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28 mai 2009

RESPOSTA À ALTURA


REPERCUTINDO

A lamentável decisão do juiz da 4ª Vara Criminal de Canoas, RS, Paulo Augusto Oliveira Irion, que alegando não haver mais lugar nas cadeias mandou soltar os membros da quadrilha que roubava caminhões, segue repercutindo em todos os cantos do país e em alguns lugares mundo afora.

DISCRIMINAÇÃO

Além da enorme desmoralização sofrida pela polícia gaúcha, coisa muito inquietante, todos os presos que atualmente lotam as cadeias do RS foram brutalmente discriminados. Por uma questão de lógica e de igualdade, o juiz deveria soltar todos. Afinal, nada mais injusto do que escolher qual criminoso deve ou não ficar atrás das grades.

DEDUÇÃO LÓGICA

Não erra, portanto, quem conclui que a infeliz decisão do juiz significa que, daqui para frente, ninguém mais poderá ser preso até que novas vagas sejam abertas no sistema carcerário do RS. É mais do que lógica essa dedução.

PRISÃO ROTATIVA

Diante do grave problema os juízes da Vara de Execuções Criminais do RS, para ganhar a mesma fama que o pobre juiz já havia conquistado, resolveram reagir no mesmo tom repleto de infelicidade: adotar a prisão rotativa.

PRÊMIO

Assim, a partir do dia 1º de junho, 55 apenados com bom comportamento, que estão nos regimes semi-aberto e aberto, terão direito a dormir em casa 15 noites por mês. Em quatro meses, segundo a decisão, o benefício se estenderá a 200 apenados.

ESTIMULANTE

Ora, do jeito que as coisas estão sendo postas, quem ainda não iniciou no mundo do crime já sabe que é muito estimulante.

HOTÉIS

A partir da decisão tomada pelos juízes, em breve estaremos pagando diárias em hotéis para que presos desafoguem as prisões. Basta dizer que não têm onde morar. Uma mordomia e tanto, não? Maravilha, gente. Vamos cair fora daqui?

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27 mai 2009

NOTA ZERO PARA A DIPLOMACIA


VIAGENS AO EXTERIOR

A mídia brasileira, no que diz respeito aos resultados obtidos com as viagens do presidente Lula ao exterior, tem se expressado de forma sempre muito positiva, o que nos leva a entender que o Brasil está sendo muito considerado, invejado e bem reconhecido lá fora.

PROTOCOLAR

A repetição constante da frase proferida por Obama, ao dizer que Lula é o cara, dá uma boa idéia ao que estou me referindo. E é nesses casos que se nota a falta de percepção, mais por excesso de ingenuidade, de que o tratamento dado ao Brasil, assim como outros países, é protocolar, ocasião em que os elogios quase sempre abundam.

REVESES

Como já são inúmeras as derrotas colhidas por este governo no campo diplomático, (não na economia) já é tempo dos brasileiros perceberem que a história contada pela imprensa brasileira está repleta de falsidades e equívocos. A prova está nas nossas pretensões internacionais que não param de sofrer tantos reveses.

PARA RECORDAR

Recordemos algumas péssimas atitudes diplomáticas que marcaram o Brasil na paleta: 1- A aproximação perigosa e constante com Hugo Chávez. 2- O interesse recente de querer receber o presidente do Irã, o que acabou não acontecendo por detalhe.3- O inexplicável interesse em querer dar asilo ao criminoso italiano, Cesare Batistti, condenado pelo governo italiano por vários crimes. 4- O rumoroso e intrigante caso do integrante da alta hierarquia da organização terrorista Al Qaeda, que foi preso no Brasil há cerca de dois meses, segundo o Ministério da Justiça.

DERROTA E VEXAME

Agora, além da derrota sofrida junto a OMC na eleição para a vaga no Tribunal Internacional de Haia, a ministra Ellen Grace, indicada para o cargo, também foi vitimada por enorme vexame. Para disfarçar, o pretexto usado para rejeitar a escolha de Ellen Grace foi a sua pouca experiência comercial. Viram como funciona?

PAGAR O PATO

O que vai sobrar do episódio é conhecido: o governo vai gritar aos quatro ventos que o Brasil é perseguido pelos países do primeiro mundo. Para o povo, que tem baixo nível de escolaridade, nós seremos taxados de vítimas. Tal como acontece com o povo cubano, os americanos vão pagar mais esse pato.

PAÍS HOSPITALEIRO

Só para esclarecer a notícia do membro da Al Qaeda, até onde se sabe: O Ministério da Justiça informou que o homem, cujo nome não foi divulgado, já foi solto e que ele não deve ser expulso do país. Entre os supostos motivos para permitir a permanência dele aqui, segundo fontes do Ministério, estaria a comprovação de estabilidade no país, como o casamento com uma brasileira. Brasil: País hospitaleiro. Que tal?

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26 mai 2009

TURISMO DE NEGÓCIOS


ATRAÇÕES TURÍSTICAS

Atrações turísticas, para quem está a fim de lazer, infelizmente são muito escassas no RS. Daí a razão para quem aporta no Estado se destinar praticamente às cidades de Gramado e Canela, na Serra Gaucha. E mesmo assim, a neve, artigo mais vendido durante o inverno na região, os visitantes nunca recebem, apesar dos esforços da mídia.

PRODUTO TURÍSTICO

Enquanto nada acontece para tornar o RS mais atraente, o turismo de negócios é o único caminho a trilhar. Para tanto, porém, só com eventos suficientes os investidores do ramo hoteleiro e afins podem se interessar. O Projeto Cais Mauá, dependendo da Câmara Municipal de Porto Alegre, pode vir a ser um produto turístico que o RS tanto necessita.

ANDAR DA CARRUAGEM

Mas, pelo andar da carruagem (ipsis literis para um Estado atrasado e provinciano), muita coisa precisaria acontecer antes que o RS possa atrair visitantes honestos, decentes e de boa formação. Principalmente, atitudes vindas do setor público.

VIDA FÁCIL

Ladrões de caminhões e outros safados, por exemplo, são muito bem-vindos no RS. Para gente desse tipo a oportunidade para o turismo de negócios é a melhor possível. Além da vida fácil e promissora, a polícia gaúcha, a partir de ontem, promete nunca mais importunar os meliantes.

PODER JUDICIÁRIO

Simplesmente, porque um representante do Poder Judiciário, o juiz Paulo Augusto Oliveira Irion, da 4ª Vara Criminal de Canoas, RS, decidiu que não deveria prender uma quadrilha composta de 15 elementos, desbaratada pela Polícia gaúcha, por furto de mais de cem caminhões.

VITÓRIA DOS BANDIDOS

Alegando a estúpida razão de que os presídios do RS estão lotados, o péssimo representante do Judiciário preferiu deixar soltos os bandidos. Ora, ora, como os presídios existentes e a existir jamais serão suficientes para tanta roubalheira no Estado e no país, daqui para frente ninguém será mais detido. Viva! Os bandidos, decididamente, venceram.

ESTADO FAMOSO

O RS, aqui entre nós, está ficando cada dia mais famoso. Representantes do setor público de todos os Poderes não saem das manchetes da mídia nacional e internacional.Exemplos recentes estão aí para confirmar tudo isso: No Legislativo, um deputado gaúcho já ganhou fama ao afirmar que está se lixando para a opinião pública; No Executivo, uma CPI está sendo discutida; e, no Judiciário um juiz abona a atitude de bandidos. Bom para o turismo. Várias atrações, não?

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25 mai 2009

O MUSSOLINI TROPICAL


GRITAR

Foi preciso o ditador venezuelano expropriar três empresas siderúrgicas argentinas, que integram o Grupo Techint, para que os empresários portenhos começassem, finalmente, a gritar e reclamar do governo Kirchner que anda cheio de amores e bastante conivente com as preocupantes atitudes do ditador.

SILÊNCIO INCOMPREENSÍVEL

Desta vez a impressão é de que lá a ficha finalmente caiu. Os empresários parecem ter acordado. Desde 2003 que não se manifestavam, coisa totalmente incompreensível pelo estilo dos hermanos. O curioso é que os Kirchner jamais guardaram segredo da afinidade que têm para com a ideologia e as atitudes de Hugo Chávez.

APOIO TOTAL

Vejam que na semana passada, em El Calafate, Chávez declarou total apoio à reeleição de Cristina. Agora, com a expropriação anunciada, os empresários argentinos já se convenceram de que o pensamento e os interesses dos Kirchner é o mesmo de Chávez. São coniventes.

BABACAS

Como já me manifestei por diversas vezes sobre o risco que representa para o Mercosul o Mussolini Tropical, título dado pelos argentinos ao ditador venezuelano, creio que os empresários brasileiros também deveriam sair do silêncio. Caso contrário serão tão babacas quanto foram os argentinos. Portanto, antes de ver algumas de nossas empresas serem também expropriadas é melhor fazer coro contra a entrada da Venezuela no Bloco.

NOVO FORO DE SÃO PAULO

É sempre bom lembrar que grande parte dos países latinos têm presidentes afinados e com assento no Foro de São Paulo. O Brasil inclusive, onde o PT até é fundador da organização comunista. Esse grupo é que está fazendo de tudo para transformar o Mercosul no novo FSP.

BNDES

Chamo a atenção pela enésima vez, embora saiba que muita gente ainda vê exagero nos meus comentários, porque na semana passada, em Caracas, ou seja, no exato momento em que expropriava empresas argentinas e outras mais, Hugo Chávez se encontrava com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e pedia apoio financeiro a projetos que estejam sendo tocados ou que venham a ser desenvolvidos por empresas brasileiras naquele país. Sabem o que irá acontecer depois de concedido o empréstimo? Vamos assistir a expropriação das empresas brasileiras que lá atuam. Viva!

FASCISMO

Têm razão os argentinos. Hugo Chávez não se parece nem um pouco com o revolucionário Simon Bolívar, como prefere ser comparado. Ele está muito, mas muito mais identificado com o ditador Benito Mussolini, criador do fascismo. Daí ter ficado bem apropriado o título que lhe deram de Mussolini Tropical.

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21 mai 2009

BEM MAIS CONFIANTES


BOA NOTÍCIA

Nestes últimos dias, o que mais se ouve por aqui, inclusive deixando muita gente bem mais confiante, é de que a crise financeira e econômica já começa a dar sinais de arrefecimento. E que no segundo semestre a economia deverá mostrar números mais alentadores. Tomara.

ALMOÇO GRÁTIS

Notícia boa precisa ser sempre festejada. Mesmo assim é importante informar, para que não paire qualquer dúvida, de que não existe almoço grátis. Ainda que muita gente continue teimando com esta lógica, o fato é que em algum momento a conta precisará ser liquidada.

EFEITO COMPLICADO

Esse grupo é formado, principalmente, por pessoas portadoras de um doentio (exagerado) pensamento positivo, cujo sintoma é a ausência total de raciocínio e realismo. E o efeito produzido pela doença é complicado: leva a imaginar e ter a esperança de que na hora ? H - aparecerá um ser celestial para resolver o problema.

MILAGRES E MITOS

Governantes que criam despesas acima dos valores arrecadados pelos impostos estimulam o sentimento desse grupo doente. Sabem que o povo, pela sua baixa educação e falta de discernimento, acredita em milagres e constrói mitos. Um deles é de que o caixa governamental está sempre abarrotado de dinheiro e que os recursos são ilimitados.

NOS COFRES

Agora, diante desta devastadora crise financeira mundial, há quem imagine que os fantásticos recursos aportados pelos mais diversos governos mundo afora, disponibilizados para socorrer as instituições financeiras quebradas, estavam guardados nos cofres esperando um momento de crise para serem usados.

ORÇAMENTOS

Ora, esta forma de pensar é totalmente equivocada. Governos, como pessoas e empresas, vivem da mesma forma: de seus orçamentos. Ou seja, de recursos arrecadados em impostos para satisfazer as despesas estabelecidas de acordo com as demandas da sociedade.

EMISSÕES

Tudo aquilo que foge ao orçamento, caso não sejam vendidos alguns ativos, só pode ser sustentado por emissões de moeda, que pode ser na forma de títulos governamentais (moeda a prazo) ou na forma de papel-moeda (moeda à vista). Ambas as formas significam endividamento do governo.Como milagres de multiplicação de dinheiro inexistem, muitos governantes desse mundo recorreram às emissões para socorrer instituições financeiras falidas. Estas fantásticas somas precisarão ser devolvidas, caso contrário a inflação (contrapartida das emissões) formará uma segunda onda de pavor econômico.Portanto, como bem informa o economista Paulo Rabello de Castro, esta nova euforia que está tomando conta do mercado é alimentada pelas autoridades monetárias dos principais países com uma quantidade sem precedentes de moeda, emitida para financiar as operações de socorro.

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20 mai 2009

O EFEITO TÉCNICO


ERRATA

CORREÇÃO: No artigo publicado ontem, 19, com o título IMPEDIDO POR LEI, ao digitar a taxa anual, capitalizada, da Caderneta de Poupança, a informação numérica saiu errada pela falta de um algarismo intermediário. Onde constou a taxa de 6,7%, o correto é 6,17%. Desculpem a falha.

SETORES BEM ADMINISTRADOS

Responda rápido: quais setores públicos o Brasil se destaca pelos acertos e vem ganhando enorme credibilidade mundo afora? Quem respondeu que foi onde o governo não colocou políticos nos cargos acertou na mosca. Onde só trabalham bons técnicos o sucesso é quase sempre certo.

FINANCEIRO E AÉREO

Como sabemos muito bem, os setores -

Financeiro e Aéreo

estiveram às portas da falência e cheios de problemas. Depois que passaram por grandes e boas reformas conseguiram dar uma importante volta por cima e os resultados aí estão para serem comemorados.

FINANCEIRO

A reforma do setor financeiro, promovida no governo FHC, foi tão importante e correta que, diante da estupenda crise financeira global o mundo todo está com inveja do Brasil, que está surfando maravilhosamente na onda que já derrubou e afogou centenas de instituições financeiras.

INFRAERO

A reforma da Infraero, bem mais recente, providenciada no governo Lula, também já dá sinais de grande efetividade. Depois do portentoso caos do sistema aéreo, os passageiros já começam a se manifestar com sinais de maior satisfação e menor reclamação.

TÉCNICOS

E como isto foi feito? Como foi possível? Muito simples, gente: sem políticos à frente dos cargos onde só técnicos muito bem preparados podem oferecer algum resultado, não tem como não haver melhoras.

RESULTADOS

No BANCO CENTRAL, por exemplo, não há políticos. Como a economia e o caixa não têm ideologia, só gente tecnicamente competente e focada pode fazer melhor. Ali não há nem pode haver compromisso de agradar quem quer que seja. Por isso não há o que reclamar do trabalho de Henrique Meirelles e sua equipe.Na INFRAERO, o mesmo acontece com o ministro Nelson Jobim, que não admitiu a entrada de nenhum político na área para evitar os maus resultados que a crise dos aeroportos mostrou. O resultado aí está: o stress acabou assim como as reclamações diminuíram para níveis abaixo da linha normal.

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