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13 mar 2009

ALGO A COMEMORAR


VIDA NADA FÁCIL

Quem acompanha mais de perto a vida da governadora Yeda Crusius, do RS, sabe que não tem sido nada fácil administrar o Estado gaúcho cheio de privilégios. Mesmo assim, quanto maiores são os ataques de seus opositores, mais a governadora mostra fibra e coragem no enfrentamento.

OS ALGOZES INJUSTOS

Seus opositores (principalmente os petistas) não param de acusar a governadora Yeda e seu partido de uma série de sujeiras e ilegalidades. Além de não apresentar mínimas provas são os próprios algozes que vivem propondo, exigindo e aplaudindo uma série de coisas absurdas carregadas de incompreensíveis injustiças.

AFIRMAÇÃO COMPLICADA

Um desses opositores, o deputado petista Daniel Bordignon, que por sinal teve a sua candidatura à Prefeitura de Gravataí cassada, se saiu com a seguinte afirmação, ontem, no plenário da Assembléia Legislativa do RS, momentos antes da votação que definia os necessários descontos de salário, referente aos dias em que os grevistas não trabalham: - Não fiquem ao lado daqueles que são contra os trabalhadores. Vocês têm uma origem popular na luta, e aqui, existem sindicalistas, lutadores e homens do povo que estão sendo punidos. A quem interessa essa punição, senão à governadora?

DEFENDENDO O INDEFENSÁVEL

Em síntese: dentro da lógica petista, o deputado Bordignon, pelo que declarou, entende que os professores que não aderiram à greve são grandes idiotas. Aqueles que não aderem às greves, para o petista, não são trabalhadores. Ora, pro inferno com este tipo de consciência.

VIVA O NEOLIBERALISMO

Não satisfeito o deputado ensandecido ainda emendou dizendo que o governo Yeda é burguês e essencialmente neoliberal. Ora, pelo fato de ser justo na medida o governo Yeda é neoliberal? Bem, se é por aí já temos razões de sobra para darmos um - Viva! - ao neoliberalismo.

VITÓRIA DA DECÊNCIA

O que mais importa, enfim, é que, felizmente, no final das contas, com 27 votos a favor e 21 contrários, os deputados gaúchos decidiram manter o corte do ponto da categoria. Diante de tanta coisa ruim no RS, pelo menos já há algo a comemorar.

UM BOM INDÍCIO

Embora preocupe o fato de que 21 deputados votaram contra, ou seja, entendem que grevistas devem ter o ponto abonado, o que é pra lá de indecente, o fato é que esta decisão pode e deve ser seguida por outros legislativos. Tomara. Se a conquista é pequena diante de tanto descalabro, ao menos já é um bom indício.

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12 mar 2009

A CONTRAPARTIDA


PEDIDO DE OTIMISMO

Depois do anúncio da queda do PIB, o presidente Lula reagiu com um pedido de otimismo aos empresários, ontem, durante um evento. Ora, diante de tanta espontaneidade, mesmo que Lula não tenha me feito a mesma solicitação, me antecipo propondo a empunhar a bandeira.

BANDEIRA

Mas, antes de me declarar publicamente um otimista, e como os empresários ficaram sem palavras diante do presidente, proponho uma contrapartida: quero que Lula, com o mesmo entusiasmo com que discursou na ocasião, que empunhe a bandeira das reformas e a bandeira da redução drástica da carga tributária. Será que ele vai topar?

COM CAUSA

Com essa compensação, que me parece muito justa, honesta e correta, posso afirmar que os resultados seriam extremamente fantásticos para o país. Seria o bastante para que ficássemos, todos, exageradamente otimistas. Com causa, o que me parece mais importante.

COPOM

Ontem, depois de tanta pressão e inúmeros apelos da sociedade, o COPOM, finalmente, resolveu promover uma queda de 1,5 ponto percentual da taxa Selic. Maravilha, não? Pois continuo afirmando que, embora o corte tenha sido importante, não é aí que está o nosso maior problema.

CAUSAS INTACTAS

Tal qual um bando de baratas tontas, grande parte dos brasileiros, de todas as classes sociais, continua pedindo que o governo aja contra as consequências deixando, como de praxe, totalmente intactas as causas das nossas dificuldades.

O NOSSO CANCRO

Antes, mas muito antes de atacar os juros, o que o Brasil precisa mesmo é de uma decisiva redução da carga tributária. Aí é que reside o nosso cancro. A taxa básica, embora elevada, custa quase nada se comparada com a nossa carga de impostos. Trata-se de 11,25% contra 37%. Só por aí já dá para sentir qual é o mais danoso, não?

FLAGELO DUPLO

O Senado brasileiro, pelas fantásticas atitudes de seus ocupantes nos impõe, sistematicamente, dois tipos de flagelos:1- a forma pra lá de lamentável com que gasta o dinheiro dos contribuintes em benefício de seus ocupantes, sem o mínimo de honestidade e consideração; 2- a aprovação de leis absurdas que proporcionam rombos enormes e impensáveis nas contas públicas. Um flagelo duplo, insisto.Exemplos recentes: o caso do pagamento das horas-extras em período de recesso explica o primeiro trauma. E a sugestão do senador Sérgio Zambiasi, de que os mutuários de financiamentos habitacionais de interesse social fiquem isentos da consulta ao SPC. Fantástico, não?

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11 mar 2009

INFELIZMENTE, NÃO É NO BRASIL


NOTÍCIA IMPORTANTE

Ontem, no espaço destinado às notícias (Market Place), publiquei uma informação que reputo de enorme importância. Cheguei, inclusive, a imaginar que a mesma receberia boa atenção por parte dos jornais e emissoras de rádio e televisão, o que, para minha surpresa, não ocorreu.

ATITUDE CORAJOSA

Diante dessa nula reação volto ao assunto para, ao menos comentar a corajosa atitude que alguns países da Europa estão tomando, qual seja a de reduzir os salários dos funcionários do setor público, para enfrentar a crise econômica mundial.

VÁRIOS PAÍSES

O primeiro país que tomou a medida foi a Irlanda, seguida imediatamente pela Letônia e Hungria. É provável que a Romênia seja obrigada a fazer o mesmo, para conseguir ajuda do FMI e de seus parceiros da União Européia. Segundo a nota, a medida poderá ser seguida também por outras regiões, caso a crise se agrave ainda mais.

IRLANDA

O governo da Irlanda, por exemplo, cortou mais de 7% da remuneração, através de um mecanismo para financiar aposentadorias. E, como era esperado, provocou grande manifestação pública em Dublin, reunindo mais de 120 mil pessoas.

OUTROS PAÍSES

A Letônia decidiu baixar os salários em 15%, o que provocou a queda imediata do governo. A Hungria simplesmente acabou com o décimo-terceiro salário para os funcionários públicos. A Alemanha, por enquanto, não fala sobre o assunto. E na França, o governo diz que na verdade haverá aumento no poder de compra dos empregados públicos.

MANTER A COMPETITIVIDADE

A propósito: o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, vem defendendo a redução dos salários do funcionalismo, segundo informa o Le Monde. Para ele, isso é ainda mais necessário em países em dificuldades, como tentativa de manter alguma competitividade.

CALOTE

Como a Irlanda está com as contas públicas deterioradas, os credores estão em pânico. A probabilidade do país vir a dar um calote da dívida é muito grande. O endividamento líquido hoje já atinge cinco mil euros por habitante, a maior taxa entre os países europeus. Embora a nossa situação esteja bem melhor, a ideia de reduzir salário de funcionários que ganham muito é oportuna. Quem sabe começamos por aí?

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10 mar 2009

É A HORA DE AGIR


SEM SENTIDO

Volto a insistir: o desempenho da nossa economia, diante desta grave crise mundial, não suporta mais aquelas surradas manifestações de sentimentos de pessimismo ou otimismo. Isso não tem o menor sentido, assim como acender velas e rezar também não faz as coisas melhorarem.

COMPRAS SELETIVAS

Por ser muito preocupante, o momento atual está exigindo compreensão, frieza e muita ação. É preciso reconhecer que a redução das atividades é motivada pelo novo comportamento assumido pelos consumidores. Com muito medo e bastante cientes de que a euforia acabou, passaram a fazer compras bem mais seletivas.

NOVO DESEJO DE CONSUMO

Diante desta indisfarçável e pura realidade não adianta, repito, se dizer otimista para que as coisas comecem a melhorar. Sem ações que visem despertar um novo desejo de consumo nada acontece. E mesmo assim os riscos dos negócios serão, por algum tempo, bem mais elevados.

A CRISE É REAL

A notícia de hoje, de que o PIB do último trimestre de 2008 apresentou queda de 3,6% mostra que a crise é real. O número ruim do período simplesmente neutralizou o desempenho total de 2008, em que o crescimento do PIB chegou a 5,1% em relação ao ano anterior.

PASSADO

O que pode nos animar daqui para frente é o que ainda pode ser feito de bom a partir de abril. Até porque os números de 2008 já fazem parte do passado. Assim como os números do primeiro trimestre de 2009, quando o desempenho da nossa economia será igualmente negativo.

TRIBUTOS

A janela que permite uma correta visualização do nosso futuro descortina, com clareza, que todo sucesso possível depende de reformas que possam produzir uma decisiva redução de custos governamentais. Sem ações efetivas não há como esperar uma queda da carga tributária. Atenção: só pagaremos menos tributos quando houver uma reforma drástica na Previdência, na legislação Trabalhista e na simplificação tributária. Para começar.

DISCERNIMENTO

E, se possível, tentar alguma forma que permita haver uma redução do índice de corrupção, do desperdício e da burocracia. Sem estas mínimas atitudes não há como alguém ser otimista. A não ser que lhe falte um mínimo de discernimento.

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09 mar 2009

O MELHOR RELATIVO


MENOS DEVASTADOR

Embora o Brasil também esteja sofrendo com os ventos fortes da crise global há razões concretas para admitir que, por maiores que sejam os danos por aqui, o drama pode se apresentar como menos devastador se comparado com os estragos já percebidos nos países mais desenvolvidos.

RISCO BAIXO

Considerando que a causa maior da crise está localizada no sistema financeiro, onde a inadimplência é descomunal, aí o Brasil não tem como ser afetado. Como o nosso forte nunca foi a concessão de crédito, e os ?spreads- bancários são muito altos, o risco de uma falta de liquidez bancária por aqui é baixíssimo.

PAÍSES EMPOBRECIDOS

As terríveis consequências da crise, que muito nos afetam, estão centradas na falta de crédito internacional e nas importações por parte dos países de primeiro mundo. Por motivos óbvios, os países mais desenvolvidos, anteriormente chamados de países ricos, estão agora bastante empobrecidos.

PREJUÍZOS

Os prejuízos revelados por grandes bancos internacionais, assim como as perdas de importantes empresas transnacionais, já retratados pela desvalorização impressionante dos seus ativos, dizem bem o quanto não têm condições de ofertar crédito (nem para os seus) e/ou importar produtos e serviços dos países menos desenvolvidos.

SOFRER MENOS

Muita atenção, portanto, gente: sofrer menos, em termos relativos, diante de uma crise monstruosa como esta continua sendo uma coisa muito séria. O que faz do Brasil um lugar mais seguro, como muita gente vem sugerindo, não nos exclui dos prejuízos enormes que também vamos sofrer.

PONTOS DE ACERTO

Embora sabido é sempre bom repetir os principais pontos que tornaram o Brasil um país menos vulnerável diante das conseqüências acima apontadas: 1- O Brasil exporta algo como 14% do PIB. Desta forma o impacto das vendas externas será pontual e não geral;2- O crédito no Brasil representa 40% do PIB, aproximadamente. Ou seja: como o país não é forte na concessão de crédito, os nossos bancos estão capitalizados;3- O Brasil, felizmente, fez um bom tema de casa na área da macroeconomia: adotou o sistema de câmbio flutuante, criou as metas de inflação e fez um decisivo saneamento das instituições financeiras. O resultado dessas providências foi substancial para elevar em muito as nossas reservas internacionais.

PROVIDÊNCIAS OMITIDAS

Tais providências (muito importantes), no entanto, ainda são insuficientes para blindar o país dos efeitos da grave crise mundial. Precisamos fazer muito mais, tanto para evitar mais sofrimentos quanto para qualificar o país para enfrentar a competição global quando a crise passar. É aí, gente, que não estamos agindo. Sem fazer a reformas, além de ficarmos mais vulneráveis vamos deixar que outros países larguem na nossa frente com em enormes vantagens quando a crise cessar.

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06 mar 2009

O GRANDE CULPADO


DISCURSOS

O presidente Lula adora fazer discursos. Quando a oportunidade aparece fala pelos cotovelos. Agora, então, que se convenceu de que a crise chegou pra valer no Brasil, o que mais tem feito, nos seus pronunciamentos diários, é apontar os grandes culpados pela desaceleração da nossa economia.

SETOR DECENTE

O que mais impressiona é que até o presente momento Lula só enxergou responsáveis no setor privado e no mercado. No seu governo, onde as despesas crescem absurda e irresponsavelmente, o presidente não comenta o descalabro e o crime. Para ele, se existe um setor bem comportado, decente e correto este é o Setor Público. É duro, não?

CRESCIMENTO DAS DESPESAS

De forma muito irresponsável, Lula jamais cita, por exemplo, que os gastos da União com o funcionalismo e com outras despesas correntes cresceram a um ritmo bem superior ao dos investimentos no primeiro bimestre deste ano. Só em janeiro e fevereiro deste ano (2009), o governo federal gastou R$ 27,547 bilhões com pessoal e encargos sociais, 23% a mais do que nos dois primeiros meses de 2008, ao mesmo tempo em que elevou as despesas com investimento em 16%, para R$ 2,248 bilhões.

IRRESPONSÁVEL

Já outras despesas correntes, como benefícios do INSS, custeio da máquina e programas como o Bolsa Família, subiram 41% no período, para R$ 91,587 bilhões. Justamente num momento marcado pela queda das receitas do governo. É óbvio que nesta toada o governo só terá uma saída: cortar investimentos, que no primeiro bimestre de 2009, com recursos do Orçamento deste ano subiram tão somente 7,4% do total. Isto, nos seus discursos enlouquecidos, Lula não aponta como irresponsabilidade ou culpa pela crise. Ao contrário, cheio de razão ainda afirma que não vai cortar despesas.

INTEGRAÇÃO

O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, que nutre uma indisfarçável simpatia pelo comunismo, coisa mais do que sabida, disse, ontem, que a integração dos países da América do Sul pode ser uma resposta da região à crise financeira internacional.

CADERNOS DO CÁRCERE

Ora, como representante do PT nas reuniões da organização comunista Foro de São Paulo, Garcia aproveita a crise para oficializar a união dos países latinos que já praticam o que Antônio Gramsci defende na sua obra: Os Cadernos do Cárcere.

O PREGADOR DA UNACOM-SUL

Tome-se por base que tais ensinamentos, defendidos e operados por mais de 50 anos pelo grande líder comunista Fidel Castro, já estão sendo muito praticados por Chávez (Ven), Soares (Equ), Morales (Bol), Ortega (Nic), Kirchner (Arg), Lugo (Par), etc. Desta forma, o que Marco Garcia está pregando é a definitiva formação da UNACOM-SUL - União das Nações Comunistas da América do Sul. Viva!

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