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01 set 2009

DÍVIDA CRESCENTE E IMPAGÁVEL


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EXPOINTER
Nesta semana, com a realização da Expointer, uma importante feira do setor agropecuário brasileiro, o RS fica focado no evento. Entretanto, nos diversos espaços do Parque de Esteio, onde a feira acontece, os assuntos mais discutidos são os mesmos das edições anteriores.
JUSTIFICATIVAS PRONTAS
Quando não é uma seca prolongada, ou a taxa de juros praticada no país, os agricultores sempre encontram uma causa suficientemente nobre para dizer que há uma crise grave no setor agrícola.
VOCAÇÃO PARA O ROMBO
Para quem observa cuidadosamente o assunto, a realidade é outra: o Brasil não é detentor de toda essa vocação agrícola que lhe é atribuída mundo afora. Antes de admitir que o país tenha grande potencial para produzir grãos, o setor mostra vocação muito grande para contrair dívidas impagáveis. Não é possível, gente, que continue se dando atestado de vocação para uma determinada atividade, se o rombo por ela proporcionado é incomensurável. Atenção: a generalização é necessária para o comentário, embora nem todos os agricultores estejam envolvidos na esperteza.
EMPURRAR COM A BARRIGA
Hoje, a certeza é uma só: depois de tomados os empréstimos, a ordem é a mesma de sempre, ou seja, de empurrar a conta com a barriga. Com uma condição: para aceitar a prorrogação, os juros dos empréstimos não pagos devem ser sempre menores.
ANISTIA
Ora, de que adianta renegociar, se a dívida continuará sendo prorrogada? Resposta rápida e simples: a cada prorrogação a dívida fica mais impagável, o que ajuda para uma eventual anistia.
R$ 100 BILHÕES
Hoje, a conta das dívidas do setor já supera os R$ 100 bilhões. Este montante, embora elevado, é considerado irrisório, se comparado com o que já foi levado à prejuízo, na conta do Tesouro Nacional. Um escândalo impressionante.
MST
Quando o MST aparece como um demônio e uma ameaça aos agricultores, poucos são aqueles que entendem as origens do Movimento. Espertos, os Sem Terra só querem receber o mesmo tratamento dado aos agricultores que têm propriedade rural, mas não pagam suas contas. O MST, portanto, nada mais é do que um subproduto da agricultura mal conduzida e cheia de privilégios.