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13 dez 2007

AINDA RESPIRAMOS


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ALÉM DA MORTE
Todos nós vivemos rodeados de muitas incertezas. Mesmo assim, algumas certezas além da morte também já fazem parte do nosso convencimento coletivo brasileiro. Algumas certezas ficaram bem transparentes, ontem, pouco antes da derrubada magnífica da estúpida CPMF no Senado.
POVO NADA POLITIZADO
Para os gaúchos que ainda têm algum discernimento já há a certeza, por exemplo, de que o povo do RS definitivamente não é politizado. Não sabe sequer escolher seus senadores. A começar pela escolha feita por Pedro Simon. O senador, gente, foi a figura mais patética da sessão de ontem, embora não signifique que os outros dois senadores são melhores. Basta ver que todos votaram a pela prorrogação da maldita contribuição, felizmente derrotada.
VINGANÇA
Para quem aprecia a numerologia já deve ter observado que já era dia 13 quando a CPMF foi sepultada. O mesmo 13 do PT. De qualquer forma o que pode se esperar depois do fim deste imposto da preguiça, onde não há esforço algum para arrecadar, é uma enorme vingança por parte do governo Lula.
MALIGNA
A reação, infelizmente, não será como deveria, através do corte de despesas e da proposição imediata das reformas constitucionais pendentes. Isto só seria possível nas mentes mais arejadas, o que não corresponde ao estilo arrecadador petista. Então, gente, vamos nos preparar, pois a vingança será maligna.
DESTAQUES
Muita gente ainda está perplexa com o resultado da votação de ontem. A sociedade brasileira, por tradição, esperava que a concessão dos habituais favores dados a parlamentares acabaria em votos para a aprovação da CPMF. Mas, a atuação decisiva de Arthur Virgílio e José Agripino Maia, principalmente, foi espetacular.
GRATIDÃO
Alguns outros senadores também contribuiram bastante para a derrubada definitiva da CPMF, mas o belo empenho desses dois senadores ainda nos ajudam a acreditar que nem tudo está perdido. Neste episódio, ao menos, é preciso manifestar a gratidão a eles. Parabéns.
MAU EXEMPLO
Para finalizar este comentário reservado totalmente para o assunto mais importante da esfera política e econômica de 2007, insisto: os políticos gaúchos tiveram um papel lamentável. A maioria da bancada dos deputados votou a favor da prorrogação da CPMF e os senadores foram unânimes. Ou seja, gaúcho contrário à enorme carga tributária não tem representante. Não é, portanto, um povo politizado.