrarmos entre os ativistas ESG o dono de uma padaria, de uma pequena metalúrgica ou um agricultor que acorda às 4 da manhã para cumprir sua rotina no campo. Certamente, argumentarão que esses empreendedores não têm tempo, conhecimento e recursos para se preocupar com essa agenda. Então, respondo que o ESG é uma preocupação elitista. Somente os agraciados com determinadas condições veem benefícios nele. Apenas alguns sabem o que é certo e esse saber lhes autoriza impor sua visão a todos os demais na sociedade. Já ouvi isso em outro contexto: socialistas acreditam saber o que é melhor para os outros e tratam de impor suas políticas.
Interessante que o G, governança, raramente era abordado pelos esganiçados militantes ou pelas instituições adeptas ao ESG. De outra forma, temas como corrupção, conflito de interesses e falta de ética não fariam parte apenas dos códigos de conduta que existem somente para cumprir o marketing do politicamente correto. Aliás, muitos dos ferrenhos defensores da agenda ESG são eleitores de corruptos contumazes, um contrassenso em relação às práticas que defendem.
Hoje, 2024, vemos que a moda ESG serviu para que bancos criassem barreiras ao crédito concentrando-o em poucos grandes tomadores, que consultorias de todo o tipo lucrassem com a venda de pacotes para as empresas estarem na moda, que gestores de fundos que identificaram o nicho da sustentabilidade cobrassem taxas de administração maiores e que instituições de ensino e treinamento surfassem esta onda. De efetivo, pouco houve de melhoria nos problemas ambientais, de redução de preconceitos ou da melhoria da governança que o próprio mercado já não estivesse fazendo. Pois foi o livre mercado, no capitalismo, que permitiu a saída da pobreza crônica em que a espécie humana viveu por milênios, que as questões de gênero se reduzissem, que a escravidão fosse abolida e que vivêssemos num planeta mais seguro e com maior expectativa de vida.
O ocaso do ESG foi melancólico. Não houve uma absorção gradual de seus princípios como as outras modas em administração. Nos países onde o discurso ESG era mais forte, mais rapidamente silenciaram. Os países europeus, na sua maioria ciosos da agenda ambiental e social, tão logo chegou o inverno de 2023 e faltou calefação, reabriram as arcaicas minas de carvão, e, do dia para a noite, Greta Thunberg deixou de falar das questões do clima para, errada de novo, se alinhar aos defensores da Palestina livre.
Contudo, a agenda ESG não vai desaparecer, afinal grandes empresas criaram departamentos para isso com diretores e todo um staff. O pior virá daqueles que querem impor procedimentos ESG, além das leis de cada país, para satisfazer questões não definidas e de efetividade discutível. Os viúvos do ESG se voltarão para o mundo político, que, pelos mecanismos democráticos, é quem impõem regras de comportamento à sociedade. Então o ESG sairá do mundo empresarial e passará à esfera política, de onde nunca deveria ter saído. Ao menos poderemos votar sobre uma matéria que estava sendo imposta de cima para baixo por alguns autoproclamados esclarecidos.
Milton Friedman estaria satisfeito, seu artigo, de 1970 no New York Times segue atual.
Nota: Todos os dados estatísticos citados foram obtidos no site “Our World in Data” (https://ourworldindata.org/)
Formado em Administração, o comunicador de PENSAMENTO LIBERAL, nome de grande credibilidade na comunidade gaúcha, com ideias próprias e firmes, é defensor da economia de mercado e do fim de qualquer subsídio por parte do governo.
Gilberto Simões Pires iniciou sua carreira na área de comunicação em 1986, no Rádio. A seguir atuou como comentarista econômico na TVE (Mercado em Ação); na TV Guaíba (Câmera 2); no Grupo RBS (Rádio Gaúcha, RBS TV e Jornal Zero Hora); na TV Pampa (Pampa Boa Noite).
Após, na Rede Bandeirantes Porto Alegre, ancorou os programas -PRIMEIRO PLANO- na Band AM, e CONTROLE REMOTO na Band TV.
Por oito anos ancorou Programa -PONTOCRITICO.COM- no canal 20 da NET e, desde 2009, escreve diariamente a E-OPINION LIBERAL - PONTOCRITICO.COM- .
Em ambientes associativos é membro efetivo do Clube de Editores e Jornalistas de Opinião e coordenador da Sociedade Pensar+.
EQUIPE EDITORIAL
Editor: Gilberto Simões Pires
Assinaturas: Lúcia Pedroso
Para Anunciar: Cristina Sacks