Por Alex Pipkin
O maior feudo de todos da elite podre tupiniquim, o poder Judiciário, sistematicamente, tem demonstrado a sua farsa e sua conspiração humanista, em defesa da “democracia e do Estado de Direito”, entre outras causas progressistas.
O poder Judiciário, na figura de seu órgão supremo, por meio de sua ditadura da toga e de iniciativas contra as liberdades individuais, em especial, as liberdades de expressão e de pensamento, deseja criar, na narrativa e nos discursos, um mundo mais igualitário e justo para os brasileiros, mas (tá na moda!) continuar vivendo num olimpo exclusivo e diferenciado, muito distinto daquilo que proclama para os reles mortais.
Os semideuses togados do STF, aprovaram por unanimidade aumento de 18% a eles próprios e aos servidores.
Já não bastasse vinhos finos premiados e lagostas, desejam mais e mais, e mais penduricalhos e outras benesses.
Que país é esse? Num ato de pura insensibilidade, querem um aumento de 18% em seus rendimentos nababescos, totalizando R$ 46,3 mil. A pergunta que não quer calar é, quem ganha um aumento de 18% na esfera privada?
Na verdade, esse aumento irá produzir um efeito cascata absurdo, com reajustes generalizados. Importante frisar que o salário mínimo no país é pouco mais de R$ 1.200.
Esses ministros da capa preta, que não saem da bolha dourada, bondosamente, foram grandes incentivadores e avalistas dos lockdowns implementados por governadores e prefeitos, e que destruíram as economias, os empregos e quebraram milhares de empresas e de negócios.
Não importa, eles estavam no isolamento de suas casas, regados a vinhos e lagostas, na cidade, no campo ou nas praias.
Para o povaréu o desemprego e a fome, para eles a fartura econômica. Da boca para fora são celestiais!
A crise, que crise? Mesmo que os criadores de riqueza, as pessoas e as empresas estejam em mercados problemáticos, e são esses que por meio do empreendedorismo e da inovação geram desenvolvimento econômico, os agentes estatais não querem nem saber; “eu quero o meu!”.
A turma oligárquica de cleptomaníacos quer que o pobre se exploda, desejam um “novo mundo humanista” constituído de escravos, sem direito a pensar e dizer, e por vezes, sem poder trabalhar, porém, que carregue nas costas, e pare alguns momentos para encher as taças desses com vinhos premiados, trabalhando diuturnamente para sustentar essa elite escravagista. Nos nobres discursos, a narrativa é de defesa dos interesses das mulheres, dos negros e dos LGBTQIA+, o papel aceita tudo!
Legislam com primaz ativismo, expandido conceitos e definições para estigmatizar e condenar todos aqueles que se opõem às suas narrativas.
Da boca para fora, não são somente ferrenhos defensores do ativismo “woke”; do alto dos ares-condicionados de seus prédios e de seus gabinetes palacianos, proclamam o estrangulamento "ambientalista" do setor de energia, mesmo que em terras-verdes amarelas inexista infraestrutura e recursos, e ainda que muitas empresas pagadoras de impostos fechem às portas.
Neste lindo e nobre novo mundo da enfatizada democracia e do Estado de Direito, o objetivo real é o aumento da classe de escravos nacionais e, é claro, essa classe de togados, enquanto quer a servidão popular, deseja incrementar o seu paraíso celestial em terra firme. Simples.
Por Percival Puggina
Estava imaginando o que passou pela cabeça de um cidadão cubano quando tomou conhecimento da lista de convênios que Lula e sua comitiva assinaram com o governo de seu país na recente visita a Havana, espécie de Jerusalém do comunismo decrépito.
Há alguns anos, época em que muito debati com representantes dos partidos de esquerda, em especial membros de um muito ativo movimento de solidariedade a Cuba, ouvi deles que no Brasil existem miseráveis ainda mais miseráveis do que em Cuba. Eu os contestava dizendo que ninguém desconhecia a pobreza existente aqui, mas era preciso observar uma diferença essencial entre a situação nos dois países. Aqui, os pobres convivem com carências alimentares por falta de meios para adquirir alimentos; em Cuba, mesmo que o povo dispusesse dos meios, não teria o que adquirir porque a economia comunista, como se sabe, é improdutiva.
Esse é um dos motivos, dentre muitos outros, para que ninguém caia na balela de que o comunismo é bom para “acabar com a pobreza”. O que aconteceu com o setor açucareiro dá excelente exemplo. No final dos anos 1960, a URSS se dispôs a comprar 13 milhões de toneladas anuais de açúcar cubano, a partir da safra 1969/1970. O país produzia entre três e quatro milhões de toneladas, com tendência decrescente. Muitas atividades da ilha foram suspensas e comunistas do mundo todo foram trabalhar naqueles canaviais. Conseguiram sete milhões de toneladas.
Trinta anos mais tarde, quando fui a Cuba pela segunda vez, a safra 2002/2003 fora tão escassa que Cuba importava açúcar! Depois, a produção andou pela casa dos dois milhões de toneladas e no ano passado bateu em meio milhão. A história do açúcar é a história da balança comercial e do consequente déficit cambial cubano. Daí o pagamento não em dólares, mas em charutos ou “outras moedas” ... Daí também o motivo pelo qual, se você excluir estrangeiros residentes, turistas, membros da elite partidária e militar, a carência é generalizada.
Imagine então um cidadão cubano sendo informado pelos órgãos de divulgação do estado de que seu país firmara acordo com o Brasil sobre trocas de tecnologia e de cooperação técnica em agricultura, pecuária, agroindústria, soberania e segurança alimentar e nutricional, mudas, bioinsumos e fertilizantes, agricultura de conservação, agricultura urbana e periurbana; produtos alimentares prioritários para consumo humano e animal, reprodução de espécies agroalimentares prioritárias; uso eficiente da água, cadastro e gestão da terra e abastecimento agroalimentar. E mais biotecnologia, bioeconomia, biorrefinarias, biofabricação, energias renováveis, ciências agrárias, clima, sustentabilidade, redes de ensino e pesquisa (*).
Não sei se está previsto, mas se em tudo isso e em outros convênios também firmados, não ligados à produção de alimentos, o Brasil enviar cheque, pode escrever aí: vem charuto.
*Condensado de matéria da Agência Brasil – EBC, íntegra em https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-09/brasil-assina-acordos-de-cooperacao-em-varios-setores-com-cuba.