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28 set 2009

PROJETO ESTATIZANTE


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REFORMA MACROECONÔMICA
As mudanças que foram feitas no nosso sistema financeiro e na macroeconomia, ainda que tenham sido realizadas no governo FHC, felizmente pra nós continuam intactas no governo Lula. E os bons resultados que o Brasil vem colhendo, se traduzem, na prática, pelo incessante ingresso de recursos estrangeiros no país.
CIRCO
Esta única e isolada reforma foi o bastante para que o Brasil, principalmente depois que o mundo foi assolado pela crise financeira, tenha se transformado num grande parque de diversões, onde o crédito abundante e as bolsas de valores e de mercadorias mais se parecem com um enorme circo cheio de emoções.
SACO DE PIPOCAS
Na semana passada, com a obtenção do Investment Grade, que nessa metáfora se identifica com um saco de pipocas, muitos brasileiros e estrangeiros estão se divertindo à beça.
MANOBRAS SOCIALIZANTES
Enquanto esses grupos se distraem à vontade, aproveitando o vai e vem das cotações das ações e commodities, o governo fica mais sossegado. Tranquilo e sem ser incomodado ganha tempo para se dedicar com afinco às manobras socializantes, que dia após dia avançam mais e mais no país.
TEIMOSOS
Há, no entanto, um pequeno grupo formado por teimosos e preocupados com a competitividade, prejudicada pela alta carga tributária reinante no país. Esse grupo, embora tímido, grita por reformas na Constituição cujo propósito é soltar as amarras que impedem um futuro promissor para o Brasil.
SENTIDO CONTRÁRIO
O governo, obviamente satisfeito com os índices de popularidade do presidente Lula, não dá a mínima para os miados emitidos pelos infelizes. E vai tratando de fazer outras reformas de seu interesse, onde algumas acontecem na penumbra. O problema, como se sabe, é que todas elas, por questões ideológicas, vão no sentido contrário das nossas necessidades, mas bem de acordo com o projeto estatizante do governo.
REFORMA ESTATIZANTE
São reformas que, para obter a simpatia e a concordância da maioria (obviamente a mais despreparada), o governo, de forma muito esperta, rotula como de interesse social. Na realidade são puramente estratégicas. Além de aumentar o tamanho do Estado na economia, criam monopólios e fantásticas despesas sem fim nas contas públicas. Uma delas, ainda pouco comentada, diz respeito à manobra que o governo Lula está fazendo para reestatizar a Vale do Rio Doce. Só não vê quem não quer.