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MUNDIALISTA - 12.01.25


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Por Vilma Gryzinski - colunista de VEJA

 

Muitos brasileiros ainda se lembram do tempo em que ficavam “no Roosevelt” – o mastodonte de mais de mil quartos em Manhattan, feio de doer, mas muito bem localizado na Rua 45. Ontem foram demitidos quatro funcionários públicos que pagavam diárias no Roosevelt e outros hotéis para imigrantes clandestinos, em mais um caso de desperdício de dinheiro público, como ficou notório com a Usaid, o órgão de ajuda externa praticamente fechado pela dupla Elon Musk e Donald Trump.

 

E não era pouco dinheiro que ia para os hotéis. O último grande pagamento foi de 59 milhões de dólares, uma quantia impressionante por qualquer padrão que se use, inclusive os americanos. E mais complicado ainda por que desabrigados pelo furacão Helene, na região sul, e pelos incêndios de Los Angeles continuam a precisar de ajuda.

 

“O dinheiro que deveria ir para vítimas de desastres está sendo gasto em hotéis de luxo para ilegais”, proclamou Musk. O homem mais rico do mundo se jogou na missão de combate a desperdícios dada por Trump, numa combinação nunca vista antes – incluindo a entrevista em que ficou ao lado de Trump no Salão Oval, com o filhinho X olhando por trás da escrivaninha presidencial.

Em nome dessa tarefa, efetivamente fechou a sede da Usaid, levando ex-funcionários a depositar flores e fazer pequenas manifestações em frente.