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25 jan 2007

UMA SOCIEDADE SUBMISSA


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DESAFORO
A sociedade brasileira não entendeu até agora a sua condição de mandante. Nem quer entender. Pensa, raciocina e age sempre como mandada, com comportamento repleto de inferioridade e sempre disposta a aceitar o que lhe é imposta pelos seus escolhidos. Sujeita, enfim, a todo o tipo de desaforo. Um comportamento nada diferente ao dos escravos, antes da abolição.
SÓ GRITA
Sem o mínimo conhecimento e discernimento daquilo que representa uma real democracia imagina que, uma vez eleitos, os políticos escolhidos podem tudo. Inclusive maltratar seus mandantes, seus empregadores. Educado para a covardia e a aceitação, o povo, quando percebe que está sangrando pelas agressões sofridas de seu algoz, que diz ser seu representante, até grita sem parar. Mas só grita.
TESTE
As chamadas ? autoridades -, para confirmar, constantemente, a certeza de que estão gozando de todos os poderes para fazer o que bem entendem, até testam o povo. Praticam roubos de forma bem descarada dos cidadãos eleitores, fazem falcatruas de toda a ordem e, embora venham a ser flagrados de várias formas com a mão na botija, percebem que nada acontece. Alguns gritos e indignações aqui e ali até acontecem. Nada mais do que isto. Ninguém dá uma surra sequer nos bandidos.
PIORADO
Em todos os chamados - Poderes Constituídos- que representam o alicerce de qualquer democracia, o resultado tem sido o mesmo por aqui. Ou até piorado como tem sido noticiado, com provas contundentes, sobre os atos de corrupção, ou proteção obtidas pelas vantagens absurdas que os ocupantes se concedem.
PODER EXECUTIVO
No Poder Executivo, onde a maioria dos brasileiros pensa que é mais poderoso do que os demais Poderes, já foi demonstrado o quanto somos muito submissos. Entre as poucas coisas que fazem com prazer, desde o presidente até seus ministros, é o gasto público. Adoram desperdiçar dinheiro dos contribuintes.
PODER LEGISLATIVO
No Legislativo, que tem sido o principal reduto das mais grossas corrupções já noticiadas ao longo dos últimos anos, os políticos ocupantes dos cargos no parlamento só se interessam em votar vantagens para si, e nada de bom para salvar o país. E continuam frouxos na parada sem uma indignação mais acentuada. Recebem, muitas vezes, homenagens, do próprio povo massacrado, como grandes homens públicos.
JUDICIÁRIO
No Poder Judiciário, onde os maiores representantes não são eleitos pelo povo, a coisa não é melhor. No RS, por exemplo, se negam a respeitar o teto de remuneração, apesar de haver legislação definindo os valores. O cidadão gaúcho, sabidamente pertencente a um estado dos mais quebrados da Federação, não mexe um milímetro com as decisões dos ocupantes do Judiciário. Não querem nem saber de coisa alguma. Como se não acontecesse. Trata-se de um povo quieto, educado e concorde. Sendo assim não há o que reclamar. Nem gritar. Vamos pagar.