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24 jun 2024

A INSUPORTÁVEL LIBERDADE ALHEIA


SEM FELICIDADE

Antes de tudo, para que fique bem claro, não me faz nem um pouco feliz escrever -repetidamente- editoriais contendo comentários ou críticas sobre SITUAÇÕES, PROPOSTAS e/ou DECISÕES EQUIVOCADAS, algumas até CRIMINOSAS, que vem sendo tomadas com preocupante frequência por diversos integrantes dos PODERES DA REPÚBLICA (??), notadamente pelos SUPERMINISTROS DA SUPREMA CORTE.


LIBERDADE ALHEIA

Mais do que sabido por todos os leitores, as minhas opiniões têm como base 1- a LIBERDADE DE PENSAMENTO; e, 2- o uso constante da LÓGICA DE RACIOCÍNIO, coisas que, a bem da verdade absoluta, passaram a ser fartamente condenadas e repudiadas por simpatizantes do comunismo que, de forma inquestionável, não suportam a LIBERDADE ALHEIA.  


CENSURA

Pois, por incrível que possa parecer, quem efetivamente está combatendo, com unhas e dentes, a LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DE PENSAMENTO ALHEIA, são os -PROFISSIONAIS- QUE ATUAM NAS EMPRESAS DE COMUNICAÇÃO. Para esses, os AMADORES, que se utilizam das REDES SOCIAIS para postar NOTÍCIAS, INFORMAÇÕES, OPINIÕES, etc., precisam ser BANIDOS DO SISTEMA. Para tanto defendem a REGULAÇÃO DAS MÍDIAS SOCIAIS, que soa e ressoa, em todos os cantos do mundo, como pura CENSURA. 


RESERVA DE MERCADO

Pois, em defesa da clara PERDA DE ESPAÇO DA MÍDIA formada por -PROFISSIONAIS-, que passou as ser paulatinamente OCUPADA pelas MÍDIAS SOCIAIS, formadas por -comunicadores AMADORES-, para minha SURPRESA o presidente emérito do Grupo RBS, Jaime Sirotsky, em entrevista publicada na ZH de ontem, defendeu a REGULAÇÃO DAS MÍDIAS SOCIAIS. No fundo, no fundo, Jaime quer que o governo imponha uma -RESERVA DE MERCADO-, do tipo que possa garantir o futuro da sua empresa de comunicação. Pode? 


COMENTÁRIOS A RESPEITO

No seu blog, o atento jornalista Políbio Braga postou: -Jaime Sirotsky saiu do seu tradicional silêncio obsequioso para falar sobre seu jornal, sobre a imprensa e a respeito da liberdade de expressão, com ênfase para as redes sociais. Jayme, associado ao seu irmão Maurício, compraram Zero Hora no início do regime militar, pouco depois que o jornal mudou de nome da noite para o dia, 4 de maio de 1964, abandonando a roupagem do esquerdista Última Hora. Ele sempre foi DEFENSOR DA AUTORREGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE JORNALÍSTICA, como conta na entrevista, mas, agora, acha que o JORNALISMO DIGITAL, com ênfase para as redes sociais, precisa ser CENSURADO ("Regulamentados", como diz ele e o pessoal da esquerda e do STF). 

O que o presidente emérito da RBS não reconhece publicamente, é que o tipo de jornalismo tradicional que o grupo faz, não possui mais o monopólio da informação e da verdade, atacado que é pelo livre ambiente das redes sociais. Mais: ignora que pontos fora da curva possuem sanções brutais e disponíveis nos âmbitos da Constituição, dos Códigos Civil, Processo Civil, Penal e Processo Penal, sem contar o Marco Civil da Internet e a Lei de Proteção de Dados. 


VERDADES (IN)CONVENIENTES    

Já o pensador e advogado Pedro Lagomarcino postou um texto com o título -VERDADES (IN)CONVENIENTES- que diz o seguinte:  

-Eu sempre tive náuseas do comportamento social de Sartre. Mas, como uma única frase dele tenho de concordar:
" Odeio vítimas que respeitam os seus carrascos ".
Equivoca-se, e muito, Jaime Sirotsky ao dizer que " é indispensável a regulação das mídias sociais ".
Esse argumento coloca em xeque a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão.
Mais, faz de ambas verdadeiros capachos para as botas dos carrascos que irão exterminá-las num horizonte não muito distante, com os excessos de regulação. Aliás, e que já fazem da sociedade e dos cidadãos reféns de suas próprias consciências, impondo-lhes o medo da perseguição e o silêncio.
A excessiva regulação das redes sociais que objetiva o Projeto das Fake News é eivada de interesses escusos e objetiva promover desenfreado e tirânico controle social, criminalizado condutas.
Referido Projeto, se virar Lei, será utilizada, conforme o governo da ocasião, como instrumento de perseguição de desafetos políticos e de pessoas (físicas ou jurídicas) que querem mudar o "status quo" mediante o exercício das garantias constitucionais, leia-se, direitos fundamentais, de poder livremente se expressar e de noticiar os fatos, sem as amarras das pomposas contribuições que recebem dos governos que as financiam, para que disseminem uma visão de mundo panglossiana, querendo proliferar uma escala fordista de ingenuidade, como se todos fôssemos Cândidos.
Há algo ainda mais preocupante, o que seja, a afirmação de que " uma sociedade cria seus regulamentos por meio dos instrumentos que legalizam a Constituição ".
Respeitosamente, é exatamente o oposto que deve ocorrer.
Uma sociedade só pode criar regulamentos a partir da Constituição. É ela que valida ou não as regulamentações criadas.
Se o contrário fosse possível, não bastasse a trágica realidade imposta pelos que têm dever constitucional de serem os guardiões da Constituição, viveríamos num estado de anomia e barbárie, porque cada um se acharia no direito de criar o regulamento que melhor lhe favorece, para moldar a Constituição que quer que exista. E assim, a Constituição se tornaria então um ciborgue, formado de regulamentos isolados e autóctones, os quais teriam vida própria.
Verdade seja dita, a sociedade brasileira está imersa em um pântano de veículos tradicionais, no qual empresas de comunicação pregam uma ética volátil que tem por hábito suavizar a verdade dos fatos e não raras vezes mudar abruptamente a linha editorial conforme o aumento do aporte da cota de publicidade oficial que recebem dos governos eleitos.
E neste pântano encontram-se quatro flores de lótus, senão quatro bastiões da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão: a Revista Oeste, o Programa + Brasil (de Júlio Ribeiro), Agora (de Guilherme Baumhardt) e Ponto Crítico (de Gilberto Simões Pires). Nestes Programas, tenho certeza absoluta: o telefone não toca pedindo que "rolem cabeças" dos que verdadeiramente defendem a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão, para que venham a preterir noticiar os fatos e preferir as versões.
Aliás, e se toca, tenho certeza absoluta que logo em instantes emudece, digamos assim, para economizar o tempo de quem liga e, em especial, o de quem atende a ligação.


ESPAÇO PENSAR +

No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: A EXTREMA ESQUERDA EM LOCKDOWN MENTAL, por Percival Puggina. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar.



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21 jun 2024

RIO GRANDE DO SUL: O EFEITO -ESQUERDA-


O EFEITO -GOVERNOS DE ESQUERDA-

Os leitores que acompanham de perto os meus editoriais já perceberam que dos TRÊS ESTADOS DO SUL DO BRASIL (RS, SC e PR), o RIO GRANDE DO SUL, que por muitos anos apresentou MAIOR CRESCIMENTO ECONÔMICO, na medida em que os gaúchos preferiram eleger governantes declaradamente de ESQUERDA a situação -mesmo em condições climáticas tidas como -normais-, mudou drasticamente. Com isso o RS já não tem mais como competir com o PARANÁ e SANTA CATARINA, que segundo dados oficiais, figuram -sistematicamente-, entre os TRÊS ESTADOS com o MAIOR CRESCIMENTO ECONÔMICO DO PAÍS.


GOVERNADOS PELA DIREITA

Vejam que, em 2023, enquanto o RS cresceu apenas 1,7% o PARANÁ registrou o MAIOR CRESCIMENTO ECONÔMICO do país, com 5,8%, -EXATAMENTE O DOBRO DA MÉDIA NACIONAL, que foi de 2,9%. Logo atrás de Minas Gerais, vem Santa Catarina, com crescimento de 3,7%. Não por acaso, é importante lembrar, que os três estados com maior crescimento econômico em 2023 são governados por políticos do centro à direita – Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina.


PORTOS CATARINENSES

O que mais chama a atenção é que SC, mesmo apresentando a menor área territorial dos TRÊS ESTADOS DO SUL, possui CINCO PORTOS. E neste particular, como bem informa o relatório anual do setor, divulgado ontem pela ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários, os portos catarinenses de Navegantes e Itapoá fecharam 2023 entre os QUATRO PORTOS COM MAIOR MOVIMENTAÇÃO DE CONTAINERS NO BRASIL. A propósito eis aí a classificação da Antaq por volume de carga: 

  • São Francisco do Sul (18º) - 16,83 milhões de toneladas
  • Navegantes (22º) - 14,24 milhões de toneladas
  • Itapoá (28º) - 11,73 milhões de toneladas
  • Imbituba (38º) - 7,7 milhões de toneladas
  • Itajaí (118º) 364 mil toneladas

PORTO DE ITAJAÍ

Detalhe mais do que importante: Após UM ANO E SEIS MESES PARALISADO, O PORTO DE ITAJAÍ voltará a operar, sob gestão privada, a partir do próximo dia 6 de julho. A “reinauguração’ é aguardada com ansiedade por todos que dependem do Porto de Itajaí para trabalhar, além da retomada econômica da cidade. Sem esquecer que a cidade de ITAJAÍ se destaca como o município com o maior PIB Municipal de SC (R$ 47,8 bilhões), um pouco a frente de Joinville. Que tal?



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20 jun 2024

MIOPIA GERAL


AMIGOS PARA SEMPRE

Ontem, 19, no -TÁ NA MESA-, tradicional reunião-almoço semanal da Federasul -Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul-, teve como grande destaque o CHORO DE EMPRESÁRIOS MÍOPES, do tipo que gastam o tempo LAMENTANDO AS MAIS DIVERSAS CONSEQUÊNCIAS de tudo que faz do Estado Gaúcho um verdadeiro e complicado POÇO CHEIO DE GRAVES PROBLEMAS, onde muitos deles já são considerados, em prosa e verso, como AMIGOS PARA SEMPRE.


FALSAS NARRATIVAS

Desta vez, de cabo a rabo, o tema que predominou a reunião foi a enorme INDIGNAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS quanto às FALSAS NARRATIVAS E AS BARREIRAS IMPOSTAS PELO GOVERNO FEDERAL (leia-se GOVERNO LULA) que está dificultando o ACESSO DE RECURSOS que -poderiam- garantir a retomada da economia gaúcha após a TRAGÉDIA CLIMÁTICA de maio. Na síntese da reunião-almoço distribuída pela assessoria de imprensa da Federasul, os empresários criticaram abertamente a decisão do Governo Federal de não liberar empréstimos diretamente pelo BNDES, mas repassando a bancos privados, que acabam elevando as taxas com o spread bancário. “Empresas menos afetadas estão recebendo dinheiro”, lamentou o empresário Angelo Fontana, da Fontana S/A. Disse mais: “O Rio Grande do Sul terá que se reinventar, estamos enfrentando a falta de recursos e a falta de apoio”, afirmou.


FORÇA MAIOR

O que mais chama a atenção, no entanto, é que todos os empresários, e não apenas aqueles que se fizeram presentes ao TÁ NA MESA, sabem muito bem que o ORÇAMENTO é uma peça indispensável para qualquer empreitada, quer seja ela PÚBLICA OU PRIVADA. Ali, mais do que sabido, deve constar, além da previsão das RECEITAS e das DESPESAS, uma RESERVA PARA IMPREVISTOS. Ou seja, um recurso reservado para cobrir, total ou parcialmente, aquilo que, por FORÇA MAIOR,  se sobrepõe a tudo de forma urgente ou imprevista. 


A RESERVA PARA IMPREVISTOS VIROU DESPESA DE GOVERNO

Infelizmente, por conta de uma MIOPIA GERAL, os atingidos pelas TRAGÉDIAS desconhecem que nos últimos 20 anos a rubrica -RESERVA PARA IMPREVISTOS-, que consta no ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, foi encolhendo ano a ano. Atenção: em 2004 estava em torno de 18% do orçamento e hoje, 2024, está em apenas 0,9%, ou seja, PRATICAMENTE ZERO. Mais: os RECURSOS QUE SERIAM DESTINADOS PARA IMPREVISTOS foram, ano a ano, sendo drenados para atender crescentes DESPESAS DE GOVERNO, mais precisamente FOLHA DE PAGAMENTO DOS SERVIDORES.  

Ou seja, a absoluta INDECÊNCIA GOVERNAMENTAL, com decisiva colaboração do PODER LEGISLATIVO, determina uma expressiva FALTA DE RECURSOS para atender TRAGÉDIAS. De novo: a CAUSA está na IRRESPONSABILIDADE FISCAL PRATICADA PELO GOVERNO assim como nas PROMESSAS DE FAZER AQUILO QUE NÃO TEM COMO SER EXECUTADO. 


ESPAÇO PENSAR +

No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: A REGRA NÚMERO 1, por Percival Puggina. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar



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19 jun 2024

O BRASIL E SEUS DILEMAS


DILEMA

Mais do que sabido, quando se diz que alguém está ENFRENTANDO UM DILEMA, esta situação significa que este alguém está diante de uma DECISÃO extremamente difícil. Pois, se levarmos em conta boa parte daquilo que a REALIDADE ESCANCARA -a céu aberto e/ou fechado- no nosso empobrecido Brasil, os DILEMAS que precisamos enfrentar não são poucos, e como tal, para evitar perdas maiores exigem DECISÕES DRÁSTICAS E RÁPIDAS.


DESTRUIÇÃO DOLOSA

Se aqueles que vivem e investem no cada dia mais afundado Estado do RS já estão ENFRENTANDO DILEMAS TERRÍVEIS, isto não significa que a situação daqueles que moram, trabalham, consomem e investem em outros estados da nossa FALIDA FEDERAÇÃO não estão preocupados com o presente e o futuro da ECONOMIA que está passando por um claríssimo processo de DESTRUIÇÃO INTENCIONALMENTE DOLOSA. 


TAMANHO GGG

Como estamos diante de problemas sérios e muito graves, alguns aumentando sobremaneira dia após dia, antes de admitir que estamos diante de um ou vários DILEMAS é preciso checar: 1- se os problemas apontados realmente existem; e, 2- qual o TAMANHO dos mesmos e, uma vez confirmados, se há uma clara possibilidade de vencê-los. Vejamos alguns deles, que além de SÉRIOS são de TAMANHO GGG.


PERIGOSO

1-Segundo o GLOBAL PEACE INDEX 2024, divulgado nesta semana, o BRASIL é um dos 50 países MAIS PERIGOSOS DO MUNDO, e o terceiro pior da América Latina. O estudo, produzido pelo Institute for Economics and Peace (IEP), se baseia em 23 indicadores para aferir o nível de segurança em 163 países do mundo. Os indicadores são baseados em três eixos: conflitos em curso, medidas de segurança e proteção, e militarização.


COMPETITIVIDADE

2- Segundo estudo elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD), em parceria, no Brasil, com o Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), o BRASIL CAIU PARA A 62ª POSIÇÃO DO RANKING MUNDIAL DE COMPETITIVIDADE, que avalia o cenário de 67 países. Para definir o rankeamento, são observadas as vantagens comparativas entre as economias de cada país, avaliando crescimento, bem-estar social e infraestrutura. A grosso modo, é uma medida que avalia o quanto um país é melhor ou pior que seus pares para render sobre as mesmas condições.


GASTO COM MILITARES

3- A FOLHA DE PAGAMENTO DOS MILITARES DO BRASIL é, em termos proporcionais, mais de TRÊS VEZES MAIOR QUE A VISTA NOS EUA. Atualmente, 78% dos gastos militares brasileiros são destinados a pessoal da ativa, da reserva e pensões. Em 2024, essa conta somará R$ 77,4 bilhões. O peso da FOLHA DE PAGAMENTO DOS MILITARES é um tema antigo de debate das contas públicas, especialmente quando o Brasil é comparado a outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, a fatia destinada ao pessoal consome 22% do orçamento militar, segundo dados da Peter G. Peterson Foundation – entidade que acompanha contas públicas nos EUA.


ENCRENCA

4- Segundo o incompetente ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “O Brasil é uma ENCRENCA. Um negócio difícil de administrar. Às vezes quem está numa posição de poder não está fazendo a coisa certa pelo País. Isso é a coisa mais triste e difícil de lidar na vida pública no Brasil.”


BOLSA E DÓLAR

Como se percebe, nitidamente, MORAR, PRODUZIR, CONSUMIR E INVESTIR no Brasil virou um DILEMA MUITO SÉRIO. Isto explica a queda incessante do ÍNDICE DA NOSSA BOLSA DE VALORES e a ALTA -SEM PARAR- DA COTAÇÃO DO DÓLAR EM RELAÇÃO AO REAL. Que tal?



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18 jun 2024

FOCO NA DESTRUIÇÃO


PIOR PERFORMANCE

Aqui entre nós, a notícia divulgada ontem à tarde pelo InfoMoney, dando conta de que o REAL havia ultrapassado o PESO ARGENTINO, fazendo com que a nossa MOEDA passasse a ter a -PIOR PERFORMANCE EM 2024- entre os países emergentes, não pode ser vista como SURPRESA. Afinal, pelo que se sabe, até as tartarugas que habitam as Ilhas Galápagos sabem muito bem que a felicidade da dupla -LULA / HADDAD- só estará completa com a IRREVERSÍVEL DESTRUIÇÃO ECONÔMICA DO NOSSO EMPOBRECIDO PAÍS.


A ORDEM É ACELERAR

A notícia dá conta de que, ontem, o DÓLAR se VALORIZOU frente ao REAL mesmo apresentando DESVALORIZAÇÃO NO RESTANTE DO MUNDO. Esta situação -TRÁGICA- deixa mais do que claro que Lula e Haddad não estão brincando. Mais: pelas reações de ambos, ainda tem muita emoção à frente, pois a ordem é ACELERAR AINDA MAIS EM DIREÇÃO À DESGRAÇA. 


CAUSA MAIOR

Alguns iludidos, absolutamente -SEM NOÇÃO- preferem acreditar que a CAUSA MAIOR do enfraquecimento do REAL é a perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos. Ora, só os DESCEREBRADOS não conseguem entender que a VERDADEIRA E GRANDE CAUSA está na CLARA DISPOSIÇÃO DO GOVERNO LULA para; 1- AUMENTO ABSURDO DE DESPESAS; e 2- COBRIR OS RECORRENTES E CRIMINOSOS -DÉFICITS- com AUMENTO DE IMPOSTOS.


RISCO BRASIL

Como bem diz o economista Rafael Perretti, da Clear Corretora - Desde o início de fevereiro e meados de março vemos uma elevação do chamado RISCO BRASIL. Olhando o CDS [credit default swap, que mede a chance que o mercado vê de o Brasil não arcar com suas dívidas], está no MAIOR PREÇO DO ANO. A desancoragem fiscal que levou também uma desancoragem inflacionária”.

Mais: o real vem perdendo, portanto, força mundialmente de forma sucessiva. Os ruídos políticos aumentam o temor de que as contas públicas brasileiras se deteriorarão e, consequentemente, geram a visão de que investir no país é mais arriscado, minguando o fluxo estrangeiro. Fatores como a mudança na meta fiscal, na presidência da Petrobras e, hoje, falas do presidente LULA são levadas em conta.



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17 jun 2024

NA ZONA DA MORTE


ORÇAMENTO

Mais do que sabido, a grande maioria do povo brasileiro não é capaz de entender, de fato, que o ORÇAMENTO faz parte de um PLANO FINANCEIRO que compreende a PREVISÃO DE RECEITAS E DESPESAS -FUTURAS- de um determinado período de tempo. Como tal se aplica ao setor governamental - União, Estados e Municípios-, ao setor privado e, por óbvio, às pessoas físicas.


ALVO DE TIRO

Infelizmente, nos ATROFIADOS CÉREBROS do presidente Lula e seu POSTE, Fernando Haddad, tudo leva a crer que o ORÇAMENTO DA UNIÃO não passa de um ALVO DE TIRO onde ambos, com a excepcional habilidade, ao invés de atirar para ACERTAR NA MOSCA, se preocupam apenas em estraçalhar o equipamento, tornando a peça de papel absolutamente irreconhecível por força de incontáveis e agressivos FUROS.


NA ZONA DA MORTE

A propósito, eis o excelente texto produzido pelo pensador e economista Paulo Rabello de Castro, que foi publicado no jornal Estado de Minas, com o título - NA ZONA DA MORTE.
Há uma faixa na escalada do Monte Everest – o mais alto do mundo - conhecida pelos alpinistas como a Zona da Morte. Nessa faixa, dos 8 mil metros de altitude até o cume, aos 8.849m, os escaladores enfrentam perda acelerada de oxigenação, congelamento de extremidades, falência de órgãos e morte, sem aviso prévio. Nada mais parecido com o quadro dos riscos associados à atual escalada dos juros da dívida pública brasileira. Nas últimas semanas, a desintegração da confiança no núcleo de comando do governo vem empurrando o juro acima da linha dos 6%, divisória da Zona da Morte na economia.


MP DO FIM DO MUNDO

A MP do “fim do mundo”, que bloqueava o uso dos créditos do PIS-Cofins, colaborou para derrotar essa confiança. A crise das importações chinesas livres de imposto (as “blusinhas”) mostrou quão escassa é a sensibilidade e o diálogo efetivo do comando da economia com os setores produtivos. Outra crise já se ensaia agora no escândalo do suspeitíssimo leilão de importação de arroz.  E lá se vai o juro da trilionária dívida pública, escalando o Everest do risco financeiro. Se fosse de Minas, Haddad estaria gemendo algo como “Num tô mais dando conta disso não, sô!”.
Isso se chama, em bom português, uma aguda crise de confiança na gestão econômica. Ela se espalha pela economia, derrubando indicadores bons e fazendo explodir os ruins. O mais cruel deles é o espelhado pelos juros exigidos pelos investidores em papéis de dívida do governo de vencimento dilatado, como mostrado no quadro.


ENCRUZILHADA

O exame dos altos e baixos da remuneração ao papel NTN-B 2045 mostra quanto conseguimos melhorar, nos primeiros mandatos de Lula, em termos de confiança na gestão da política econômica (isto é, confiança em alta, juro real em baixa) para, em seguida, devolver todo aquele ganho na virada dos mandatos de Dilma I para II, até o impeachment em 2016, quando o nível do juro real já voltara para a Zona da Morte. O sucessor de Dilma, presidente Michel Temer, entregou o prometido em matéria desse indicador de confiança, pois os juros reais vieram caindo até o advento de Bolsonaro. O ambiente de risco, porém, não facilitou para este último, mesmo tendo um Messias no nome, pois o juro real veio escalando novas altas, até retornar à Zona da Morte, já na virada para o Lula III.
O País entrou em 2023 numa encruzilhada: o Lula III, por estar perigosamente vizinho da Zona da Morte, teria que saber mesclar, com maestria, prudência e ousadia, um melhor controle fiscal com a rearticulação das forças do crescimento. Mas nada disso aconteceu. O quadro mostra uma Zona de Conforto, da qual estivemos afastados por quase duas décadas perdidas. Tínhamos que reaprender o caminho até essa Zona de Conforto. O novo Arcabouço Fiscal de Haddad prometia nos entregar isso. Porém, o curto ensaio de partida do governo Lula, mirando naquela direção, logo se frustrou e todos sabemos por quê. Se o presidente não demonstra saber para onde vai, é difícil apostar que os investidores o sigam. Especuladores, pelo contrário, terão prazer em fazê-lo, até porque apostarão contra ele.
Voltamos, de novo, para a Zona da Morte do juro insustentável. O mercado passa a exigir explicações. Uma medida razoável da confiança na gestão econômica é quando se faz a comparação da linha do juro real com o limite da Zona de Conforto que, no caso brasileiro, seria com um nível de juro real não superior a 3% ao ano (já deduzindo a inflação). Por quê? É que nenhum país consegue gerar receitas fiscais para servir sua dívida quando o juro incidente fica acima do que o PIB desse país consegue crescer, ano a ano. Se o PIB anual não cresce mais do que, digamos, 3% entre anos bons e menos bons (o Brasil empata nos 2% ao ano), ao curso de vários anos tal economia não conseguirá honrar seus encargos anuais se os juros excederem esse patamar. Nesse caso, melhor é começar a rezar. A regra é: os juros não podem ficar acima dos 3% reais por muito tempo.


MELHOR REZAR. OU MUDAR!

O próprio Banco Central, quando eleva juros aos 6% reais – como atualmente - deveria, a rigor, emitir alertas com letras vermelhas, confessando que está estrangulando o meio produtivo, não por convicção ou maldade, mas por mandato legal, que nos joga no porão da morte da economia produtiva.
Conclusão: há quase duas décadas, entre melhores e piores tentativas, temos sido, como sociedade - todos nós - incapazes de calibrar uma dosagem correta de elevado controle fiscal (que não é igual a meros cortes de gastos) com reduzido aperto monetário. De fato, sempre com mira torta, temos praticado uma mistura de esbórnia fiscal, servida no almoço, com sopa de “chumbinho” monetário, tomada na janta. Esse é o menu típico da Zona da Morte: perda acelerada do oxigênio da eficiência, falência geral da produtividade e morte fria e silenciosa das oportunidades de futuro, lentamente nos fazendo deslizar até a escuridão do desalento. Melhor rezar. Ou mudar.



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