RISCO ARGENTINO
O risco argentino, identificado pelo EMBI+, despencou. Depois de saírem da moratória, que provocou o desconto da dívida interna e externa em 70% do total, a probabilidade de nova moratória simplesmente desapareceu. Com isto a confiança nos novos títulos argentinos, recém lançados no mercado internacional, aumentou e foram adquiridos rapidamente. Aliás, os últimos lançamentos feitos em NY, foram com taxa de 5,2% mais a inflação (previsão de 9% para o ano). Com isto o risco-país despencou para 402 pontos, igualando o risco Brasil, praticamente.
A PONTUAÇÃO
Embora o mercado seja dinâmico e por isto as pontuações flutuam constantemente, dependendo das crises ou das soluções apresentadas pelos governos dos diversos países emergentes analisados, a posição atual, em pontos, dos riscos denominados EMBI+ é a seguinte: Argentina, 402 pb; Brasil, 398 pb; México, 156 pb; Venezuela, 426 pb; Rússia, 146 pb; Turquia, 350 pb. Temos muito a melhorar, pelo visto.
MERCANTILISMO EXPOSTO
Os calçadistas brasileiros conseguiram mostrar claramente a opção que fizeram. Depois de contestar a atitude dos argentinos, os quais resolveram dificultar a importação de calçados brasileiros, os brasileiros estão agora comendo no mesmo prato. Ou seja, resolveram tratar os chineses da mesma forma que os argentinos nos trataram. É muita incompetência. Quando é bom para nós é ferro em quem não aceita as regras do mercado. Quando é ruim para nós, o mercado que se dane. Puro mercantilismo empresarial.
PROPORCIONAL
A quantidade de dinheiro da sociedade que é canalizada para as mãos do Estado é enorme. Quer por existência de inúmeras estatais e de autarquias, ou pela enorme carga tributária que nos é imposta. Pois é exatamente isto que identifica a proliferação de tanta corrupção. Da mesma forma, o imenso peso da carga tributária e dos encargos trabalhistas é o que estimula a existência da fantástica economia informal no Brasil.
A OPÇÃO É NOSSA
Estas coisas andam sempre juntas e tem uma correlação fantástica. Bastaria diminuir os impostos e a economia informal diminuiria drasticamente. Todo mundo sabe disto. E, da mesma forma, bastaria diminuir a presença do Estado nas atividades que não lhe dizem respeito para que a corrupção desandasse para valer. A opção é nossa. É preciso, no entanto, discernimento e competência. O que está faltando no país.
SEM DISCERNIMENTO
Por enquanto, pelas pesquisas, o discernimento é tudo aquilo que não existe mesmo no povo brasileiro. Depois de tantos e escabrosos escândalos revelados, a aprovação do governo Lula continua imbatível. Gente, o cara se elegeria fácil caso as eleições fossem agora. Isto prova que somos incompetentes até na comunicação. Estou convencido de que não consigo chegar onde deveria para opinar e ser entendido no que exponho. Vai ser muito duro, gente. Podem crer.