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11 mar 2009

INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL


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NOTÍCIA IMPORTANTE
Ontem, no espaço destinado às notícias (Market Place), publiquei uma informação que reputo de enorme importância. Cheguei, inclusive, a imaginar que a mesma receberia boa atenção por parte dos jornais e emissoras de rádio e televisão, o que, para minha surpresa, não ocorreu.
ATITUDE CORAJOSA
Diante dessa nula reação volto ao assunto para, ao menos comentar a corajosa atitude que alguns países da Europa estão tomando, qual seja a de reduzir os salários dos funcionários do setor público, para enfrentar a crise econômica mundial.
VÁRIOS PAÍSES
O primeiro país que tomou a medida foi a Irlanda, seguida imediatamente pela Letônia e Hungria. É provável que a Romênia seja obrigada a fazer o mesmo, para conseguir ajuda do FMI e de seus parceiros da União Européia. Segundo a nota, a medida poderá ser seguida também por outras regiões, caso a crise se agrave ainda mais.
IRLANDA
O governo da Irlanda, por exemplo, cortou mais de 7% da remuneração, através de um mecanismo para financiar aposentadorias. E, como era esperado, provocou grande manifestação pública em Dublin, reunindo mais de 120 mil pessoas.
OUTROS PAÍSES
A Letônia decidiu baixar os salários em 15%, o que provocou a queda imediata do governo. A Hungria simplesmente acabou com o décimo-terceiro salário para os funcionários públicos. A Alemanha, por enquanto, não fala sobre o assunto. E na França, o governo diz que na verdade haverá aumento no poder de compra dos empregados públicos.
MANTER A COMPETITIVIDADE
A propósito: o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, vem defendendo a redução dos salários do funcionalismo, segundo informa o Le Monde. Para ele, isso é ainda mais necessário em países em dificuldades, como tentativa de manter alguma competitividade.
CALOTE
Como a Irlanda está com as contas públicas deterioradas, os credores estão em pânico. A probabilidade do país vir a dar um calote da dívida é muito grande. O endividamento líquido hoje já atinge cinco mil euros por habitante, a maior taxa entre os países europeus. Embora a nossa situação esteja bem melhor, a ideia de reduzir salário de funcionários que ganham muito é oportuna. Quem sabe começamos por aí?