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23 nov 2020

CARGA PESADA


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ROMBO FISCAL ATUALIZADO

Na semana passada o governo federal atualizou a projeção do funesto ROMBO FISCAL para 2020, resultante das medidas emergenciais de combate à pandemia da Covid-19. Desta vez, a expectativa do tamanho da encrenca do setor público consolidado, para 2020, que inclui contas do governo federal, estados e municípios, está por volta de R$ 905,4 bilhões. Vejam que no boletim anterior o DÉFICIT PRIMÁRIO projetado (que não inclui gastos como pagamento dos JUROS DA DÍVIDA) era da ordem de R$ 895,8 bilhões até o final do ano. 


BOLETIM DE FECHAMENTO

Pois, mesmo faltando pouco mais de um mês até o encerramento deste fatídico 2020, não poderá ser visto com olhar de surpresa se ao longo deste curto espaço de tempo ainda seja divulgado um BOLETIM DE FECHAMENTO 2020 dando conta de que o ROMBO FISCAL bateu, enfim na casa do R$ 1 TRILHÃO. 


PIOR DA SÉRIE HISTÓRICA

O fato é que, independente de eventual e sempre possível alteração deste dantesco quadro, uma coisa é absolutamente certa e incontestável: o ROMBO FISCAL deste ano é o PIOR DA SÉRIE HISTÓRICA do nosso empobrecido Brasil. Como tal, mesmo que a economia venha a crescer em torno de 5% ao ano, por vários e ininterruptos anos (o que é pouco provável sem a aprovação de BOAS REFORMAS), a arrecadação de impostos estará longe de melhorar o perfil da elevadíssima DÍVIDA PÚBLICA.


ESPERANÇAS

Entretanto, se houver (e aí também a probabilidade é baixa) um esforço enorme da sociedade no sentido de incentivar a VENDA MACIÇA DE ATIVOS PÚBLICOS, desde imóveis e empresas, e a realização do máximo possível de leilões de CONCESSÕES DE SERVIÇOS PÚBLICOS, transferindo a INICIATIVA PRIVADA, sob a fiscalização das AGÊNCIAS REGULADORAS, a boa e correta OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS CONCEDIDOS, aí as nossas eternas ESPERANÇAS no Brasil têm tudo para se tornar realidade. 


PASSIVOS EMPRESARIAIS

Pois, da mesma forma como a PANDEMIA destruiu as CONTAS PÚBLICAS, o CUSTO DO CARREGAMENTO do longo período de PARALIZACÃO provocado pelo infame LOCKDOWN também foi CAUSA DETERMINANTE para reduzir substancialmente o SALDO DE CAIXA das EMPRESAS PRIVADAS. Muitas, inclusive, que já mostravam baixa ou nenhuma disponibilidade de caixa, na tentativa de se manter vivas e atuantes, ao buscar socorro financeiro viram seus PASSIVOS aumentar dramaticamente. 


CUSTO DA PARALISAÇÃO

Este CUSTO ADICIONAL que foi provocado pela PARALISAÇÃO DAS VENDAS, mantendo grande parte dos CUSTOS simplesmente intocáveis, fez com que muitos produtos e serviços tivessem suas MARGENS DE VENDA AUMENTADAS. Portanto, além da INFLAÇÃO DE DEMANDA que vem sendo verificada nitidamente pela FALTA DE INSUMOS, a INFLAÇÃO DE CUSTOS já mostrou a sua cara. Afinal, para tentar sobreviver e poder pagar pelos EMPRÉSTIMOS obtidos, uma alta de preço dos produtos mais demandados estão sendo transferidos para os CONSUMIIDORES POR ELES INTERESSADOS. Aliás, em última análise os CONSUMIDORES têm a soberana liberdade de decidir o que comprar, e qual o preço que estão dispostos a pagar por aquilo que têm interesse.


ESPAÇO PENSAR +

No ESPAÇO PENSAR + de hoje: O VOTO DOS IDOSOS - por Percival Puggina . Para Ler acesse o link: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar