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14 ago 2025

DOENÇAS SILENCIOSAS


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DOENÇAS SILENCIOSAS

Tal qual acontece com as DOENÇAS INDOLORES, frequentemente referidas como -DOENÇAS SILENCIOSAS-, que podem progredir de forma LENTA E GRADUAL sem manifestar sintomas perceptíveis e/ou preocupantes, os GASTOS FORA DE CONTROLE, assim como o EXCESSO DE ENDIVIDAMENTO produzem o mesmo e preocupante efeito, no curto e médio prazo, em qualquer país, empresa ou família.


POPULISMO

Mais ainda quando seus LÍDERES e a maioria de seus LIDERADOS -EMBALADOS PELO POPULISMO- comungam da mesma IDEIA FALSA de que no final TUDO VAI DAR CERTO e como tal todos acabarão SALVOS DE TODAS AS DOENÇAS -tanto as SILENCIOSAS como as mais GRITANTES-.


TRAGÉDIA ANUNCIADA

Pois, dentre as graves DOENÇAS INDOLORES E SILENCIOSAS, cujos efeitos -nítidos- dão conta de que, a cada dia que passa, estamos ficando mais próximos de uma ANUNCIADA TRAGÉDIA ECONÔMICO-FINANCEIRO-SOCIAL no nosso empobrecido Brasil, DUAS DELAS, altamente perigosas e preocupantes, só conseguem ser corretamente diagnosticadas pelos brasileiros dotados da capacidade para desenvolver o RACIOCÍNIO LÓGICO. 


DUAS DOENÇAS GRAVES

1- A PRIMEIRA -DOENÇA GRAVE-, embora já não se mostre nem tão -LENTA e muito menos SILENCIOSA-, diz respeito aos incontroláveis e criminosos -GASTOS PÚBLICOS- chefiados e promovidos, com muita festa e ousadia, pelo presidente LULA.

2- Já a SEGUNDA DOENÇA GRAVE, cujos efeitos são, efetivamente, LENTOS E SILENCIOSOS, se manifesta cruamente através do crescente e absurdo ENDIVIDAMENTO PÚBLICO. 


PERCEPÇÃO EQUIVOCADA

Este ESTADO DE COISAS RUINS E DANOSAS faz com que a maioria dos brasileiros acredite que o -GOVERNO SEMPRE DISPÕE DE DINHEIRO EM CAIXA PARA ATENDER AS DESPESAS PÚBLICAS. Ou seja, não percebem, minimamente, que os recorrentes DÉFICITS NAS CONTAS PÚBLICAS são cobertos por -SILENCIOSAS E INDOLORES- EMISSÕES DE TÍTULOS DE ENDIVIDAMENTO PÚBLICO.


DÍVIDA PÚBLICA

Aliás, a propósito, o pensador/economista Fernando Ulrich, alerta que a DÍVIDA PÚBLICA é muito maior do que estão dizendo.

Dados mais completos indicam que a situação pode ser ainda mais grave do que o informado oficialmente. Segundo análises de mercado, ao incluir os TÍTULOS EMITIDOS E HOJE MANTIDOS NA CARTEIRA DO BANCO CENTRAL, o total da dívida se aproxima de 99% do PIB -quase 22 pontos percentuais- acima do número usado pelo governo. O dado, ou DOENÇA revela que a trajetória de endividamento segue piorando, com crescimento mais rápido que a economia e custo elevado para o Tesouro Nacional. 

O que os números oficiais não mostram

O cálculo tradicional da dívida pública considera apenas os títulos em circulação fora do Banco Central. Com isso, o percentual divulgado no fim de 2024 foi de 76,5% do PIB. No entanto, quando se incluem os títulos que estão no balanço da autoridade monetária — emitidos para cobrir déficits e usados em operações de política monetária — o índice salta para quase 100%.

Essa diferença metodológica faz com que o Brasil pareça menos endividado do que realmente está. Para comparação, os EUA têm dívida equivalente a 124% do PIB, mas usando a mesma metodologia aplicada internacionalmente, a brasileira ficaria muito mais próxima desse patamar.

Por que a dívida cresce mais que a economia

Entre 2015 e 2024, a relação dívida/PIB subiu de 65,5% para 76,5%. Houve um pico de quase 87% na pandemia, uma queda até 2022 e, desde então, uma nova alta. Nos últimos anos, a dívida cresceu até 15% ao ano, enquanto o PIB avançou em média 8%. O crescimento é agravado pelo déficit nominal, que já passa de R$ 900 bilhões considerando o pagamento de juros. Mesmo com superávits primários pontuais, eles não são sustentáveis e tendem a desaparecer com despesas represadas, como os precatórios.

Estrutura da dívida favorece custo alto

Outro problema é o perfil dos títulos emitidos. Ainda conforme o economista Fernando Ulrich, quase metade da dívida é atrelada à taxa Selic, o que encarece automaticamente o serviço da dívida quando os juros sobem. Apenas 21,6% é prefixada — o formato mais estável e usado por economias avançadas, que chegam a ter mais de 85% da dívida nesse tipo.

Além disso, o prazo médio dos títulos brasileiros é de apenas 4 anos na dívida interna, contra mais de 10 anos em países como Japão e Reino Unido. Isso obriga o Tesouro a refinanciar a dívida com frequência, aumentando a pressão sobre as contas públicas.

O papel do Banco Central no financiamento

Embora pouco discutido, o Banco Central vem absorvendo uma parcela crescente da dívida pública. Hoje, mais de 20% dos títulos emitidos estão em seu balanço — proporção maior que nos EUA. Isso significa que, indiretamente, a autoridade monetária ajuda a financiar o governo, ampliando o risco de pressões inflacionárias e reduzindo a credibilidade fiscal.

Esse acúmulo aumentou especialmente após 2014 e voltou a acelerar nos últimos dois anos, reforçando a percepção de que a dívida já está em um patamar crítico.

Ajuste fiscal como única saída

Economistas são unânimes: não há solução sustentável para a dívida pública sem controle de gastos. Cortar despesas, revisar o arcabouço fiscal e ampliar receitas de forma responsável são passos essenciais para retomar a confiança dos investidores e permitir queda consistente nos juros.

Se nada for feito, o Brasil pode enfrentar nova crise de confiança, encarecendo ainda mais o crédito e limitando a capacidade de crescimento econômico.