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14 mar 2005

O GRANDE INSTRUMENTO DA MODERNIDADE


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PANELA DE PRESSÃO
Só no Brasil e em Cuba virou notícia a decisão ridícula e infantil de Fidel Castro em facilitar e subsidiar a compra de panelas de pressão ao rico povo cubano. Antes mesmo de pretender que todos os lares disponham do magnífico e moderno instrumento de cozinha, cujos moradores ainda desconhecem o que vão cozinhar nele, a firme e clara vontade de Fidel é só uma: acabar com as empresas que hoje vendem as panelas.
VIVA O REGIME!
Simplesmente porque Fidel e seu grupo tem ódio de empresa que não seja estatal. E mais: daqui para frente, qualquer iniciativa privada que por algum tempo conseguiu a duras penas ser testada durante o fantástico regime ultrademocrático da Ilha está suspenso. Segundo o Dr. Castro, isto é coisa do diabo e não pode mais ser realizada. É tudo estatal e pronto. Assim, nada mais resta do que fazer um - Viva! - ao regime cubano. Portanto, vamos lá: Viva! Maravilha, gente.
FICHA UM
Quando foi sancionada a nova Lei de Falências, o ponto que ganhou maior notoriedade mesmo foi a possibilidade de inclusão das companhias aéreas dentre as empresas que podem utilizar o novo instrumento legal. A ficha UM para a estréia das empresas que estavam esperando a aprovação do diploma, como já é por demais conhecido, estava com assento de reserva marcada para a Varig. Prontinha e esperando a aprovação, a empresa dava a impressão e a certeza de que seria mesmo a estreante.
INTERVENÇÃO
E se motivos não já faltavam, continuam não faltando. A eventual luta pela recuperação da empresa, prevista em Lei, esta sim é que está cada vez mais longe de acontecer. É quase impossível. E o que não se entende é que os deputados e senadores ainda insistem numa intervenção. Como? Porque? Intervenção é o que não está prevista na nova Lei de Falências. Isto é um absurdo. A própria Fundação Rubem Berta, pelas atitudes demonstradas quer a falência, não a intromissão governamental. Sai dessa.
PENEIRA ARROMBADA
Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Primeiro porque a peneira da VIOLÊNCIA já está com furos enormes que mais parecem mil peneiras. Fazer perguntas às autoridades é uma legítima perda de tempo, onde ainda se ouve coisas do tipo: está tudo sob controle. Se a resposta é uma lógica, a pergunta só serve para se obter tal resposta que tem como objetivo evitar o pânico. Ninguém, porém, ignora que a coisa está pretíssima.
PRODUTIVIDADE NO CRIME
Com a estúpida lei do desamamento, conforme já foi comentado, os bandidos já iniciados na carreira do crime ganharam muito mais produtividade. E os ainda iniciantes se sentiram confiantes para ingressar na nova e lucrativa atividade. Pelo que se tem notícia, a verdade é que todos estão tendo muito sucesso. E a imprensa, com a estúpida repetição de que - ninguém deve reagir ? aumenta a certeza do êxito em qualquer tentativa de assalto. Um erro imperdoável, pois o correto é ensinar como proceder para reagir e não se entregar facilmente aos bandidos.
BARCO À DERIVA
Agora vejam o que acontece, por exemplo, para quem navega nos nossos rios. Aí é uma verdadeira barbada. Qualquer assalto é gol. Sem ter como se defender, uma vez que não é possível portar armas, não há insucesso na operação crime. No mínimo, se não houver morte, o barco já está perdido. E ainda tem gente que acredita que vamos desarmar os malfeitores. Santa burrice.