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06 fev 2007

O DÓLAR E O RISCO BRASIL


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ENCURTANDO O PRAZO
A cada dia que passa vai encurtando o prazo para que o Brasil conquiste o tão sonhado Investment Grade. O melhor trato que o governo vem mostrando com o nível de endividamento interno, na sua relação com o PIB, é o que está promovendo cada vez mais a confiança aos investidores internacionais.
O MENOR DA HISTÓRIA
A tal confiança não é coisa de ordem sentimental. É fruto de análise constante de investidores internacionais e a revelação é dada em forma numérica pela classificação de risco dos chamados países emergentes. E a posição brasileira nesta pontuação de risco dos países emergentes (EMBI+) vem melhorando há algum tempo, de forma constante. Hoje, por exemplo, atingimos 178 pontos-base. O menor da nossa história.
FESTEJADO
Por um lado é preciso sempre festejar a importante conquista. Esta melhora promove uma redução do custo dos empréstimos internacionais, pela relação existente com a pontuação. E que, por conseguinte, estimula mais investimentos no Brasil. Mas é bom que todos entendam que isto representa mais entrada de dólares no mercado. Que precisa também ser festejado.
FLUTUANDO PARA BAIXO
Como os exportadores lamentam, todos os dias, a política cambial flutuante, onde o BC tem sido praticamente o único comprador de dólares, por falta de importadores suficientes para dar equilíbrio a moeda brasileira, uma coisa é certa: assim o dólar, na relação com o real, vai continuar flutuando para baixo.
APRENDIZADO COMPLICADO
Como o Brasil jamais havia melhorado no conceito internacional, o povo tem dificuldades para entender esta situação. Os brasileiros aprenderam que a cotação do dólar só podia aumentar aqui. Nunca diminuir. Aí está: a boa melhora da nossa situação representa mais investimentos. E com eles, mais dólares. E com os dólares entrantes, mais reservas internacionais.
SEGURANÇA GAÚCHA
Os números apresentados ontem, pela governadora Yeda Crusius, com relação à Segurança Pública do RS, são animadores. Embora muito ainda precise melhorar, a sensação já é outra. A sociedade percebeu que a polícia deve estar a serviço do povo e não dos bandidos. Parabéns ao secretário Enio Bacci pelo vigor apresentado neste início de governo. Que continue assim.
SUPER-SALÁRIOS
Os deputados não gostaram, mas o ministro Marco Aurélio Mello está coberto de razão quando diz que há uma diferença brutal entre os ganhos dos juízes e dos parlamentares, a favor destes. Melhor seria se todos ganhassem bem menos. Tanto o Judiciário quanto o Legislativo. Mas a comparação é impossível. Estamos falando de quase R$ 100 mil/mês recebidos pelos parlamentares e R$ 25 mil/mês pelos juízes. É dose.