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14 dez 2007

DAY AFTER CPMF


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A REAÇÃO DO MERCADO
Engana-se quem fez a leitura de que o mercado financeiro não gostou do fim da CPMF. O fato do índice da Bovespa ter caído forte, ontem, significa, isto sim, que o governo não sabe o que fazer. Descuidou de montar um Plano B, mesmo quando estava convencido da derrota na prorrogação da estúpida contribuição.
NOVOS INVESTIMENTOS
O mercado financeiro não é formado por agentes tolos. Todos sabem, perfeitamente, o que representam R$ 40 bilhões que deixam de ir para os cofres públicos e ficam girando saborosamente na economia. É muito dinheiro que pode ajudar substancialmente para novos investimentos privados.
É CHEGADA A HORA
A aposta do governo, de que no final a aprovação da prorrogação da CPMF acabaria acontecendo, impediu que fosse ousado e prudente. Deveria ter preparado uma definitiva reforma tributária e fiscal. Agora, embora o atraso precise ser lamentado, é chegada a hora de corrigir todos os equívocos tributários. Não é hora de ficar pensando, de novo, em compensações arrecadatórias.
SÓ A PERDER
Se já não bastassem as agruras que os gaúchos passam por viverem num Estado falido e sem atrativos para buscar novos investimentos, o ex-governador Rigotto, que praticamente nada fez além de aumentar o ICMS (causa determinante para a sua não reeleição), ainda assim não aprendeu coisa alguma. Não entendo como é chamado para dar palestras, pois as platéias só têm a perder ouvindo Rigotto.
ROTA DO SOL
Aliás, o pobre Rigotto será sempre lembrado por ser o governador que inaugurou uma rodovia - Rota do Sol, há mais de um ano, e a mesma ainda permanece inconclusa e interditada. Ou seja, a Rota do Sol -inaugurada por Rigotto- ainda está em obras e corre o risco não ficar pronta até o final do ano, embora a governadora Yeda esteja fazendo de tudo para liberar a estrada no próximo dia 20.
CORRENTE
Como coordenador do Comitê de Reforma Tributária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social ? CDES - o ex-governador Rigotto, que adora aumentar impostos, lamentou a não aprovação da CPMF. Sinal de coerência, não? E afirmou, em palestra proferida em João Pessoa, Paraíba, ontem, que a reformulação do sistema tributário brasileiro corre grande risco de ser mais uma vez prejudicado em função da rejeição pelo Senado da prorrogação da CPMF. Tá bom.
DUAS SEMANAS
Como estamos nos aproximando do Natal e do final do ano, além de nos sentirmos presenteados com o fim a CPMF, vale a contagem regressiva dos 16 dias até o encerramento da cobrança da maldita contribuição. Atenção: façam de tudo para conseguir pagar todas as contas com cheques pré-datados. Para deixar de ser escorchado.