Espaço Pensar +

Uso irresponsável da palavra terrorismo - 13.10.23


Por Percival Puggina

 

 Nos grandes meios de comunicação, as primeiras notícias entregaram as parcerias. Quando começou o bombardeio de cidades israelitas pelo Hamas, a quase totalidade dos grandes veículos apresentou a organização como braço justiceiro e combatente da oprimida população palestina. Não foi de outra natureza a atitude inicial do governo brasileiro.

 

No dia seguinte, estavam todos flagrados e moralmente expostos pela profusão de imagens que retratavam a violência em suas mais monstruosas e pervertidas formas. Então, e só então, trataram de expressar uma condolência sobre cuja sinceridade muito juízo pode ser emitido.

 

O fato que me leva a escrever volta-se à realidade brasileira. O Brasil é um país relevante na geopolítica mundial para qualquer nação ou comunidade de nações, corporações ou organizações que se queiram protagonistas. Sua população, extensão territorial, fronteiras e riquezas naturais lhe asseguram essa projeção nos planos globais. Ninguém se surpreende quando a rota do tráfico passa por aqui, nem quando surgem menções a influências externas nos pleitos nacionais. Também o Brasil acompanha as disputas políticas em sua própria vizinhança.

 

A questão que se coloca é saber com que atenção o governo brasileiro supervisiona a possível presença de grupos terroristas em nosso território. Esse governo faz isso? Todos nós sabemos como essa banda toca, de quem se aproxima e de quem se afasta.

 

É bom não esquecer que Lula disputou a eleição de 2022 em privilegiadíssimas condições. Era vedado mencionar sua biografia, extrair consequências de seu passado, referir suas relações nacionais e internacionais. No entanto, recentemente, em 29 de junho, falando ao seleto esquerdismo do Foro de São Paulo, Lula presidente afirmou de viva voz convicções que, por desfavoráveis a Lula candidato, não podiam ser referidas na campanha eleitoral (!): “Aqui, no Brasil, enfrentamos o discurso do costume, da família e do patriotismo. Ou seja, enfrentamos o discurso que a gente aprendeu a historicamente combater”.

 

O Lula saído aquele pleito terá as amizades de sempre, andará nas más companhias de sempre e fará as piores opções políticas. Não surpreende, portanto, que esses amigos abusem e desmoralizem a palavra “terrorismo” para fins retóricos e discursos de tribuna. Brincaram com coisa séria!

Agora, tratem de se desculpar os imprudentes e cuidem desses perigos com a gravidade que merecem e os olhos veem.

 


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LULOPETISMO x ISRAEL


Por Percival Puggina

 

Leio no site esquerdista 247

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, discutiu os recentes acontecimentos envolvendo ataques entre Israel e Faixa de Gaza em entrevista à Folha de S. Paulo. Amorim destaca a necessidade de condenação a ataques violentos, mas enfatiza a importância de não visualizar esses eventos como "fatos isolados".

Refletindo sobre os constantes conflitos na região, Amorim lembrou que eles ocorreram depois de violências contra os palestinos. "Vem depois de anos e anos de tratamento discriminatório, de violências, não só na própria Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia."

Ele relembra a ofensiva de Israel ocorrida em julho no campo de refugiados de Jenin. O ataque resultou na morte de ao menos oito palestinos e deixou 50 feridos, representando a maior incursão do país na Cisjordânia ocupada em quase duas décadas.

Reiterando que a violência dos ataques disparados por movimentos islâmicos não é justificável, Amorim afirma que o aumento dos assentamentos israelenses, considerados ilegais e inválidos pela ONU, dificulta o avanço de um processo de paz.

Os processos de paz foram deixados de lado pelos últimos governos israelenses, segundo Amorim, e com o aumento dos assentamentos e ataques a Gaza, isso levou a uma situação intensificada de violência. E conclui: "O que acabou de acontecer é apenas uma demonstração, grave, com consequências, do que acontece pela perda da esperança na paz".

 

Comento

Observe o leitor que, em nenhum momento, ao menos na matéria publicada pelo 247, o braço esquerdo de Lula para assuntos internacionais, ex-ministro do Itamaraty, menciona o grupo terrorista Hamas, responsável pelos ataques com armas de guerra a alvos civis e a chacina de cidadãos israelenses. Fala em "ataques entre Israel e a Faixa de Gaza", "movimentos islâmicos" e, no resumo, jga as culpas em Israel. Para todos os efeitos da narrativa esquerdista oficial (sempre uma “narrativa” mistificadora) trata-se de oprimidos combatentes palestinos reagindo à opressão.

A propósito vale citar a manifestação, via rede social X, da conhecida escritora e ativista pelos direitos das mulheres no mundo islâmico Yasmine Mahammed (reproduzido de O Antagonista):

“Muitas pessoas neste aplicativo estúpido não conseguem distinguir entre palestinos inocentes e terroristas como os do Hamas. Parem de confundir os dois. Vocês não estão ajudando. Tenho família em Gaza. Eles odeiam o Hamas. Eles [os familiares] não estão torturando mulheres e exibindo seus cadáveres. As pessoas que fazem isso não são ‘palestinos inocentes’. São terroristas maus e monstruosos. Isto [a distinção entre ambos] não deveria ser difícil.”

Os reflexos dessa tragédia aqui no Brasil têm uma parte boa. Lula exerce um mandato em tempo parcial, (part-time job para que o resto do mundo entenda o vácuo executivo em nosso país). E isso, claro, é melhor do que se trabalhasse em full-time. Riscos e custos seriam muito maiores.

Por fim, qual seria o motivo dessa atitude a favor da violência letal de um grupo oficialmente terrorista partindo de um corpo político para o qual até tias do zap rezando na praça são terroristas? Acontece que Israel é uma democracia e um país próspero, aliado dos Estados Unidos que têm problemas de relacionamento com os amiguinhos de Lula no mundo sombrio das tiranias e do comunismo. Quem é contra o capitaismo e a democracia liberal é enquadrado como parceiro.


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ATAQUE TERRORISTA - 10.10.23


Por Alex Pipkin

 

Nunca antes na história da civilização, o orwelliano duplipensamento foi tão presente e nefasto como agora.
É mesmo surreal, para dizer o mínimo, o que a grande pequena mídia tupiniquim está fazendo em relação ao ataque terrorista, inédito pelas proporções, realizado pelo Hamas a Israel.
Qualquer jornalista profissional, que tem a missão precípua de informar a verdade, sabe que o Hamas é uma organização terrorista, que objetiva, ao cabo, varrer o Estado de Israel do mapa.
Porém, o pseudo-jornalismo nacional, manipula a realidade, dizendo mentiras deliberadas, e o que é pior, acreditando que tais mentiras se constituem em verdades.
Não, não, essa guerra é muito séria, com desdobramentos terríveis e incertos para o mundo.
Penso que alguns desses militantes-jornalistas estejam encarando o conflito como sendo uma ficção cinematográfica. Neste tipo ficcional, alguns indivíduos gostam mais dos vilões - conhecidos - do que dos mocinhos. Dos mocinhos, espera-se o trivial, ou seja, que eles façam a coisa certa. Já o “misterioso” dos vilões, desperta o imaginário e a curiosidade relativa à natureza humana, a dos sonhos e das possibilidades que podem ocorrer.
Mas a realidade objetiva é de uma facção terrorista cruel, que estupra, fere e mata seres humanos de carne e osso.
No sábado, quando liguei a televisão, ouvi que “Israel lança ataques aéreos na Faixa de Gaza, após combatentes armados palestinos do Hamas se infiltram em seu território”.
Há o exercício de uma deliberada orgia mental, a fim de bloquear que esses pseudos-jornalistas qualifiquem assassinos do Hamas como de fato esses são: terroristas sanguinários.
Inverteram-se os papéis: israelenses são os vilões, e os terroristas do Hamas, por sua vez, os mocinhos.
No engodo disfarçado de cobertura jornalística, Israel é quem se utiliza de um poder de fogo desproporcional para matar famílias de civis e pobres indefesos “combatentes do Hamas”.
Causou-me náuseas. Cheguei a ouvir um jornalista afirmar que os combatentes do Hamas estão “lutando por liberdade”. Que horror!
Liberdade, de fato, necessita o seu povo, aprisionado por terroristas, sectários religiosos, que não desejam um Estado Palestino e o desenvolvimento de uma população, mas sim o desaparecimento de Israel e dos judeus. São os terroristas do Hamas, os reais causadores dos sofrimento do povo palestino de bem.
Hoje conversei com um ex-aluno meu, palestino, que me disse sentir repulsa por esse mesmo Hamas, que a ex-mídia verde-amarela inventa desculpas e tenta proteger.
Era desnecessário essa guerra para eu afirmar que a grande pequena mídia brasileira, provoca-me nojo, além de muita vergonha.
Contudo, até mesmo numa guerra distante, os compromissos ideológicos com o atual (des)governo brasileiro, fazem com que esses militantes disfarçados de jornalistas mintam, invertam as posições, e coloquem, mais uma vez, a população contra o Estado de Israel.
Tenho genuíno asco pela forma com que a grande pequena mídia brasileira se comporta em relação a essa guerra e, em especial, ao Estado de Israel.
Triste, mas com esses pseudo-jornalistas, a mentira sempre está um passo adiante da verdade.
Vergonha, inexiste uma mídia que informa os fatos, existe um partido político disfarçado de mídia.


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GOVERNO PERVERSO - 06.10.23


Por Igor Morais - Economistas e integrante do Pensar+

 

Já viu os dados de Imposto de Renda? Pois é, o IR se tornou o item mais importante na arrecadação Federal, chegando aos 30% do total. No início do Plano Real ele representava apenas 21% totalizando R$ 160 bilhões. Agora as pessoas físicas e jurídicas enviam ao Governo nada menos do que R$ 697 bilhões. Isso dá uma elevação de 5,8% ao ano acima da inflação. Arrecadar IR no Brasil virou um baita negócio, só que para o Governo. Tirando o período 2014-2019, quando o país passou pela sua pior recessão da história, em todos os demais foi só alegria. A última esticada ocorreu no pós pandemia. O que explica essa dinâmica? Cito alguns pontos: 1) a formalização da economia; 2) o uso de tecnologia para fiscalizar e reduzir a sonegação; 3) a defasagem da tabela do IR; 4) mais pessoas ocupadas. Esse último item, relacionado ao que denominamos de "bônus demográfico", foi responsável pela inserção de mais de 6 milhões de pessoas como "declarantes". Mas aqui tem um número que precisa ser explorado melhor. Nas faixas de salário mínimo tivemos alta maior do número de declarantes. Isso mesmo, as de mais baixa renda. Tirando quem declara que ganha menos de 1/2 SM, que perdeu 1 milhão de declarante, as demais só teve alta: I) de 2 a 3 SM: foram 3,2 milhões a mais de "declarantes"; II) de 1 a 2 SM: + 1,3 milhão; III) de 3 a 5 SM + de 5 a 10 SM: outros 2,2 milhões. Ou seja, IR parece ser para baixa renda e classe média baixa. Em tempos de discussão orçamentária no Congresso, o pagador de tributos fica indefeso diante do ataque do leviatã guloso.


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LULA INTERFERE EM ELEIÇÃO ARGENTINA - 05.10.23


Por Rodrigo Constantino - publicado na Gazeta do Povo

 

Lula criou o Foro de SP com Fidel Castro na década de 1990 para "resgatar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu", ou seja, o comunismo. Desde então, os comunistas latino-americanos têm atuado de forma coordenada para avançar com seu projeto totalitário no continente.

 

Hugo Chávez foi o que chegou mais longe, transferindo o poder para Nicolás Maduro em seguida, até hoje o ditador socialista que ajudou a transformar a rica Venezuela num narco-estado falido, que persegue os adversários políticos e não poupa o uso de milícias cubanas para espalhar o terror.

 

Lula chegou a gravar vídeos pedindo voto em seu companheiro Maduro quando era o presidente do Brasil. Hoje não precisa mais fazer isso, pois na "democracia relativa" do país, eleição virou simples jogo de cena para dar um verniz de legitimidade à tirania escancarada.

 

Na Argentina, a família Kirchner tem sido o principal instrumento para a consolidação do projeto socialista. Javier Milei, um economista liberal, tem sido a grande ameaça a este projeto. Claro que Lula, de volta "à cena do crime", como diria Alckmin, não ficaria parado olhando tudo isso.

 

Segundo o Estadão, Lula atuou em operação para banco emprestar US$ 1 bilhão à Argentina e barrar avanço de Milei. Não seria qualquer novidade, pois está evidente o risco ao projeto comunista se Milei virar o jogo e derrotar, com voto impresso, o "poste" de Kirchner.

 

O próprio Milei compartilhou a reportagem do jornal brasileiro e comentou: "TIEMBLA LA CASTA ROJA. Muchos comunistas enojados y con acciones directas contra mi persona y mi espacio... LA LIBERTAD AVANZA. VIVA LA LIBERTAD CARAJO".

 

Leandro Ruschel comentou a nova interferência criminosa de Lula no país vizinho: "O Foro de São Paulo atua para impedir a derrota da esquerda na Argentina. Lula atua diretamente para influenciar eleições na Argentina, como fez na Venezuela, em que chegou ao ponto de enviar seu marqueteiro para atender Maduro, e aprovou bilhões do BNDES, que nunca foram pagos".

 

A militância lulista na imprensa, porém, não vê problema algum na interferência. É o caso de Guga Noblat, que escreveu: "Quer dizer então que Lula está operando para derrotar o Bozoloide da Argentina? Queriam que ele ficasse assistindo de camarote a eleição de um desequilibrado que promete cortar relações com o governo brasileiro? Se Lula ajudar a derrotar o Javier Milei, aí é que ele vira herói da América Latina e ainda salva o Brasil de uma dor de cabeça já que Argentina é nosso terceiro maior parceiro comercial".

 

O Canal do Negão rebateu o argumento com um cenário hipotético: "Guga meu querido Guga, vou te ajudar a entender. Imagine que o "Bozoloide" é presidente da Argentina e o Bolsonaro do Brasil, aí eu comento a noticia de que o Bolsonaro mandou 1 bi pra Argentina com o argumento de que é pra impedir a entrada de um 'comunista' no poder, do que você acusaria o Bolsonaro?"

 

A hipocrisia da esquerda radical salta aos olhos. Eles sempre puxam da cartola a tal "autodeterminação dos povos" quando interessa, quando é para impedir até críticas legítimas a ditadores, ignorando que não foram eleitos de fato para representar povo algum. Mas quando comunistas atuam para interferir diretamente em eleições de países vizinhos, aí tudo bem, pois é para impedir o "fascismo".

 

Eis o truque barato de todo comunista: chamar de fascista o que não é comunismo, e justificar todo tipo de abuso de poder contra o adversário, pois é para "salvar a democracia". Ainda que seja uma "democracia" nos moldes venezuelanos ou cubanos. Seria até cômico, não fosse tão trágico!


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UM NOVO PRESIDENTE NO STF - 04.10.23


Por Percival Puggina
 
Li atentamente o discurso de posse do ministro Luís Roberto Barroso. O novo presidente do STF fez questão de se apresentar como um moderado, em clara contradição com episódios recentes nos quais não foi esse o aspecto que aflorou de sua personalidade e pensamento. O primeiro episódio foi a famosa resposta que deu a um brasileiro que, na via pública, lhe fez por três vezes a pergunta que a nação se fazia naquele momento, bastante lógica e antecedida de um “por favor, ministro, com todo o respeito”; o segundo foi o conteúdo do discurso com que respondeu à vaia de um grupo de estudantes em evento da UNE, onde não deveria estar.
 
Visto sob o ponto de vista técnico, foi um bom discurso, o que proferiu na solenidade de posse. Sob o ponto de vista da cidadania, não diria o mesmo, porque muitas daquelas palavras deveriam ser pronunciadas por alguém assumindo cargo no outro lado da praça. O ministro fez questão de sublinhar o que, no seu ver, todos queremos para o Brasil: combate à pobreza; (ii) desenvolvimento econômico e social sustentável; (iii) prioridade máxima para a educação básica; (iv) valorização da livre- iniciativa, bem como do trabalho formal; (v) investimento em ciência e tecnologia; (vi) saneamento básico; (vii) habitação popular; e (viii) liderança global em matéria ambiental.
 
Ele se sentiu à vontade para discorrer sobre os objetivos nacionais e se declarar avesso aos “antagonismos artificialmente criados para nos dividir”, aparentemente sem perceber que as pautas identitárias recheiam a agenda do STF. Eu me sinto pouco à vontade perante a interpenetração das instituições. Se é fato que todas devem contribuir para os mesmos fins, o modo como esses fins são atingidos nos diferentes tempos históricos devem ser de definição política. Em nosso país, sendo a Constituição minuciosa como é, as diferentes políticas públicas, em cada momento, só podem ser determinadas por quem tenha mandato político.
 
Em certo momento de sua fala, o ministro afirma: No interesse da justiça, pretendo ouvir a todos, trabalhadores e empresários, comunidades indígenas e agricultores, produtores rurais e ambientalistas, gente da cidade e do interior. E, também, conservadores, liberais e progressistas. No que me diz respeito, já fica dito aqui: quero justiça sem vingança, paz sem mordaça, democracia sem adjetivos e não quero o STF mudando o próprio entendimento por motivos mais ideológicos do que constitucionais. Assim como quero que acontecimentos como os do dia 8 de janeiro jamais se repitam, quero que jamais se reproduzam julgamentos como os assistidos nos dias 13 e 14 de setembro. Ali faleceu minha fé na Justiça.
 
Penso já ter escrito antes sobre meu desalento em relação à Constituição de 1988. O cotidiano não cessa de renovar esse sentimento e me espanta ouvir, como tantas vezes é dito, que vivemos tempos de estabilidade... De quem, Santo Deus? Aqui, de meu pequeno ponto de vista, o que vejo é o contrário. Vejo um país em que toda decisão política precisa de uma PEC e onde a Constituição, volta e meia, é aplicada como um chef usa seu caderno de receita: dá uma olhada e faz como quer. Vejo instituições avessas à divergência, onde o povo vem sendo arrastado ao silêncio para que cheguemos à atual situação – uma democracia onde a sociedade não tem querer nem voz porque o Estado dela se protege.

 


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