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13 set 2005

PERSONALIDADE MARCANTE


CARLOS MURGEL

Certas pessoas têm um significado especial para cada um de nós. São aquelas que cultivamos sempre pelas ótimas lembranças e a quem damos crédito pelas coisas boas que nos proporcionaram. O interessante é que estas personalidades marcantes não precisam estar exatamente entre os amigos com quem mais temos contato. Mas estão sempre entre aqueles a quem queremos bem. Quando recebemos a notícia de que deixaram esta vida, já ficamos imediatamente mais saudosos. Esta certeza se revela mais ainda quando lamentamos a perda. Sem usar os anteparos dos cínicos protocolos que a vida social reserva a muitos dos presentes nos velórios.

NOVA JORNADA

Carlos Murgel, diretor presidente da Forjas Taurus é uma dessas pessoas marcantes na minha vida. Foi o primeiro a acreditar nas minhas convicções. Confiante, fez questão de assinar por muito tempo, com a marca Taurus, as minhas opiniões liberais. Acreditou seriamente no meu trabalho. Fez, no entanto, uma forte ressalva ao conceder a assinatura comercial da Taurus nos meus programas: -

Quando mudares de lado estarei fora. Não haverá razão alguma para a Taurus continuar contigo

-. Falecido ontem, Murgel, tenho certeza, não partiu decepcionado. Grato pela confiança, Murgel. Que continues como personalidade marcante também na nova jornada. Adeus.

DISCRIMINATÓRIO

O Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial ?ETCO- está se mostrando uma instituição altamente discriminatória e carregada de sentimento de perseguição. Ataca tão somente a pirataria e o contrabando de cigarros, DVDs, CDs, periféricos e outras bugigangas. E tem foco, principalmente, na fronteira com o Paraguai, pelo visto. É uma pena que seja assim, pois está deixando de examinar, informar e perseguir, junto com os nossos governantes, as verdadeiras razões da existência destes atos ilegais.

ALTA TAXAÇÃO

A pirataria e o contrabando só existem quando um país exagera nos tributos. Produtos mais tributados são aqueles sempre mais sugestivos para quem quer ganhar algum dinheiro. Está tudo muito claro: os mais sugestivos são os produtos mais taxados. Portanto, ao conceder um desconto, ao comprador, de uma parte do imposto que deixa de ser pago, a vantagem para ambos os lados do negócio já é excepcional. Vale o risco. Considerando ainda que o sistema de fiscalização não é muito severo, mais atraente fica a ilegalidade.

CÓRNER

Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, pirataria é o ato de praticar roubo, extorsão e patifaria. Ora, se a extorsão está inserida no significado, o cartel também está entre os crimes que afeta o espírito concorrencial. Como os postos de combustíveis praticam abertamente a extorsão pelos preços cobrados, qual a razão para tanta perseguição para com àqueles que vendem DVds e Cds? O ETCO precisa rever com urgência a sua posição e entrar para valer naquilo que está deixando toda a sociedade em córner.

LEI ELEITORAL

Por favor, não confundam esta proposta de uma nova Lei Eleitoral, já aprovada no Senado e que tem muitos furos, com uma necessária Reforma Política, que sequer começou a ser feita. Embora seja razoável mexer nas regras que definem procedimentos de candidatos é importante que não se estabeleça, a partir das mudanças, um princípio de censura. Além disso, sugiro que, ao invés de verbas públicas para custear campanhas (que tem origem nos impostos pagos pelos cidadãos), que os recursos continuem sendo obtidos por doações empresas e pessoas físicas. Mas, que passem a ser todos, obrigatoriamente, depositadas no Fundo Partidário. Seria mais transparente. Os doadores, por sua vez, poderiam ter o direito, (e não o dever) de indicar suas preferências por candidatos e partidos. Sendo tudo pela via nominal, não haveria razão para suspeitas.

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12 set 2005

LIÇÕES DE POLÍTICA E ECONOMIA


OLHOS BEM ABERTOS

O mundo ocidental sempre disse que os japoneses têm os olhos entreabertos ou rasgados. Espero que esta percepção não se confunda com alguma falta de visão. Até porque lá no Japão as coisas mostram ser bem diferentes. O fato é que, apesar das aparências, eles acabam de nos dar mais uma prova de desenvolvimento e inteligência. Foram várias lições numa só aula ou atitude tomada pelo primeiro-ministro Koizumi ao convocar eleições no Parlamento. Lições de democracia, de política e de economia para países como o Brasil, que vive sofrendo economicamente, e pena muito politicamente há muitos e muitos anos.

LIÇÕES FANTÁSTICAS

A primeira lição dada pelos japoneses foi mostrar a eficiência e o acerto do sistema parlamentarista. A segunda foi por ter prevalecido, na eleição de ontem, a vontade do premier na privatização do Correio. A terceira, que o povo acabou por fazer um plebiscito afirmativo, ao dar a Koizumi o número de cadeiras para que o projeto de privatização aconteça. Maravilha, gente. A atitude corajosa, equilibrada e sensata, de Junichiro Koizumi, foi francamente apoiada pelo povo japonês.

VIVA KOIZUMI

O que vimos ontem e está repercutindo hoje é simplesmente fantástico e digno de ser levado a todos os livros de economia e política do mundo todo. Principalmente para países vacilantes e subdesenvolvidos, como o Brasil. O dinheiro que estamos gastando com o plebiscito sobre a venda de armas, que é uma enorme imbecilidade, deveria ser aproveitado para que o povo pudesse esclarecer o que deveria acontecer com os nossos políticos e com o nosso falido sistema de governo. Viva o Japão. Viva Koizumi.

CONFIRMAÇÃO DA BURRICE

Para confirmar as nossas necessidades, vejam só a frase, muito curiosa, escrita certamente por ignorantes num dos muros da cidade: - É preciso libertar o Brasil e construir o comunismo. ? Ora, quem escreveu a besteira mal sabe que o comunismo constrói o isolacionismo. Mais: acaba definitivamente com a liberdade. Os exemplos estão aí para serem vistos e comentados. Isto ninguém pode mais dizer que não sabe. Liberdade se faz com capitalismo, nunca com socialismo ou com mercantilismo, coisa que só existe por aqui. Benza Deus.

A RESPOSTA DO MERCADO

Os jornais estamparam o mau resultado colhido pelo segmento de máquinas agrícolas na Expointer 2005, assim como destacaram o bom resultado na venda de animais. Até aí tudo bem. O que não me conformo é com as explicações. Todos atribuem à estiagem a queda das vendas de máquinas. Nada disto. As vendas feitas em anos anteriores, muito significativas, supriram o campo por um bom período. Ainda mais com o uso do Moderfrota, pelo BNDES. Agora, depois de bem abastecido, o setor pára de comprar por algum tempo. A estiagem até contribuiu para alguma redução das vendas, mas não do tamanho mostrado.

OS DETRATORES

Volto, mais uma vez, a mostrar quem são e como agem os governantes e certos empresários do RS. Com o anúncio do absolutamente necessário aumento dos combustíveis, pela Petrobrás, motivado pelo aumento dos preços internacionais do petróleo, os gaúchos foram à lona. Tanto os moradores quanto os visitantes. Enquanto a refinaria aumentou em 10% a gasolina e 12% o diesel, o governo do RS lavou as mãos e não quis compensar com a diminuição do ICMS. Os empresários de postos, mais uma vez, entenderam que deveriam aumentar a gasolina em 12,5% nos postos. Para manterem a mesma margem brutal, anteriormente praticada, bastaria aumentar em 5%. Resolveram tripudiar. Isto é ou não um cartel?

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09 set 2005

GRAÇAS AO AJUSTE MACROECONÔMICO


SENSATEZ INESPERADA

Mesmo com um crescimento abaixo da média dos países latino-americanos, ainda assim precisamos festejar os pequenos avanços apresentados pela nossa economia. Gente, com toda a clareza: só não estamos pior no todo, graças ao ajuste macroeconômico feito nos últimos anos. Felizmente, o governo atual, apesar das críticas dos detratores de seu próprio partido, mantém a correta política econômica, que vem sendo firme, persistente e, o mais importante, continuada. Os sensatos jamais imaginaram que isto fosse possível no governo Lula. E os insensatos deploram o que ainda nos sustenta. A alegria, portanto, não é pelo crescimento que precisamos, mas pela credibilidade conquistada que deixou o setor privado bem mais confiante.

PLANOS FRACASSADOS

Não fosse a política econômica adotada pelo governo, qual seria a situação do Brasil, atualmente? Esta pergunta o mercado procura responder todos os dias. E, para tanto, leva sempre em consideração as pressões enormes e constantes que os mais diversos setores da economia fazem para que a tal política seja mais branda. Note-se que são as mesmas pressões, constantes, que desde sempre acontecem por aqui, e que explicam a inexistência de um plano econômico vencedor, entre tantos tentados, testados e fracassados.

O MAIOR PECADO

Os erros cometidos ao longo dos tempos, cá entre nós foram incontáveis, assim como a maioria dos planos também foram pífios. Mas, o maior pecado, sempre cometido em todas as tentativas, foi permitir que as causas dos nossos problemas permanecessem intactas. Mal preparados, e mal explicados, tanto os governos quanto os programas, sempre deram a entender que poderiam se resolver por si. Por isso os fracassos acabaram por ser debitados só aos planos, o que é um erro imperdoável. Como se isto não bastasse, a nossa paciência se esgotou sempre antes que algum resultado, por menor que fosse, pudesse aparecer.

PREMISSAS BÁSICAS

Hoje, felizmente, já não há espaço para planos econômicos. Vivemos uma fase mais voltada para políticas econômicas, as quais têm o compromisso sempre temporário de promover um controle efetivo da inflação e das contas públicas, e que possa nos levar a algum crescimento e desenvolvimento. Mas, de novo, não há política que, sozinha, seja capaz de dar solução aos problemas do país. Nós dependemos das premissas básicas para dar sustentação a qualquer programa de governo. Como negamos, dia após dia, o ataque às causas do nosso subdesenvolvimento, e da cura dos nossos problemas, sempre empurramos com a barriga o cumprimento destas premissas. Sem elas, é preciso que se entenda isto com urgência, os planos e políticas econômicas estarão sempre condenados ao fracasso. E mais: a cada dia que passa esta falta de solução aumenta mais ainda o custo-país, o que dificulta muito a equação da solução.

NÃO HÁ PLANO SEM CAUSA

Premissas são as reformas estruturais corretas para liquidar com as causas que nos mantém sempre no atraso e na pré-história. Causas estas que sempre nos levaram a fazer tantos planos econômicos idiotas e medíocres. Gente, anotem aí: não há plano sem causa. E no nosso caso isto está no plural: causas. Elas precisam ser atacadas para que não precisemos fazer novos planos, sempre destinados ao fracasso. E enquanto não houver este comprometimento de liquidar com a doença, deveria ser proibido o anúncio de novas medidas econômicas. A política atual, com Palocci ou qualquer outro à frente, depende das indispensáveis reformas. Enquanto elas não vêm, a política econômica precisa ser, no mínimo, duradoura, firme e austera. Mas uma coisa é certa: sem as tais reformas, e bem feitas, não há plano ou política que possa dar algum resultado positivo. Nunca.

PRESSÕES

O governo atual, como estamos carecas de saber, anda botando, exageradamente, os pés pelas mãos nas questões políticas. Deprimente também nas questões sociais, onde é assistencialista e mau gestor do dinheiro público. Na economia, com as suas limitações, ainda acerta mais do que erra. Graças ao ajuste macroeconômico, à política econômica e por não se submeter às pressões diárias dos segmentos da sociedade mais organizada. Estas pressões, que nunca se dirigem às causas, é que sempre impediram algum sucesso dos planos anteriores. Felizmente, desta vez, a pressão não atingiu a política cambial, onde o fantástico câmbio flutuante, ao sabor do mercado, continua prosperando. Idem quanto às taxas de juros, por estarem combatendo a inflação, coisa que sempre assolou este país. Resumo: pela primeira vez, depois de muitos anos, conseguimos ter uma política econômica mais firme, austera e prolongada. Que, é óbvio, não cura os nossos graves problemas. Precisamos, mais uma vez, é atingir, com precisão, as causas terríveis que nos impõem este sacrifício crônico.

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08 set 2005

AMNÉSIA SEVERINA


VÍRUS POTENTE

O deputado Severino Cavalcanti, assim como tantos políticos brasileiros, também foi atacado pelo fantástico vírus que causa a amnésia. Como já é considerada uma grande epidemia em Brasília deverá ser batizada de Amnésia Severina. Ele é mais um que não lembra o que assinou e também não lembra do dinheiro ilegal que recebeu. E quando diz que assinou já declara que não vale o contrato. Sofre, enfim, do mesmo mal que já atacou todos os políticos envolvidos com atos de corrupção.

DESONESTOS DESMEMORIADOS

O melhor remédio, criado e desenvolvido para conter esta grave doença, é um só: cassação dos mandatos. É a única coisa que resolve nestes casos. Não adianta testar outra forma, pois acaba fortalecendo mais ainda o vírus. Os documentos que provam os recebimentos de dinheiro ajudam muito na apuração das fraudes, mas a doença não admite esta confirmação por parte dos desmemoriados. Eles, mesmo diante das provas, continuam repetindo que é tudo mentira. A solução definitiva para este mal está mesmo é na cadeia. Eles todos precisam ir para a cela dos desonestos e desmemoriados.

QUALIDADE DE VIDA? ONDE?

Sempre que posso faço questão de mostrar aos moradores e visitantes de Porto Alegre, que não temos a tal da qualidade de vida que os inventores desta grossa mentira vivem repetindo. Já dei vários exemplos da nossa enganação e vivo sempre alertando aos que ainda pensam que a capital gaúcha é uma maravilha. A segurança e a saúde, todos já sabem, são de amargar. E o provincianismo, então, é fantástico, como bem mostram os jornais locais cheios de fotos de aniversariantes e fofocas da sociedade.

PROVINCIANISMO CARO

Além disso, os custo dos bens e serviços conseguem ser muito maiores do que em outras capitais. Mesmo assim, muita gente cega pela paixão à cidade, se aborrece e não aceita os meus comentários. Puro bairrismo, que além de não significar qualquer resultado positivo para nós, e muito menos para quem nos visita, não facilita qualquer movimento para melhorar.

CUSTO DE VIDA!

Agora vejam mais esta: Em São Paulo, que tem a fama de apresentar o maior custo de vida do país, onde estive nesta semana na ExpoAbras, constatei que a gasolina custa, em média, R$ 2,19/ litro nos postos mais centrais da cidade. Em lugares mais afastados o preço é de R$ 2,00/litro. Aqui em PA, a mesma coisa custa R$ 2,50/litro. Pode? Agora, o pior, que é de amargar: o álcool custa, em SP, R$ 1,00/litro. Em Porto Alegre custa R$ 1,70/litro. Ou seja, uma diferença de 70% Que tal? Os donos dos postos de combustíveis no RS são muito gananciosos? Sim! Tanto quanto o Governo do Estado que concorre para ver quem fica com mais. É uma loucura, gente. O Estado do RS dá o mau exemplo pela taxação absurda.

A RAZÃO PARA AS CARROÇAS

Os donos dos postos, diante do comportamento do governo, fazem só a mesma coisa. E os consumidores, embriagados pelas mentiras e enganação de que vivem num paraíso, pagam. Maravilha. Isto explica a existência, na capital gaúcha, de cerca de 3,8 mil carroças cadastradas e com autorização para circular(?), enquanto o cálculo é que, na realidade, circulem mais de oito mil desses veículos. Pudera. Com tanta ganância sobraria o quê? Viva a nossa qualidade de vida.

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06 set 2005

EXPOABRAS 2005


NOVOS RUMOS

O novo objetivo da ABRAS é querer transformar a ExpoAbras em um evento essencialmente de negócios. Para tanto buscou abrir espaço para um maior número de segmentos, e dar preferência a estandes menores que abriguem pequenas e médias empresas para expor produtos ou serviços aos supermercadistas. Depois de muitos anos acontecendo no Rio de Janeiro, a ExpoAbras se transferiu para São Paulo, no Centro de Exposições Imigrantes. Com o tema: Novos Rumos - Fortalecer para atender melhor, a feira vai até 5a feira, 08 de setembro.

MAIS POLÍTICA

A primeira impressão que o evento passa é que as feiras regionais estão merecendo muito mais atenção por parte dos fornecedores. Já faz algum tempo que a preferência é esta, por se traduzir em mais negócios. A ExpoAbras, ao longo dos últimos anos, passou a ser interpretada como um evento mais político e de relacionamento, impedindo assim um direcionamento de investimentos mais pesados. A continuar assim fica evidente que a Convenção da Abras poderá a ser uma feira itinerante, cabendo às feiras regionais sediarem, em rodízio, o evento nacional.

A DÚVIDA

O presidente da Abras nega esta possibilidade, embora bem admitida entre tantos agentes do setor, com quem conversei aqui. O convencimento de João Carlos de Oliveira é de que a nova postura adotada pela entidade deverá transformar a ExpoAbras num ambiente onde os negócios é que deverão pautar os novos encontros. Por enquanto fico com a opinião da maioria.

O DISCURSO DE LULA

Quem define o tom dos discursos é sempre a platéia. Os políticos, bastante sabedores desta máxima, invariavelmente usam este expediente com maestria, admitindo que jamais os ouvintes trocam de platéia. Isto já é coisa muito antiga, apesar de que pouca gente percebeu a estratégia, pois vemos sempre pessoas aplaudindo tudo o que lhes agrada, apesar de serem na maioria das vezes mentirosas. Considerando que aplauso virou coisa protocolar, muitas palmas ocorrem até mesmo em situações adversas.

PARA QUEM LULA MENTE?

Ontem, na abertura da Convenção da ExpoAbras 2005, em São Paulo, o presidente Lula foi o palestrante. E disse, com naturalidade, tudo aquilo que os empresários do setor supermercadista queriam ouvir. Coisas, com certeza, bem diferentes daquelas declarações que Lula fez, recentemente, aos sindicalistas. E todos os presentes aplaudiram com fervor, sem se dar conta de que tudo era uma mera questão de platéia. Fica a dúvida: para quem ele está mentindo?

RISCO SERRA

Quando se referiu ao aumento de empregos, queda da inflação, crescimento econômico, melhoria do investimento, Lula falou do passado, não do futuro. O que as pessoas querem ouvir do presidente é o presente e o futuro, diante deste mar de crises que o seu partido está envolvido assim como ele próprio. A impressão que está causando a todos os brasileiros é que Lula não é mais um risco para o Brasil da economia. Da política, sim. O risco atual da economia brasileira é o Serra. O preferido nas pesquisas para presidente em 2006 já começa a deixar o mercado mais nervoso, uma vez que não mostra a mesma capacidade já demonstrada pela equipe de Palocci. Que tal?

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05 set 2005

LIMPEZA RÁPIDA, GERAL E IRRESTRITA


FORA LULA!

A vontade de ver os corruptos fora do governo não é só minha. Mas continuo afirmando que a incompetência é bem mais custosa para a sociedade do que a corrupção. O roubo do dinheiro público ainda pode ser disfarçado, dependendo dos sistemas empregados para enganar a opinião. Já a incompetência não. Esta não tem jeito. Ela fica expressa independente dos meios empregados. É aquilo que nunca precisa de abertura de processo para comprovação. A prova disto é que, para afastar um presidente, tanto do Executivo quanto do Legislativo, só se for por corrupção.

EXIJO MAIS

Se a minha vontade já era de ver Lula e o PT fora do governo, agora quero mais. Exijo que o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, tenha o mesmo destino. Desde o momento em que Severino foi eleito para liderar os deputados percebi que, só mesmo o fato de Greenhalgh ser o adversário é o que pode ter levado a tamanha maluquice. Severino é a tal da síntese da minha afirmação de que é muito melhor ter um corrupto no poder do que um incompetente. O corrupto, como já pode ser medido pelo tamanho das falcatruas desvendadas, dá sempre um prejuízo menor do que o despreparado. Fora Lula, e Fora Severino!

MAIS COMPLETO

Com as últimas denúncias que as revistas semanais acabam de divulgar, já começo a perceber que Severino é mais completo do que Lula. Ele quer mostrar ter os dois defeitos. Além de ser extremamente incompetente já está sendo acusado de corrupto. Que sina, hein? O homem é mesmo demais. Demais até para país subdesenvolvido e sem esperanças como o nosso. Desde que assumiu as contas públicas não param de subir. E de forma astronômica. Cada canetada aplicada representa um prejuízo de bilhões. Coisa de louco. Fora Lula, e Fora Severino!

COVIL

As loucuras políticas atingiram em cheio os partidos políticos. E vão continuar assim durante todo o mês de setembro. E de maneira incrível para os eleitores sempre muito fracos de pensamento e de educação. O melhor exemplo deste estado de insanidade é a notícia da saída de Maluf, do PP para o PTB, assim como a troca feita por Delfim Netto, que sai do PP e vai para o PMDB. Se o PTB já é um partido bastante comprometido por ter em seus quadros muita gente suspeita, o que pode ganhar com a admissão de Maluf? É para carimbar de vez? O PP, por sua vez, que tem figuras centrais como Severino o que tem para dizer aos seus eleitores?

REVISTAS

Não parece estranho que só as revistas semanais consigam ir mais a fundo nas investigações e divulgações dos crimes cometidos pelos políticos? Os demais meios de comunicação vêm se contentando em repercutir o que as revistas estampam a cada domingo. Isto já aconteceu de forma clara no governo Collor e se repete agora, ipses literis, neste governo.

INSTITUIÇÕES FRACAS

A corrupção não é coisa nova no Brasil. E é ela, sem dúvida alguma, a responsável por boa parte da pontuação no riso-país. Sendo assim, porque será que as sempre destacadas Instituições são mencionadas sempre como fortes e existentes, em defesa da democracia? Se as tais Instituições existissem de fato, e fossem fortes como dizem, o volume fantástico de atos de corrupção não seriam tolerados. Do jeito que está colocado, corrupção é democracia. Sai dessa.

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